O GOVERNO DO PAI NATAL
Habemus governo... para currículo. |
O melhor é os portugueses que ainda não se deixaram levar na loucura política colectiva interpretarem a questão do futuro governo dentro do espírito natalício que já se respira nas lojas comerciais. De facto, a agenda oficial para os próximos dias é mais fictícia, faz-de-conta, do que os trajectos do Pai Natal a cruzar os céus puxado pelas dóceis renas, em busca de chaminés fumegantes para descarregar embrulhos com fitas coloridas.
Sexta-feira, há tomada de posse de ministros que não irão governar. Seguem-se dez dias para Passos Coelho apresentar um Programa de Governo que não servirá para nada. Depois, 3 dias para discutir esse Programa, chumbado à nascença.
E a marcha de loucos continua como se fosse tudo muito a sério!
Quem provocou esta situação não é gente que esteja no seu perfeito juízo.
Então não é assim que se deve fazer? - perguntarão alguns - Não é de dar posse a quem ganhou as eleições?
Não gozemos com coisas sérias. O sr. Cavaco alardeou antes das eleições que tinha uma solução para cada situação que delas, eleições, decorresse. Mas acabou por aplicar a solução óbvia, como um puto de 10 anos faria. Quando o fulano disse que tinha soluções, devia prever o que é que cada uma delas provocaria ao virar da esquina, se aplicada. Tinha de arranjar as coisas de modo a evitar becos sem saída como este em que o País foi metido. Largasse a arrogância da mão e falasse com os partidos de maneira a que todos percebessem o Português uns dos outros. Com firmeza e inteligência. Mas isso!...
Um Presidente da República para fazer isto?!
Fechem esta m... para obras - desculpe, Leitor.
Só vemos uma vantagem nesta palhaçada montada pela classe política, sob a égide do homem do leme: o 'banano' do governo que Passos constituiu há pouco, como se fosse governar a Europa inteira por 20 anos: serve para melhorar o currículo de muitos ministeriáveis, embora sabendo a nada.
É certo que irão todos para o Guiness, como peças de um governo nado-morto. Mas, como dizia Luísa, antes ser rainha uma hora do que duquesa toda a vida.
6 comentários:
Pelas palavras do sr. Calisto, nunca adivinharia que este era socialista a 100%.
Lá para a Pascoa teremos novamente um Coelho.
Há vários exemplos de governos, em especial na Europa do Norte, a governar em minoria porque foram os mais votados e os outros partidos participam, à escala de cada um, na governação. Sem dramas nem PARTIDARITES. O interesse nacional é sempre mais importante que o pessoal e partidário. Em Portugal não é possível, há sempre muitos Boys à espera de taxo, e o interesse dos partidos prevalece sempre, o resto é retórica.
O povo votou e escolheu não dar maioria absoluta a ninguém e espera que cada um dos partidos contribua com a sua política, para o bem de todos. Agora, entendam-se. À muito que Portugal deveria ter um Governo de Salvação Nacional, com a participação de todos os partidos, mas ainda não será desta, primeiro, tem de bater no fundo.
Não pode ser um Governo de Salvação, porque, todos os que para lá vão têm de meter a mão.
Calisto já reparou na campanha orquestrada pelo DN para abater SM? Dizem que o DN é novo JM.
Cada vez mais acredito que o comentador Miss Take frequenta o Quebra Costas....
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