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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Até que enfim!


DEPOIS DE TUDO ISTO, O HOMEM VAI DE VEZ, NÃO É?

Costa: "Muito prazer, sr. Presidente." Cavaco: "Encantado."

Cavaco sempre foi um gato das sete vidas. Quando a gente se 'precatava', lá estava ele num cargo importante, para gramarmos o 'emplastro' mais uns anos. Não nos digam que desta vez... Bom, depois de indigitar esta manhã António Costa, esperemos que só o tornemos a ver a dar posse ao governo e depois no dia da abalada para Boliqueime.

O homem que puseram no Palácio de Belém acaba de indigitar António Costa para primeiro-ministro. Há quem compare esta demora com a de Jorge Sampaio, numa situação parecida. Parecida, sim, mas longe de igual.
Desta vez, com Cavaco, estava tudo a indicar o caminho lógico: se a minoria Passos-Portas não passou no parlamento, a solução era convidar a formação partidária logo a seguir mais votada, o PS. Que até se sabia contar com apoios que completavam a maioria absoluta no parlamento.
Não. O homem que puseram em Belém quis dar nas vistas, impedindo a esquerda de chegar ao poder. É mais forte do que ele. Então, tentou um governo de gestão. Acabando as negociações que andou a fazer, para a frente e para trás, com toda a gente contra ele, inclusive o centro-direita, que não queria, e bem, essa situação indefinida da gestão.
Cavaco chateou a esquerda. Chateou a direita. Pôs os Portugueses nas horas do c... Mostrou arrogância. Que tinha soluções para tudo, o atado do presidente. Que a esquerda é anti-europeísta, logo jamais poderia ser poder. Que os mercados assim e que os credores cozido. Que o raio parta aquela presidência. Enfim.
Depois de tanto empatar a vidinha do Pagode, como um maçador pior do que o 'emplastro' dos directos televisivos, lá o homem se decidiu ouvir os graúdos da Lusitânia, para não fazer alguma coisa que aborrecesse os grandes empresários e os capitalistas. E até esses viram o erro que seria um governo de gestão. Só o homem do bolo-rei não viu. Precisou de conselhos. Para ele, o Conselho de Estado é uma mesa cheia de banqueiros e outros tubarões do capital.
Esta manhã, o homem capitulou. Decidiu aquilo que deveria ter decidido à primeira. Sem este espectáculo deprimente que, depois de uma carreira para esquecer, escolheu para 'apoteose' da sua saída de cena, esperemos que definitiva. Já não temos idade para emigrar.
Razão tinha o saudoso José Vilhena que, sempre que Aníbal entrava para um cargo, começava a contagem decrescente desse mandato, escrevendo nas suas revistas: "Faltam 832 dias para o homem ir embora"; "Faltam 825 dias para o homem ir embora".
Demorava. Mas ele foi sempre embora. Agora torna a fazer as malas, mas com motivos de alívio para Portugal inteiro, da esquerda à direita: desta feita, ele vai de vez. O emplastro não atrapalha mais.

2 comentários:

Anónimo disse...

Apesar de duvidar muito que este governo PS dure mais que um orçamento, não podemos negar a legitimidade. Mesmo que a sua ascenção seja eticamente questionável, não deixa de ser legítima. Tenho é pena do que vai acontecer ao meu PS, quando o PCP conseguir o que quer (reverter as concessões dos transportes públicos) e o BE começar a ver que governar não é a utopia que eles sonham durante as viagens canabianas e ambos decidirem puxar o tapete ao refém PS! Dependendo da situação em que o país estará, o PS arrisca-se a não voltar ao poder nos próximos 5-10 anos.

Anónimo disse...

Penso que hoje quem esteja atento aos acontecimentos, possa entender esta demora do Cavaco. Então não é que os terrenos da TAP foram postos à venda por um valor 3 vezes superior ao que foi dado pela TAP toda? Então não é isto mais um exemplo do estado de Portugal, um país a saque? Cavaco, o homem que nos enterrou no passado, aproveita antes de sair para nos enterrar no futuro. Reparem que o mesmo está a acontecer na Madeira, a estratégia é escavacar o público. Deixa-lo completamente descapitalizado de utilidade e confiança de forma a justificar a transferência de euros e mais euros para o privado. XX