PLURALISMO À MODA DO EX-JM
O facto
ex-JM, 10 Outubro 2012
Reacção ao facto
ex-JM, 11 Outubro 2012
Assim vai o pluralismo informativo no 'jornal de campanha' do chefe das Angústias, antigo 'Jornal da Madeira".
Como vemos ao alto, foi num modesto rodapé que o comissariado laranja da Fernão de Ornelas encaixou na edição de ontem o acto de apresentação no 'Orquídea' de candidatos e moção de Miguel Albuquerque, líder da corrente alternativa no PPD.
Como vemos nas duas imagens seguintes, a reacção surge no número de hoje do 'jornal de campanha' com pujança e destaque 10 vezes superior à informação que lhe deu origem (o bispo das 4 Fontes ainda não deu por falta do papel da igreja?).
Nada mal, tratando-se do 'jornal de campanha' de uma só candidatura, evidentemente a situacionista.
Nós nem um segundo perderíamos com esta cegada não fora o caso de ali naquele pasquim partidário continuarem a esboroar-se a interessante quantia de 11 mil euros por dia, surripilhados ao povo que faz fila envergonhada na sopa do Cardoso e no Desemprego e começa a escarafunchar baldes de lixo nas ruas mais discretas do Funchal.
A guerra é dentro do PPD, pois que se aniquilem uns aos outros, já que não aceitam um processo de disputa interna que em qualquer parte costuma ser do mais corriqueiro que há, excepção feita aos velhos regimes latino-americanos e médio-orientais.
Que se atinjam, pois, uns aos outroe. Mas com munições pagas por eles, não com dinheiro de uma população à beira da pobreza extrema. Querem jornais para se exibir e fazer política partidária, suportem-nos financeiramente, porque no modelo actual pagamos todos aquele ex-JM - e até o Madeira Livre do Jaime, porque, por mais voltas que se dêem, os recursos saem sempre dos depauperados bolsos civis.
Mas, já agora, saiba o Leitor que não viu tudo ainda: os jagunços do sargentão das Angústias armados em comissários no ex-JM não se ficam pelo que vimos acima. O menu da edição de hoje é pantagruélico, tem sobremesa e tudo.
Logo à 3.ª página, o leitor do panfleto gratuito depara-se com um...
Contrapeso ao facto
ex-JM, 11 Outubro 2012
Que tem de especial este novo enchido laranja?
Bom, já não bastam os artigos da Quinta das Angústias a fingir que são escritos na redacção do antigo JM. Casos em que damos de caras ou com falta de assinatura ou com iniciais nos textos apócrifos.
Não chegam os artigos assinados por jornalistas encarteirados da casa mas que foram claramente redigidos pelo sua excelência das Angústias (percebe-se pelo 'incluso' e pelas agressões à Gramática e ao bom gosto da escrita)!
O cúmulo, de facto, está plasmado realmente na edição desta quinta-feira.
Hoje acontece que é o próprio panfleto a tomar posição partidária - ou melhor, intrapartidária, já que escreve em defesa da facção do chefe Jardim, contra a de Miguel Albuququerque.
O texto surge ao alto da 3.ª página, sem nome registado, - portanto responsabilidade do director editorial - a dizer que o projecto de Miguel Albuquerque não é de renovação nem de mudança e que a mudança está na lista do dr. Alberto João Jardim. Que há soberba na candidatura de Albuquerque e que este é "a voz da oposição". Diz o escrito até que Albuququerque tem sido acarinhado... pelos "nossos" adversários políticos. "Nossos"!
É o jornal a dizer isso.
Tem razão, Leitor: estaremos encegueirados? Precisamos de visitar o Alberto Oculista?
Pois bem, vamos tirar dúvidas à edição electrónica do ex-JM, descobrir se fizeram duramte a manhã qualquer correcção à edição em papel, se falam do assunto para reconhecer o lapso e atribuir tal palavreado partidário a Jaime Ramos, a Guilherme, a Miguel de Sousa ou ao próprio Único Importante.
Estamos na página electrónica. Cá está o artigo em questão. E... pois, aqui tem uma espécie de assinatura. Nem mais: JM!
A fim de que o Leitor não julgue estarmos a ser pagos pela maçonaria para desestabilizarmos os coveiros da Autonomia, que andam actualmente à pancada na Rua dos Netos, transcrevemos já de seguida a peça tal qual aparece no site respectivo.
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Vitória de Albuquerque seria entregar poder à oposição e tornar a Madeira ingovernável
O projeto do Dr. Albuquerque não é de renovação, nem de mudança, mas sim de resignação, pois não apresenta qualquer ideia estrutural nova, nem mobilizou os militantes.
O potencial de mudança e de adaptação às novas realidades, que a sociedade e as circunstâncias atuais obrigam, estão na lista do Dr. Alberto João Jardim, que tem os projetos, os quadros e os militantes imprescindíveis a essa mudança.
Há naquela candidatura a soberba, intelectual e política, de pensar que a liberdade de escolha está só lá e que os outros estão por obrigação. Todas as escolhas são livres, estejam ou não por nós. Quem não pensa assim é que é prepotente.
Miguel Albuquerque é a voz da oposição madeirense, os seus argumentos coadunam-se com a linha que têm vindo a atacar o PSD e o Governo Regional da Madeira. O seu registo político é mais adequado à de um líder de oposição, do que propriamente a um pretendente a Presidente da Comissão Política Regional do PSD.
Nas atuais circunstâncias, e com a decisão de provocar eleições antecipadas, uma vitória de Miguel Albuquerque significaria entregar poder à oposição, que sempre se mostrou incapaz para governar, ainda mais agora que está fragmentada por um conjunto disforme de pequenos partido. Esta candidatura serve mais a oposição do que a Madeira e o PSD. Por isso, tem sido tão acarinhada pelos nossos adversários políticos. Em suma, a vitória de Albuquerque seria entregar poder à oposição e tornar a Madeira ingovernável
Só a vitória da lista do Dr. Alberto João Jardim é que pode assegurar a defesa do interesse da Madeira e dos Madeirenses.
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Encarando o dramático estado de coisas sem ironias, lamentamos profundamente os funestos resultados da política sátrapa e avassaladora desta desgraçada Madeira Nova, que não deixou livre da paternalista subsidiodependência um único organismo, clube, rancho folclórico, banda, associação, corpo de bombeiros, nada. Porque por aí é que o 'Jornal da Madeira', que sempre se aguentou com maiores ou menores dificuldades, caiu nas mãos erradas.
E lá estão dezenas de trabalhadores dependentes de um sultão externo, que à menor ameaça os abandonará à sua sorte, com toda a frieza e falta de escrúpulos.
3 comentários:
Caro Luís Calisto
Não vem muito a propósito, mas vou fazer-lhe uma pergunta. Pela simples razão de que não sei.
Será que Albuquerque, caso ganhe a liderança do PSD-M, vai controlar os dinheiros da Fundação Social Democrata?
Vem a propósito, vem, Caro Coronel.
Porque Miguel Albuquerque integrou os dirigentes da enigmática Fundação, como vogal, e escapuliu-se de lá faz pouco tempo. Se não controlar aqueles dinheiros não será por desconhecimento dos cantos da casa.
Andais distraídos? O Governo Central que esteve atento às diversas Fundações desta nem falou não será sinónimo de que tudo está bem, como sempre nos têm dito alguns responsáveis pelos órgãos sociais da dita cuja Afundação?
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