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quarta-feira, 13 de junho de 2012



SÓ NOS RESTA SOFRER EM NOME DE PORTUGAL


O polvo Paulo já nos traçou destino ruim, tal como parece fazer o outro Paulo, o Bento. Mas vamos apoiar o nosso seleccionador até à última!

Paulo Bento não está a fazer tudo para evitar que lhe dêem o destino final do outro polvo, o molusco adivinhador. Mas contará com o nosso apoio.


Esta quarta-feira acorda nervosa, expectante, irrequieta: dizem que quem não deve não teme nem treme, porém, mesmo sem falar nos adiantamentos financeiros da troika, que teremos de pagar bem pagos, a lusa nação treme de insegurança e teme o sortilégio das horas vespertinas deste dia 13, com o Portugal-Dinamarca obsessivamente instalado diante dos olhos.

Um jogo de futebol não passa disso mesmo. Porém, como a meta é ganhar, o recontro de logo à tarde exigirá suor, sangue e lágrimas.


É o nosso fado e não seria agora que iríamos renegar a nossa idiossincrasia: ao fim do dia, se não tivermos obrigado os diabretes dos vikings dinamarqueses a uma categórica retirada, alguma bola ao poste ou algum erro da arbitragem permitirá justificar mais uma vitória moral. Mas se, por enquanto, nada está perdido, façamos tudo para que o drapejar da nossa Bandeira abale o íntimo reduto do relvado ucraniano em Lviv. É verdade que o polvo Paulo já nos traçou o destino da derrota, mas o bicho também está talhado para um refogado ou escabeche com muito vinagre em cima.

É verdade também que o outro Paulo, o Bento, parece querer traçar-nos o destino da derrota insistindo numa equipa que não se afigura a melhor do momento. O seleccionador tem boas intenções, como no caminho para os infernos, e até observa que nenhum resultado lhe afectará os neurónios a não ser a falta de empenho dos jogadores.
Entretanto, se acontecer o pior, serão 10 milhões a chorar, enquanto Paulo Bento arranja desculpas esfarrapadas para não lhe darem o destino do outro Paulo, o molusco adivinhador. 

Pensando pela positiva, '11 por todos, todos por 11'.

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