Delírios da Madeira Nova

 

O DESGOVERNO, A CÂMARA E OS TITULARES DESASTROSOS

  

Chefe da tabanca regressou ontem à noite a espingardear em todas as direcções e sentidos, como costuma fazer para mostrar que chegou e para aterrorizar os mais rebeldes da sua tribo.

No meio das habituais e hilariantes bojardas, o sua excelência das araras declarou a plenos pulmões: "Esse senhor (Miguel Albuquerque) é o presidente mais desastroso de toda a história da autonomia nas câmaras do Funchal!"

 

A explosão do chefe só vem confirmar o que aqui afirmamos de quando em vez: o laranjal tem impingido às populações quadros incompetentes, "desastrosos", para gerir a coisa pública, consumindo o património, os dinheiros do erário e o juízo dos terráqueos ilhéus.

E como é que isso acontece?

 

Das duas, uma: chefe Jardim tem escolhido esses "desastres" ou por não ver um palmo de política diante do nariz ou de propósito para nenhum competente lhe fazer sombra independentemente da ruína que possa provocar na ilhota.

 

Como é que o homem candidata tantas vezes para gerir a câmara da capital madeirense um autarca "desastroso", como ele classifica Miguel Albuquerque?

Vá lá que chefe das Angústias tenha sido obrigado a isso em 1993, surpreendido com a demissão de Virgílio Pereira - aliás provocada pelas 'bicadas' do chefe contra o Professor naquelas bebedeiras do Bar Henrique.

Virgílio saiu e ascendeu Albuquerque à presidência, porque era o '2' da lista.

Vamos dar de barato também que, desde 1994 a 1997, resto do mandato desempenhado por Miguel, o grande chefe da tribo não chegasse a perceber devidamente a 'avezinha desastrosa' que estava ali.

Mas houve eleições autárquicas em 2001! Então, Miguel já tinha 'desastrado' durante sete anos! E candidatou-o mais uma vez, para 'desastrar' mais, rebentando com a cidade capital? O homem das Angústias é burro? Ou quis contentar o rapaz para que não levasse em frente os indícios de rebeldia e a ambição política que então se notava despontar naquela cabecinha?

 

Senhores! Mais um mandato, mais eleições autárquicas em 2005. Não é que chefe, indiferente aos interesses da população, torna a meter em n.º 1 da lista "o presidente mais desastroso de toda a história da autonomia nas câmaras do Funchal"?! 

Já tinha mais que tempo para o concluir!

 

Porém, não satisfeito por "desastrar" a cidade através do "desastroso" presidente durante aqueles anos todos, o homem insiste em 2009 com a mesma receita para mais quatro!

E só agora, em 2012, quase 20 anos depois de pôr Miguel Albuquerque a "desastrar" isto, vem ele confessar o que costuma fazer para se manter no poder, que é meter "desastrados" nos lugares que dão visibilidade, porque se lá pusesse competentes certamente ficava ele ofuscado e além do mais contaria com concorrência aos seus próprios cargos.

...Tal como acontece com Albuquerque, excepção em que se enganou redonda e rotundamente.

 

Agora pode perceber-se o conceito que o chefe das Angústias faz de quantos tem colocado em listas e em cargos públicos, na longa noite da ditadura ilhoa.

Indiferente aos péssimos resultados que impingiria à Madeira, aliás à vista de todos hoje,  ele acha que escolheu gente "desastrosa" para todos os seus governos, câmaras da sua cor, deputados regionais, nacionais e europeus, enfim.

 

Escapa ele à razia. Ou não se tratasse do 'Unico Importante.