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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Esquemas concursais na CMF


K-Bom e K-Mau põem tudo em pratos limpos




K-Municipal-Bom e K-Municipal-Mau complementam-se na informação para que possamos perceber as supostas maroscas dentro dos Paços a respeito dos concursos para novas chefias, em que os candidatos são júris uns dos outros.


Tendo-se chegado hoje ao último dia de abertura dos procedimentos concursais com vista ao recrutamento de cargos de direcção intermédia na Câmara do Funchal, e dadas as inflamadas discussões diárias travadas cá no 'Fénix' sobre o tão discutível e atribulado processo, é hora de apresentarmos elementos que podem ajudar a clarificar, aos olhos dos Leitores, os esquemas criticados e denunciados. 
O debate começou com a denúncia propagandeada cá no blogue num texto do nosso K-Municipal-Mau, nos seguintes termos: 



Escândalo, Anarquia e Promiscuidade nos concursos públicos para os cargos de direção intermédia na Câmara Municipal do Funchal


 A maioria dos elementos dos júris das 34 posições colocadas a concurso, são os atuais dirigentes da câmara, que também
 vão concorrer aos seus próprios concursos, alternado-se entre si, na posição de juri. 

Ou seja, os presidentes de júri dos 34 concursos, são profissionais fora da câmara, mas todos os vogais ( 1º e 2º) de todos os concursos, são na maioria, os atuais dirigentes colocados pela “Mudança,” que na pratica vão ser, e dessa forma, júris uns dos outros, isto nos seus próprios concursos. 

Ou seja, todas os funcionários da CMF selecionados para 1º e 2º vogal nas listas de júris, vão eles próprios a concurso. Escandaloso!


Mais pedagógico, o K-Municipal-Bom surge-nos hoje com elementos capazes de escalpelizar de forma mais abrangente o que raio se passa com aquelas burocracias alegadamente partidarizadas dentro da câmara. A palavra para este agente.


Envio-lhe aqui uma breve análise sobre o procedimento concursal em curso na CMF da Mudança. Todos se ajudam, uns aos outros.
Veja o primeiro quadro dos actuais dirigentes em regime de substituição retirado do portal camarárioDepois abra os links dos vários concursos públicos entretanto abertos para provimento desses mesmos lugares e observe a correlação cruzada de como todos os actuais dirigentes, que irão actuar igualmente no júri dos seus próprios colegas, para além de algumas afinidades políticas indisfarçáveis que nos saltam à vista sobretudo nos presidentes de júri. Ou seja, São júris UNS DOS OUTROS!
Está escrito nas estrelas que uns existem apenas para chefiar, independentemente do partido ou da "geringonça".

A abertura dos procedimentos concursais para dirigentes na CMF está enviesada desde o início, que não sendo uma prática nova, está marcada pela mesma atitude de safar o clientelismo dos que facilmente fazem dança de cintura, pela manutenção do tacho, ou pela ambição ao mesmo, só que agora o "establishment" reinante é o rosa-choque.










  • · Raquel Lopes nomeada em substituição na direcção do departamento de Economia e Cultura, pertence ao júri, para a direcção do departamento de Recursos Humanos e Modernização Administrativa, que deverá cair sobre actual chefe de divisão em regime de substituição João Neto, que já foi director do mesmo departamento durante longos anos. Formação exigida entre outras: GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, encaixa no perfil de João Neto.
    · Júlio Menezes nomeado em substituição na direcção do departamento de Ordenamento do Território, pertence ao júri para a direcção do departamento de Gestão Financeira e Patrimonial, que deverá cair sobre Paulino Ascensão, actual director do mesmo departamento de Gestão Financeira e Patrimonial, em suspensão, por estar a desempenhar o mandato pelo BE na Assembleia da República. De referir que o presidente do júri, é o académico Ricardo Cabral, que conjuntamente com Paulino Ascensão, foram dois dos signatários da candidatura de Rodrigo Trancoso (Presidente da Assembleia Municipal do Funchal), ao Parlamento Europeu, nas eleições europeias de 2014. Formação exigida entre outras: GESTÃO, encaixa no perfil de Paulino Ascensão.
    · João Neto e Rui Figueira ambos actualmente nomeados em regime de substituição (Recursos Humanos e Protecção Civil, respectivamente), fazem parte do júri ao concurso para direcção do departamento de Infraestruturas e Equipamentos, que deverá cair sobre o actual director em regime de substituição do mesmo departamento, Duarte Jérvis. Formação exigida entre outras: ENGENHARIA CIVIL, encaixa no perfil de Duarte Jérvis.
    · Manuel Biscoito, actual director em regime de substituição do Departamento de Ciência e Recursos Naturais, faz parte do júri para a direcção do Departamento de Ordenamento do Território que deverá cair sobre o actual director em regime de substituição do mesmo departamento, Júlio Menezes. Formação exigida entre outras:DIREITO, encaixa no perfil de Júlio Menezes.
    · Duarte Jérvis, actual director em regime de substituição do Departamento de Infraestruturas e Equipamentos, faz parte do júri para a direcção do Departamento de Ambiente, que deverá cair sobre o actual director em regime de substituição do mesmo departamento, Jordão Soares. Formação exigida entre outras:ENGENHARIA CIVIL, encaixa no perfil de Jordão Soares.
    · Iolanda Lucas, actual directora em regime de substituição do Departamento de educação e Qualidade de Vida, é júri do concurso para a direcção do Departamento de Ciência e Recursos Naturais, que deverá cair sobre o actual director em regime de substituição do mesmo departamento, Manuel Biscoito. Formação exigida entre outras: BIOLOGIA, encaixa no perfil de Manuel Biscoito.
    · Filomena Fernandes, actual directora em regime de substituição do Departamento Jurídico e Fiscalização, faz parte do júri do concurso para a direcção do Departamento de Educação e Qualidade de Vida, que deverá cair na actual directora em regime de substituição do mesmo departamento, Iolanda Lucas. Formação exigida entre outras: EDUCAÇÃO SOCIAL, encaixa no perfil de Iolanda Lucas.
    · Paulino Ascensão tendo suspendido a direcção em regime de substituição do Departamento de Gestão Financeira e Patrimonial, é júri do concurso para a direcção do Departamento de Economia e Cultura, que deverá cair sobre a actual directora e regime de substituição do mesmo departamento, Raquel Lopes. Formação exigida entre outras: GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO, encaixa no perfil de Raquel Lopes.
    · João Neto e Raquel Lopes (actuais chefe de divisão em regime de substituição de Recursos Humanos e directora de Departamento de Economia e Cultura, respectivamente), fazem parte do júri do concurso para a direcção do Departamento Jurídico e Fiscalização, que deverá cair sobre a actual directora em regime de substituição do mesmo departamento, Filomena Fernandes. Formação exigida entre outras: DIREITO, encaixa no perfil de Filomena Fernandes.
    · João Neto e Duarte Jérvis (actuais chefe de divisão em regime de substituição dos Recursos Humanos e director em regime de substituição do Departamento de Infraestruturas e Equipamentos, respectivamente), serão júri do concurso para a direcção do Departamento de Protecção Civil, que deverá cair sobre o actual director em regime de substituição do mesmo departamento, Rui Figueira. Formação exigida entre outras:PROTECÇÃO CIVIL, SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS, encaixa no perfil de Rui Figueira.
    Nos demais concursos de direcção intermédia, assiste-se à mesma linha de actuação. Normalmente os presidentes de júri, são elementos ligados à área socialista e os vogais, são os chefes de divisão em regime de substituição, que irão se opor às outras áreas onde exercem direcção em nomeação em regime de substituição. ou seja, a mesma troca que se assiste para os cargos de direcção de Departamento.

    Há áreas em que as habilitações literárias exigidas, são entre outras, as específicas onde haverá a candidatura já talhada a corte de alfaiate. Exemplo disso temos a Chefe da Unidade de Mercados, em que se pede a licenciatura em Arquitectura (curiosamente a mesma licenciatura da actual Chefe de Unidade que está exercendo essa função em regime de substituição).

16 comentários:

Anónimo disse...

Onde é que eu já vi disto ?
É tudo igual, e o povinho ignorante lá vai achando que o seu voto vale para mudar alguma coisa.

Anónimo disse...

Calisto está preocupado com os concursos da camara? Porque não explica como são feitos os concursos no governo? Sao todos nomeados sem direito a concurso nem publicidade e quem levanta a voz leva porrada e é preseguido e enviado para um vao de escada como acotece no sergio marques.
Pelo menos a estes da camara eu posso concorrer.

Luís Calisto disse...

Preocupado, eu? Só se for com o Marítimo-Benfica de domingo. Está em jogo o nome do Campeão das Ilhas e a honorabilidade dos nossos jogadores.

Anónimo disse...

Que escândalo!! É a vigarice e o compadrio instituídos na Câmara.

Anónimo disse...

Grande tela de influências que o Iglésias e o Silva Gouveia desnharam. Esse arranjo de eu sou teu juri, tu é do joão, o joão é meu juri, é muito bem pensado. Serve para enganar o vilão. Tudo tacho para os amigos.

Anónimo disse...

isso vai cá uma açorda!!!

Anónimo disse...

Com a Dra Rubina Leal a Mandar na CMF esta palhaçada vai acabar

Anónimo disse...

Com a Dra Rubina Leal a Mandar na CMF esta palhaçada vai acabar. Pois vai! Concursos para quê se é para dar aos amigos, dê-se logo como no resto do governo!

Ricardo Menezes disse...

Só um disclaimer: Porque o comentário das 11:05 pode aparentar ter sido escrito por mim, digo-o taxativamente que não fui eu, nem me identifico com o que foi escrito. E já agora digo-o publicamente que sou amigo do Sérgio e que o término da nossa relação laboral em nada influenciou a nossa amizade. Um bem haja a todos, em especial ao Calisto por este excelente blog!

P.S. Os lugares de assessores sempre foram de nomeação e faz sentido, no meu entender, que o sejam. Quanto aos cargos de carreira, defendo que devem ser todos por concurso, incluindo no complexo do GR.

Anónimo disse...

Senhor Calisto, preste atenção aos concursos, para idênticos lugares nas secretarias do governo. Há diferenças?

Anónimo disse...

Quais concursos? Quais secretarias do governo?

Anónimo disse...

Caro Calisto
os lugares na Camara são de facto por concurso , ... qual a novidade ? sempre foram , é só ver no DR as publicitações dos mesmos , a diferença são ao júris , o Ribeirinho não estava pago a peso de ouro para manipular á vontade do Miguel Gouveia , que já diz quem vai ser dirigente e quem não vai.
Àte quer colocar a antiga secretaria particular como Diretor de departamento , e a antiga colega de escola também , o Cafofo leva o odioso mas quem manobra é o gajo que quer ser administrador da EEM

Anónimo disse...

O Silva Gouveia veio para o Diário de Domingo anunciar que a Câmara ia selecionar dirigentes para as areas estratégicas da cidade. Tudo com a máxima isenção. Como é que vai cumprir essa promessa com estes júris que agora tu escolhes a minha pessoa, que amanhã eu escolho a tua? Então como é que fica a análise que o juri vai fazer aos outros concorrentes? Se tivesse vergonha na cara não vinha para o diário com o seu ar de menino de sacristia tentar impingir ao povo que votou nele que a as coisas agora são diferentes? São piores que os outros. Se o Kapta está bem informado e as areas estratégicas ficarem entregues a estes ilustrinhos a cidade vai parar. Estão todos agarrados ao tacho e vão fazer os fretes da Andreia e do Iglesias.

Anónimo disse...

Essa do Campeao das ilhas era no seu tempo. Nos tempos do Carlos Pereira o Maritimo deixou-se ultrapassar. Nem Europa nem o.melhor das Ilhas...

Anónimo disse...

O Campeão das ilhas é o Nacional que olha para baixo para ver quem vem atrás

Ehehehehehe

Anónimo disse...

Os coitados dos candidatos, nos quais me incluo (à exceção dos que já lá estão), vão lá fazer uma figura pateta...com alguma esperança de que afinal poderia haver uma mudança. Muitos desses patetas são "avaliados" por pessoas cujos currículos académicos são muito inferiores...