Celebrar o 25 de Novembro, sim, mas quando
se celebrar também as derrotas fascistas no 28 de Setembro e no 11 de Março
Os saudosistas do Estado Novo morrem de saudades do dia em que estes 3 figurões do PREC (Fabião, Otelo e Rosa Coutinho) foram devolvidos à caserna.
O combativo deputado popular Lopes da Fonseca, em conferência de imprensa, convidou esta manhã o PSD-Madeira a explicar o porquê de ter deixado de defender a realização de uma sessão solene parlamentar comemorativa do 25 de Novembro de 1975. Achamos essa uma dúvida um pouco redundante, desculpará o nosso Amigo Professor e líder parlamentar do PP.
Mais interessante parece-nos aprofundar para entender minimamente como é que conseguem ostentar esta mudança de postura certos indivíduos que passarem 30 anos a defender exactamente o contrário, sempre a gritar vivas ao 25 de Novembro. E recordar outros que, durante o mesmo longo período, deixaram Novembro achincalhar Abril todos os anos sem abrirem a boca em defesa do golpe que enterrou o fascismo em 1974. Caladinhos que eram, revolucionários que agora nos saem!
Anos houve em que, a 25 de Abril, os deputados da oposição foram deixados às escuras a cantar o Grândola...
E ainda há por ali gente do PSD que assistiu e corporizou essa rábula contra-revolucionária.
Perceber certos estômagos é que valeria a pena.
Quanto aos motivos que levaram a maioria laranja a deixar cair a sessão do 25 de Novembro, é óbvio, trata-se de corrigir um erro voluntário e provocatório que durou décadas.
É tudo muito simples. A grande viragem em Portugal, depois de Outubro de 1910 e de Maio de 1926, foi o Abril de 1974. Indiscutível.
Se fosse para celebrar o 25 de Novembro, seria preciso antes celebrar o 28 de Setembro da Maioria Silenciosa e o 11 de Março de 1975, quando os spinolistas reacças, num caso e noutro, tentaram obstruir os ventos de Abril e repor o passado no poder.
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