Powered By Blogger

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Opinião


NÃO NOS DEIXEMOS ENROLAR
Que se saiba, a Síria, o Líbano, o Iraque e a Líbia não são fabricantes de armas.

Mas morre-se lá todos os dias porque alguns lhes vendem armas.
E quanto mais andarem às guerras, mais armas e munições serão vendidas.
Quem faz negócio de armas?…
É por aqui, e não no “entertaining” da comunicação “social”, que a análise deve começar.
E conhecendo algumas coisas que não estão muitos divulgadas.
É verdade que as “primaveras árabes” derrubaram ou fomentaram revoltas contra regimes que agrediram Direitos Humanos.
Mas também é verdade, excepção porventura à Tunísa - o Egipto, vamos ver… - que as chamadas “primaveras árabes”, aplaudidas de Moscovo a Washington com um côro estrondoso, mas tôlo, da União Europeia, não só trouxeram regimes ainda mais agressores dos Direitos Humanos, como intensificaram o negócio de venda de material de guerra.
Na Síria, sendo a família Assad a antítese da Democracia, é igualmente verdade que pertencem à orientação islâmica “tolerante”, ao contrário dos fundamentalistas do chamado “Estado Islâmico”. A Chária era inconstitucional, as Mulheres não eram obrigadas a usar “burca”, tratava-se de um pequeno país pacífico, economicamente próspero e laico. Dez por cento da população era cristã - agora ameaçada de morte pelos fundamentalistas - com todos os Direitos dos demais cidadãos. (Houve cinco Papas de origem síria).
E, atenção, a Síria era o único Estado mediterrânico que, apesar do mais aberto à cultura ocidental em todos os países árabes, nunca privatizou o seu petróleo, propriedade da empresa estatal, do Povo sírio.
Acresce que a Síria foi o único país que admitiu refugiados de guerra do Iraque, sem qualquer discriminação política ou religiosa.
Embora sejam inadmissíveis as suas ameaças à sobrevivência legítima do Estado de Israel.
E é curioso que, apesar do laicismo da família Assad, nesta guerra se assista à habitual bipolarização religiosa do mundo muçulmano. Chiitas pró-Assad, sunitas contra.
Neste conflito e nas nossas “barbas” sob débeis governos ocidentais, estarão a Rússia, o Irão e a China a ensaiar uma futura aliança militar…
O General De Gaulle dizia que os Estado Unidos “são uma potência perigosa”. E na opinião de Christian Harbulot (Escola de Guerra Económica-Paris), “os USA são especialistas em criar monstros que se voltam contra eles, por exemplo os talibãs no Afeganistão, o Estado Islâmico contra Assad na Síria, etc., uma autêntica manifestação de esquizofrenia”.
Tenhamos presente que a guerra militar é desencadeada quando a guerra económica, por si só, já não basta. E as “novas gerações” governantes no Ocidente lançaram-nos na presente guerra económica por terem uma cultura deficiente, uma educação preponderantemente individualista, egocentrista e economicista.
Esqueceram-se de Keynes: sim à livre circulação de capitais, não ao mercado livre global.
Temos de perceber tudo isto, não só para entender o que se passa no Médio Oriente, nesta fase em que há quem fale já de “exportação do modelo revolucionário iraniano”, mas também para dissecar o fio da meada dos negócios de armamento, as intervenções russa e iraniana, bem como as “indignações” dos norte-americanos e dos turcos.
Turquia que, sendo da NATO, cada vez menos se recomenda em termos de respeito pelo Direitos Humanos, embora essencial para travar o Irão chiita.
Sobretudo entendermos o que fez cair sobre a Europa e a nossa Economia, Segurança e Futuro, a mais problemática onda migratória após a II Guerra Mundial. 

Funchal, 20 de Outubro de 2015

Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim

7 comentários:

Anónimo disse...

Muito bom, actual.

Anónimo disse...

O que vale é o senhor JÁ NÃO ENROLA NINGUÉM. Já FOSTE:

Unknown disse...

Não sendo um texto original (feito de muito copy and paste de frases completas tiradas de outros analistas) está correcto.

Fernando Vouga disse...

"Quem faz negócio de armas?…"

Em princípio, serão os mesmos que fazem os negócios da prostituição e da droga.
E deixo aqui outra pergunta:porque será que os Estados não conseguem (ou não querem de verdade...)acabar com esses flagelos?

Jorge Figueira disse...

Fernando como sempre disse: coisas da maçonaria, da trilateral, do Pres. Bush, do grupo de Bidelberg e dos chineses.
Os cubanos escapam desta vez, ficam de reserva para quando for necessário acertar as contas ao tempo do Infante, aquele da Avenida das Angústias.

Anónimo disse...

E estes senhores críticos do antigo Meio Chefe e do atual Zé do Quebra Costas agora debatem com ele? Dão-lhe trela?
Tristeza.
Ele foi e, é muito mau para merecer esse debatezinho

Fernando Vouga disse...

Caro Jorge Figueira

Indo ao fundo da pergunta que formulei, já que ninguém responde, respondo eu.

Esses negócios de que falei são feitos por aqueles que untam as mãos a quem tem o poder.
Será necessário mais esclarecimentos?
Caso afirmativo, contem comigo...