NO 'DAY AFTER'
Creio que o sistema de compromissos que vai
caracterizar a vida política portuguesa enquanto o novo Governo da República se
aguentar, constitui uma oportunidade a dever ser aproveitada pela Madeira,
até pela preocupante representação parlamentar na Assembleia da República agora
aqui apurada.
O tempo vai rolar cada vez mais depressa e cada vez
menos previsível.
Se há meses, como eu disse, se adivinhava todo o
esforço nacional e internacional dos “interesses” financeiros que estão a
comandar o mundo, para a reeleição do Governo Passos/Portas - nunca
a comunicação social lhe foi tão simpática, nem tão adversa aos socialistas
- a maioria relativa satisfazê-los, vai depender do relacionamento desses lóbis
poderosos com o PS.
Tanto a nível nacional, como na Madeira a subida da
abstenção é muito clara de que só metade dos cidadãos se presta à liturgia do
sistema político-constitucional, ainda vigente muitos neste não acreditam
votar por imperativo de consciência.
A questão está em saber se vamos deixar este
apodrecimento lento, prejudicando Portugal e favorecendo radicalismo, ou se é
hora de começar a pôr termo a ISTO e termos uma Democracia capaz.
Embora os poderes que controlam o País e os Partidos
do sistema queiram lucrativamente adiar o problema, inteligentes também têm a
noção da degradação. Por exemplo, veja-se aquele esforço ridículo de
pretender fazer crer aos Portugueses, no início da “noite eleitoral”, de que
a abstenção diminuiu!…
Voltando à Madeira, é claro que a continuidade do
Desenvolvimento Integral e o indispensável crescimento do Emprego exigem duas
coisas:
- primeiro, o Estado tem de assumir a dívida pública
da Madeira, pois esta resultou do nosso Direito de investirmos na europeização
da vida madeirense, após durante mais de cinco séculos o mesmo Estado
português comprovadamente nos ter sonegado meios;
- segundo, esta autonomia, mormente a imposição do
“Estado unitário”, é ainda colonial, impede à Região ter os meios para
concretizar as opções de que necessita.
O resto são “rodriguinhos”, neste momento “diálogos”
que pouco conseguem.
É preciso saber aproveitar a fraqueza do poder e as
indefinições, no Estado - como se o fez noutras ocasiões - e aproveitar também
o que os três Partidos que ganharam representação
parlamentar, competitivamente deverão querer demonstrar.
A História é dos que sabem agarrar as oportunidades.
Funchal, 5 de Outubro de 2015
Alberto João Jardim
8 comentários:
Aqui está a revolução bolchevique em marcha.
A táctica é aproveitar a fraqueza do Estado para fazê-lo sucumbir. Lenine no Estado e a Revolução preconizava-o.
Tivemos, em Julho, a tomada da B(P)astilha agora isto.
Lá para Fevereiro será a colagem à Luta Heróica dos Povos Colonizados. A guerra em Angola iniciou-se em Fev. de 1961, há que capitalizá-la.
Excluirá Timor pois para eles nem um tostão dará. Aos outros oferecerá um exemplar do livro com o acerto das "Contas Coloniais"
Saudades de Alberto João. Volta estás perdoado...
À atenção de todos os palermas que julgam que sabem fazer política com paninhos quentes.
AJJ faz cá muita falta mesmo antes de partir para o além
Parabéns ao Anónimo pela sua sabedoria!
Os palermas devem estar atentos pois "Chefes" que não fazem política com paninhos quentes,quando fogem ou acabam derrotados quem fica com a "factura" são esses ditos palermas. Foi assim com Hitler e tantos outros.
Essas criaturas, normalmente, têm mau feitio e detestam quem abre os olhos aos palermas a tempo e horas de lhes fugirem das garras.
Resulta clarividente a reflexão aqui expressa pelo Dr. Jardim. Aliás, não será por acaso que se trata de uma referência política a nível nacional. Na Região nem se fale, todos os outros parecem (fracos) aprendizes de feiticeiro. É por demais óbvio que o Estado Português tem que assumir - ou pelo menos aceitar apoiar uma reestruturação razoável - a dívida da Madeira. De outro modo, estamos pura e simplesmente falidos, para não dizer outro termo, evitando-se a brejeirice. Não há redução da despesa pública ou aumento da receita que nos valha. A Madeira não tem qualquer hipótese de pagar 6,000 milhões de euros. Basta estar atento: em 7 anos que adiamos o pagamento do empréstimo ao Estado, diz-se que vamos poupar 24 milhões por ano. Isto é falacioso! Basta qualquer cidadão que já tenha renegociado o seu crédito à habitação explicar como foi para percebermos a arte de distorcer aqui patente. O que fizeram foi postecipar um encargo ou seja, nos próximos 7 anos resguardamos a tesouraria e no fim pagamos a conta na mesma. Continhas da mercearia pois claro! Mas mesmo que fosse como dizem: 7*24 dá 148 milhões. Ainda faltam 5.852 milhões para pagar! Acrescente-se a capitalização já assumida de mais 100, e até já lá foram dois terços da poupança. Andamos a brincar às dívidas? É por demais evidente que estamos num beco, não sem saída, mas apenas com uma: o Estado assumir que vai ter que encontrar uma solução para isto, sob pena de estoirarmos economicamente; ou vão continuar a reduzir a despesa pública a uma economia que depende em significativa parte dessa mesma despesa pública? Em que escolas é que estudaram economia? É tempo de verdade e solidariedade. Deixem de brincar aos Governos. Terá sido por acaso a votação que o Bloco de Esquerda teve? Vitórias concludentes o tanas!
Quem diria! Se um dia me dissessem que AJJ iria terminar os dias a filosofar no Fénix, pensava que tinham fugido do Trapiche!
Pois eu saí do Nacional e do Regional para o Global, caro anónimo.
Lenine, aproveitando as debilidades do Czar, explorou-as em benefício da sua causa. Li isso no texto do Sr. Dr. Jardim, como certamente o simpático anónimo também leu.
Não dou para o peditório que resulta da sua última intervenção. A política de adro de Igreja, se o A é melhor que o B, como preconiza, não faz as minhas delícias.
Outros valores mais altos se alevantam, passo a explicá-los. Quando se vislumbram no horizonte ditadores, ditadorzinhos ou ditadorzecos devemos alertar todos "os palermas" para o evento. Os astutos candidatos a ditador até ganhem eleições, caso não saiba, foi assim com Hitler. Sobrou tudo isso para os "palermas" que acreditaram nele votando e para os outros que foram de arrasto. Disse isto na primeira intervenção e mantenho.
Falemos agora da sua última intervenção, das suas afirmações e do posicionamento do Sr. Dr. Alberto João que deve estar a dias de apresentar a sua candidatura à Presidente da República. Fala-nos o anónimo de uma dívida da RAM contraída em nome dos seus eleitores. Acho que temos o direito de saber quem a contraiu,pois creio que para si será obra da maçonaria. Os madeirenses têm direito a isso em particular os profetas da desgraça que, sem sucesso, alertaram "os palermas" para aquilo que aí vinha.
Nos dias em que o Sr. Dr. Alberto João reconhece a dívida - tem muitos em que ele diz que não há dívida - acha que ela é de Portugal. Um Algarvio se lhe forem dizer que vai ter de pagar mais um euro por causa da dívida da Madeira vai ficar contente? Um madeirense quando um taxista, em Lisboa, lhe chamar "chulo" revê-se neste qualificativo? Não serão contradições a mais para quem quer ser um aglutinador dos Portugueses na Presidência da República?
São egos como este que, não reconhecendo erros, julgam-se capazes criar Impérios de mil anos
NO ANTIGO REGIME CRITICAVAM O COMPANHEIRO CALISTO POR DIVULGAR VERDADES ATE AGORA QUE SAIBA NENHUMA FOI DESMENTIDA POR ISSO AQUI FAZ-SE JORNALISMO SÉRIO COM ISENÇÃO E NÃO HAVENDO OUTRA FORMA DE CHEGAR AO NOVO REGIME POR ESTE MEIO CHEGA DE CERTEZA.
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