As luzes e a favela
Cheira a Festa ver a montagem que estão a fazer nas ribeiras do Funchal de umas geringonças que pelo menos à primeira vista parecem gambiarras para nos iluminar os espíritos pelo Natal.
Se há quadra do ano em que os Madeirenses são unânimes na necessidade de cor e luz para unir as famílias e a própria Sociedade, depois de um ano de crise, miséria e divisionismo de tabanca, aí está a nossa tradicional Festa de Dezembro no primeiro lugar do ranking.
Passear pela baixa da capital nesta enternecedora época e ver aquelas luzinhas multicolores a reflectir-se nas poças de chuva é tradição que faz parte.
Mas desta vez, e só desta vez, gostaríamos de deixar aqui uma observação - e esperamos que não a levem além do que merece, já que não passa de um apressado alvitre.
Atendendo a que em várias zonas da cidade há muros de ribeira improvisados, à espera de reconstrução faz em Fevereiro 5 anos, será que, se dispensássemos por uma vez estas estruturas, gambiarras e luzes, e cavando para aí mais alguns euros, será que, perguntávamos, não conseguiríamos eliminar aqueles remendos de favela com que temos de lidar diariamente nas margens das ribeiras?
Seria uma forma de limpar os nossos espíritos e de evitar o postal desgraçado que apresentamos aos turistas que ainda nos vão visitando.
Depois de 4 anos a comer poeira e ruído de enlouquecer por causa das loucas obras do estaleiro funchalense, que desembocaram num cais que não é cais, querem deixar-nos estas ruínas para comemorar o 20 de Fevereiro ou o que é?!
Da nossa parte, dispensamos essas luzinhas por cima dos cursos de água da nossa capital - embora só este ano. Quem quiser ir aos eirós e às rãs nesta quadra que faça como no resto do ano: leve lanterna ou isqueiro.
Depois, iluminar as ribeiras é destacar ainda mais aqueles mainéis escaqueirados pelas enxurradas que ainda lá estão.
Em suma, deixamos esta proposta com espírito de concórdia e boa vontade natalícia: arranjem aquela m... de uma vez, que já dá vómitos.
4 comentários:
Concordo consigo. Mas sinceramente, preferia ficar sem ler aquele arauto da comunicação social que é o JM (ou o jornal do Sérgio) que ficar sem as minhas luzinhas de Natal!
Porém conseguiste ler o JM 40 anos à custa do albertinho , nao Enjoas/te ???
Nem por isso. A minha idade não me permite ter lido durante tanto tempo. E a verdade é que o JM sempre tinha uma função imprescindível lá em casa. Apanhar os cocós do cão. Mas diga-se, era o papel higiénico de cão mais caro do mundo! Com 56 Milhões de passivo, saiu mais caro aos contribuintes que o papel preto da Renova!
Iluminar o 20 de Fevereiro Não . Tem razão . E ainda não houve uma prioridade para esta situação ?
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