Powered By Blogger

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Eleições no PPD-Madeira



OS ARTIGALHOS DE SUA EXCELÊNCIA: UM IMPAGÁVEL PAGODE 





Cada cabeça sua sentença: rei da tabanca diz no ex-JM de hoje que este processo de eleições internas é "o período mais triste da história do PSD-Madeira"; e nós a julgarmos que este é o primeiro período interessante daquela fábrica de festas!  
Triste para ele, certamente, que julgava chegar ao fim da carreira sem adversário no ninho de víboras da Rua dos Netos.
Para o ano há autárquicas. Se ele chegar lá no cargo de líder do seu partido, coisa já não tão certa assim, ainda terá mais surpresas para o consumir.


Para encerrar a sua campanha eleitoral interna, muitíssimo mais suada e nervosa do que contava, o rei das Angústias escreve hoje nova peça humorística no seu 'jornal de campanha', ex-JM, a que chama "Concluindo". De facto, este artigalho conclui outros 30 que publicou em Outubro no jornal pago por todos nós.
Nesses 30 arrazoados, o sujeito insultou quantos não dizem 'sim senhor' às suas patacoadas. Fê-lo utilizando nomes vulgares entre a mais baixa ralé, com inspiração - pomos 'o pescoço no picadeiro' - nas reflexões que faz diante do espelho. Pega nos seus defeitos e erros e aplica-os indiscriminadamente aos outros.

Hoje, o homem trata de recapitular muitas das acusações que fez à candidatura rival, nos últimos meses, utilizando a máquina do partido e o próprio governo.
 
Na explanação das diferenças que entende haver entre as duas candidaturas, chefe refere-se à sua ala como a dos "autonomistas social-democratas".
Infelizmente, desde cedo perdeu a noção de que em causa devia estar era a autonomia da Madeira, e não a dos social-democratas.
 
Outra diferença: "os nossos valores e princípios contra o relativismo deles."
"Valores e princípios", o chefe da tabanca a dizer! O descaramento ao menos dispõe bem.
 
Seguem-se as 'nossas' - dele - causas. Para começar, o primado da pessoa humana.
Ele, que passou a carreira política perseguindo e enxovalhando quem ousasse pensar diferente, preocupado agora com a pessoa humana. Só se for a sua pessoa. 
Mais 'trunfos' que o distinguem:
Autonomia evolutiva.
Como se sabe, a autonomia dele evoluiu rapidamente para a morte. Temos um governo que não tem nada para governar, porque os homens de Gaspar fazem o trabalho. E temos um Ventura Garcês que é o único titular de uma pasta de finanças da História do mundo proibido de mexer em dinheiro!
Autonomia evolutiva isto, diz sua excelência.
 
Desenvolvimento integral, aponta o homem. Desenvolvimento integralmente de alcatrão - e hoje não há verba sequer para remendar estradas e 'furados'.
 
Criação de emprego.
Incrível desfaçatez. Que lhe respondam os 23 mil colocados fora de actividade pela política desvairada que ele instalou na Região.
 
Pluralismo na comunicação social.
Bom, aqui precisámos de um intervalo porque a piada é de rebolar às gargalhadas.
 
"Eles mentiram, atribuindo-me a intenção de expulsar alguém do partido", escreve o homem.
Nova gargalhada. Saiu-lhe ao contrário tal ameaça e, como sempre que comete erros de palmatória, trata de endossar aos outros as responsabilidades que lhe cabem.
Ameaçou de expulsar (Miguel Albuquerque) sim senhor, e mais de uma vez.
A prova disso está no próprio texto de hoje.
Ele diz que será passada uma esponja logo no dia 3, mas desbobina o seguinte: "Só não poderão continuar no PSD-M aqueles que persistem em destruir o partido por dentro."
Ora, quem é o juiz que decide se um sujeito quer destruir o partido? Ele, o monarca. E que tem dito o monarca sobre o rival? Que quer destruir o partido por dentro. Logo, ele está com ideias de fazer força para expulsar Miguel. E sabe-se que, quando o chefe quer, uma criatura é presa por ter cão ou por não ter...
Mas é injusto. Mesmo que Miguel quisesse destruir aquilo, não poderia, porque já não existe nada inteiro no ninho de víboras dos Netos. Escaqueiraram até um certo dinamismo alimentado por quem procurava tacho. As coisas mudaram e até os jagunços estão fartos do chefe.
Não demora nada que o perceberá na prática.
 
O texto ataca, como de costume, os elitistas.
O que ele visa são as pessoas que ele queimou em duas gerações, aqueles que lhe podiam fazer sombra. Ele quer é bases, das que se contentam com um espeto de carne e um bolo do caco. Assim como inclui na comissão política e no governo apenas bons rapazes que nem sequer gostam de se meter em política.
E se alguma vez falam em política é depois de ouvirem a posição de cima.
 
Chefe reclama para si um republicanismo constrastante com a facção do rival, que diz monárquica.
Republicano? Com a ira escatológica que dedica à I República, aquela que derrubou 7 séculos de monarquia? Hum...
 
E, claro, chefe distingue-se do adversário por constituir um obstáculo à maçonaria que pretende assaltar o PSD-M. Uma pessoa parece que estala de riso, só de ouvir esta baboseira delirante. Há 30 anos que ele agita o papão da maçonaria e nunca alguém viu sombra de alguém dessas sociedades secretas com a menor influência cá na tabanca. Bom, os fantasmas são invisíveis...
Para se fazer importante, ele cria inimigos importantes - e já chegou à Trilateral, a Bush... que nem sequer fazem ideia de quem seja este feiticeiro da tabanca nem da banda desenhada.
O senhor leu um livreco sobre aqueles movimentos e interiorizou naquela desequilibrada cabeça que andam a perseguir a Madeira.
Ironizamos. A leitura do livreco deu-lhe foi para tentar ser falado, a ver se alguém lhe respondia. Três décadas depois, nada. E ele insiste em não largar o avental.
 
Mais uma vez, afirma no texto de hoje que tem mais 3 anos e tal de mandato pela frente e portanto não faz sentido sair.
Pois agora é que faz todo o sentido recolher à Pedro José de Ornelas. Não está a cumprir programa votado nas eleições, porque em vigor está o programa da troika, e o remédio é fazer novas eleições. Não foi isso que alegou em 2007?
 
Enfim, estão à porta as eleições do Dia de Fiéis Defuntos, que se pode transformar em Dia dos Infiéis Defuntos.
Chefe treme.
Independentemente dos resultados, um recorde já perdeu: o de chegar ao fim da carreira sem ninguém lhe fazer frente dentro do PPD.
Acabou-se o unanimismo que ele só não azucrina quando se trata dele próprio. Não acontece mais ser eleito líder por 99% (o 1% era de algum militante já com um grão na asa e que inutilizou o voto).
 
Isto é dentro do seu partido. Devia era sair por aí abaixo e sentir as ganinhas da sociedade para lhe oferecer um bilhete expresso. Ida.
 

1 comentário:

jorge figueira disse...

Aplica-se muito bem o adágio: quem semeia ventos colhe tempestades. Neste ano de governo apenas uma medida exequível, que me lembre, foi tomada. Ela foi: a queixa contra a jornalista que inquiriu turistas sobre o "romance" DENGUE.