Rejeição de propostas visando o apoio aos reformados e pensionistas demonstra uma gritante falta de sensibilidade social
A rejeição, por parte da maioria PSD na sessão da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira de hoje, 21 de Outubro, de três iniciativas legislativas visando a atribuição de um complemento de pensão aos reformados e pensionistas da Madeira e do Porto Santo a auferir baixas pensões, demonstra uma gritante falta de sensibilidade social do partido que sustenta o Governo Regional.
Cai assim por terra, mais uma vez, a máscara do PSD, que durante a campanha eleitoral fez da defesa dos direitos dos idosos, reformados e pensionistas com baixos rendimentos uma das suas grandes bandeiras, mas cujos deputados, agora, passadas as eleições, garantida a maioria e a governação, quando confrontados com propostas concretas visando a concretização daquilo que tanto apregoaram e defenderam no calor dos comícios e da campanha, pura e simplesmente aniquilam qualquer hipótese de avançar com um complemento de pensão para a Região, que possibilitasse a melhoria das condições de vida de milhares de reformados e pensionistas da Madeira e do Porto Santo que enfrentam situações de necessidade e penúria, agravadas pelos efeitos da crise e da austeridade que foi imposta, não só pela Troika a nível nacional, mas também pelo Programa de Ajustamento Económico e Financeiro, acertado entre o Governo Central e o Governo Regional e que tem vindo a empurrar milhares de famílias madeirenses e portossantenses para a pobreza e asfixia económica.
A ARPIRAM ressalva a importância das propostas hoje chumbadas, congratulando as forças políticas proponentes das mesmas e todos os deputados que votaram a favor. Infelizmente, não foram suficientes para garantir a sua aprovação, face à maioria do PSD.
No entanto, esperamos que a luta por mais e melhores condições de vida para os idosos, reformados e pensionistas da Região, nomeadamente daqueles que auferem baixos rendimentos continue, e que os partidos com consciência social se empenhem para que os direitos destas importantes camadas da sociedade não sejam esquecidos.
Da parte da ARPIRAM, a luta continua!
Funchal, 21 de Outubro de 2015
P’la Direcção da ARPIRAM
M.ª Margarida Vasconcelos
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