QUO VADIS?
Para onde vais, Portugal?…
O sistema político-constitucional propicia um espectáculo que não é surpresa para quem sempre disse não ser o sistema adequado ao nosso País.
O interessante é que não se vê aprofundar esta questão.
Procura-se dolosamente afastar o Povo da necessária reflexão sobre a organização constitucional que tantos sacrifícios nos tem imposto e que espalha tanta asneira.
À imagem da indigência político-cultural do Parlamento, perdido na aferição dos votos, quando só metade dos Portugueses foram votar, manifestamente incapaz de discutir o futuro de Portugal, como se viu no falso “debate do Programa de Governo”.
Maior do que quem pretende ser Governo, o problema reside naquela “classe política” que a televisão nos mete casa adentro.
O problema reside numa pseudo-“esquerda”, pseudo porque do mais conservador e retrógrado que existe na Europa, um partido museológico comunista que já ninguém consome, desde os países de Democracia mais elaborada até aos primitivismos fundamentalistas.
Pseudo-“esquerda”, esse “show” exibicionista, de cultura peixeiroca alfacinha, o analfabetismo queque do “bloco de esquerda”.
E depois temos o problema dos Partidos que se dizem da “área democrática”, PSD, PS e CDS, mas que hoje desembocaram no que de pior tem a partidocracia. Organizações nas mãos das mediocridades que se instalam através de recrutamento e pagamento de quotas de uma porção de indivíduos que ideologicamente nem sequer têm a ver com esses mesmos respectivos partidos.
Partidos que depois, quase sem élites, são apenas máquinas de conquista do poder e de satisfação de interesses particulares à revelia dos Valores que fizeram Portugal.
Como foi possível o PS quebrar os seus Princípios democráticos e, num Portugal que tem de consolidar a Democracia para sobreviver económico-socialmente, se colocar refém de gente que nem assim repudia a “ditadura do proletariado” - que pelo menos oitenta por cento dos Portugueses que votam e a outra metade que não vota, repudiam - só para a tal claque que conquistou o poder no partido, poder sobreviver?!…
Como é possível persistir a tradicional estupidez da “direita”, entregando o PSD e o CDS a quem estão entregues, com uma política socialmente desastrada, mal explicada, até porque errada, arrogante e radicalizante, desta forma destruindo o Centro e a classe média?
Surpreendente é ainda serem os mais votados, resultado de metade dos Portugueses terem o pudor de não votar em qualquer dos Partidos do regime.
O País está hoje na situação em que está, com este desfecho que nem é surpreendente face a tanta asneira, omissão e indigência política. Graças não só a estes Partidos-Protagonistas que temos, mas também porque o situacionismo dos interesses, controlando a “Informação”, desmotiva os Portugueses de encontrar novas soluções. Desmotiva uma reconstrução do Centro e uma mudança constitucional.
Há uma acção psicológica para incutir medo ante o ainda não exprimentado ou censurar a inovação, bem como para anestesiar o Povo num conformismo histórico.
Está pronta a passadeira vermelha para a continuação da mediocridade que nos descrevem todos os dias.
Funchal, 11 de Novembro de 2015
Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim
14 comentários:
Sempre se podia criar uma divida publica escondida em vez de 6MM€ uma de 60MM€. Ser socialmente responsável, não implica criar mais pobreza para dar aos ricos e dividir entre os pobres. Que foi o que fez com o seu amigo Jaime Raimos. Como é que está a ser Social com a Fundação Social Democrata, está a dividir os espólios com os pobres? Pois, o social funciona com o dinheiro dos outros.
Eu responsabilizo a pessoa que ficou encarregue de dar a pastilha logo que se levanta contra a demência! Ou então há pastilhas trocadas, caso contrário a criatura não confundia a realidade com os seus sonhos diabólicos e maquiavélicos! Kafka deve estar a dar voltas no tumulo!
Este... em vez de cuidar dos netos .dos tachos das filhas e do genro,está agora preocupado com a Parte Social... Dívida os 6 mil Milhões do Cuba Livre pelos mais Necessitados ,! Mande prender os que enriqueceram à custa da Tal Dívida ! Seja Sério
nas suas afirmações para que o Seu Nome não seja Borrado da História da Madeira .!!
Há gente de pensamento tão básico que não consegue sair do seu limitado registo. O acessório prevalece, sempre que comentam AJJ. A essência do que Alberto João escreve é sempre secundária e até ignorada, ignorantemente.
Um declamador não será avaliado pela obra que declama, pois não é de sua autoria, mas sim pelo dom de oratória e de entoação e leitura para quem ouve. A obra escrita e executa por AJJ é dispare daquela que tenta passar a mensagem agora. Há quem acredite que mesmo no leito da morte basta pedir perdão e tudo será perdoado. Finalizando, é preciso ter moral e fazer coincidir a mensagem com os atos, caso contrário são palavras ocas, vazias de conteúdo e verdade. Mesmo que o que escreva seja a maior verdade do mundo.
Lindo artigo escrito a olhar para o espelho.
E sempre com o tique do control da Informação. Pensa que os outros são como ele, indigente antidemocrático ...
O anónimo das 22.11 conclui uma verdade muito antiga: não basta ser, também é preciso parecer.
Quem sabe, sabe e isso parece incomodar muita gente. Grande lucidez e perspicácia na excelente análise que faz e o retrato que tira à situação política portuguesa. Com o mérito acrescido de ter antecipado tudo isto. Brilhante como sempre Senhor Presidente.
Só resta uma pessoa com este grau de fidelidade: andré freitas.
Amigo, AJJ, foi enganado pelos seus amigos. Como disse e bem e foi coisa que nunca mais esqueci na vida e paço a citar ( Tenho medo dos meus amigos e não dos meus inimigos), foram esses seus amigos que lhe fizeram a folha, passo a expressão. Os que enriqueceram às suas custas e que diziam sr. Presidente vamos fazer que a população quer. Agora por muito que escreva e dê dicas de governação ninguem quer saber disso para nada. Devia ter feito e ouvido quando estava lá. Agora já de nada vale este paleio todo.
Ele merece essa solidão ....Trocou a política por tudo, esquecendo amizades, lealdade, ética, democracia, familiares, compadres, etc...Agora escreve sozinho...como filho único que é...
Um estadista que o rectângulo recusou. Povo medíocre.
Um estadista que o rectângulo recusou. Povo medíocre.
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