PENSAR ALTO
JUVENAL XAVIER
Eu até procuro não perceber rigorosamente de nada, mas perguntam-me, sempre, daqui e dali, da esquerda, da direita e do centro, se sabia, ou então por que razão não sabia, que determinado ponto de vista, num certo contexto excecional, enquanto resultado de uma escolha insegura, pudesse eventualmente condenar-se sumariamente como se uma simples auto-observação viesse a apontar para o tempo imprevisto que demora uma ausência. É como se todas as respostas, enigmáticas e indiscutíveis dos especialistas de tudo e de nada, fizessem um ninho na ponta da minha língua.