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terça-feira, 7 de outubro de 2014


CHEFE NÃO VAI A MACHICO 


Já dissemos que o patrão não vai ao dia do concelho de Câmara de Lobos. Agora temos outra má notícia.
O nosso K-Arara notou certo nervosismo nas Angústias coincidente com uma estranha ausência real. Lá se pôs o agente a escarafunchar com perguntas aqui e ali, junto do chefe de gabinete, na gaiola das araras, na sala de plenários, no quarto onde Meio Chefe bate as sornas todos os dias depois do almoço - para saber o que se passava. 
Quem veio a explicar tudo foi um jardineiro que, por acaso, apanhou chefe UI a falar sozinho numa passeata entre flores, árvores e araras. Pela ensimesmada conversa, percebeu que o homem planeava tramar Machico exactamente com a mesma pirraça que fez a Santa Cruz. Ai querem dar nas vistas com a festarola do concelho? Então, vão apanhar com um director regional a representar o governo. Se calhar, queriam-me lá, para o José Manuel Coelho fazer um dos seus números ou o tal que me atirou a cerveja vir vingar-se em mim da decisão do MP quanto a prosseguir com o processo do Porto da Cruz em frente.
Isto era o homem a falar com os amores-perfeitos lá das Angústias. 
E pôs-se então a fazer contas sobre o director regional a mandar para cumprimentar o Ricardo Franco no Dia de Machico, sexta-feira. Resmungava Meio Chefe: depois de eu virar as costas rumo à Europa, lá vai o ressabiado ex-futebolista do Fénix espantar a caça com aquela m... da baixa nas Finanças. Não pode ver uma pessoa vestir uma camisa nova! Até acha estranho que uma pessoa tenha dois vencimentos! Invejoso do c...! E agora não tenho a quem fazer queixa do escriba para o calar! 
O homem, contou o jardineiro ao nosso K-Arara, fez um compasso de espera, como se lhe estivesse a ocorrer uma ideia para o 'boca pequena', e voltou a resmungar: Machico? Ainda se houvesse mais uma aluvião como a de mil oitocentos e troca o passo, eu ia a correr para lá, porque era motivo para ficar mais 8 anos no poder, aí não me obrigavam a virar as costas às dificuldades. O Raimundo e os bordas d'água iam levar com aterros até à lancha encostar! 
Moral da história: Machico vai ter um director regional na cerimónia de sexta-feira e não reclame.
Quanto ao sua excelência, já desapareceu outra vez da Madeira. Levando consigo o ónus de mais uma baixa nas Finanças, como se o homem mandasse na saúde dos vassalos e das vassalas. Temos testemunhas: a preocupação dele é as ajudas de custo irem lá para cima em notas de 500, maneira ideal de as meter no escuro.
O jardineiro diz que não deve ter ouvido bem, mas que lhe pareceu ouvir chefe ruminar: desta vez não tenho como justificar a passeata, vou ter de dizer que ando na Europa procurando apoios para obrigar Lisboa a dar o 'sim' à minha revisão constitucional. Claro que não é isso que eu quero. Se revissem aquilo, nada mais me restaria para falar. Vamos engonhando, como de há 40 anos para cá.

2 comentários:

Anónimo disse...

Se Maomé não vai à montanha as montanhas vão com o Maomé.

Anónimo disse...

caro Calisto
permita-me alguma liberdade linguística.
O Chefe que se F... ecunde