MORREU O SR. FARIA DO 'VAGRANT'
Depois das vicissitudes que o aguardavam na recta final da vida, morreu segunda-feira Bartolomeu Faria, o homem que há pouco mais de 30 anos se abalançou à delicada empresa de pôr em funcionamento junto do cais um restaurante turístico instalado num iate que pertenceu aos Beatles. O funeral realizou-se ontem.
O iate, o conhecido 'Vagrant', foi arrancado do local por causa das obras iniciadas no aterro, não chegando a comemorar os 31 anos sobre a sua inauguração.
Na fase da remoção, o filho do empresário, Nelson Faria, dizia-nos que, a partir de então, restavam "as recordações de alguém que deu tudo pela sua terra sem nada pedir em troca".
De facto, a tão arriscada empreitada que foi montar um restaurante em cima do calhau funchalense avançou num tempo em que muito poucos tinham a noção do que era praticar o turismo em moldes modernos em cima de zonas ribeirinhas. Bartolomeu Faria começara por 'fazer turismo' nas famosas 'lanchas cor-de-laranja do Faria', como muitos se recordam.Partiu do mesmo empresário a ideia de fazer uma praia amarela na Baía d'Abra, onde proporcionava um dia inesquecível aos turistas com almoço de peixe passado no grelhador lá existente.
As nuvens adensaram-se paulatinamente, mas nem por isso as autoridades do Turismo deixaram de premiar com a atribuição da estrelícia dourada o empresário madeirense - que investiu economias suas, sem recurso ao banco.
Mesmo depois do fatídico 20 de Fevereiro de 2010, poderia dar-se uma recuperação do famoso restaurante, já que o filho do empresário, Nelson Faria, estava na posse do necessário projecto. Saltaram a terreiro, porém, a denúncia de outras dívidas atribuídas ao empreendimento. Que consistiam, afinal, na falta de pagamento de taxas aos portos. Contornáveis, segundo a família.
Quer queiram, quer não, o 'Iate dos Beatles' ajudou a marcar uma época no Funchal e fica para sempre com o seu lugar na História da nossa capital, enquanto restaurante original, navio com a marca 'Beatles' e ainda como postal funchalense que levou o nome da Madeira a todo o mundo.
O iate, com as obras do aterro, foi levado para uma doca despedaçada no Caniçal, acabando tragado pelas águas em dia de temporal. Sentimentalmente, continua no coração dos funchalenses.
A família enlutada espera que a memória do grande empresário seja homenageada de maneira simples: dando o nome de 'Marina Vagrant' ao espaço onde funcionou o carismático restaurante, espaço esse aliás já conhecido por praia do Vagrant. Seria um tributo justo a alguém que deu à sua terra tudo o que tinha.
À família de Bartolomeu Faria, os nossos sentimentos.
A família enlutada espera que a memória do grande empresário seja homenageada de maneira simples: dando o nome de 'Marina Vagrant' ao espaço onde funcionou o carismático restaurante, espaço esse aliás já conhecido por praia do Vagrant. Seria um tributo justo a alguém que deu à sua terra tudo o que tinha.
À família de Bartolomeu Faria, os nossos sentimentos.
6 comentários:
Essa do Iate Vagrant ter sido dos Beatles sempre foi uma jogada de marketing de se tirar o chapéu! Insistir na mentira, quando o barco já não passa de um pedaço de sucata no fundo do Porto do Caniçal, roubado pelo Governo ao proprietário e recauchutado com o dinheiro de todos nós é que já é demais! Os meus sentimentos à família! No entanto, em boa hora esse caco saiu de onde estava para dar lugar a mais uma cara e espaventosa porcaria! Os mortos do 20 de Fevereiro para tudo serviram, no fim de contas!
O veleiro Vagrant foi adquirido pela Coast Guard dos EUA no período de 1942 a 1947 com a sigla (Vagrant PYc 30) dotado de 2 metralhadoras.
Os madeirenses desconhecem este passado do Vagrant.
Quanto aos Beatles consta que uma cena do primeiro filme dos mesmos (A Hard Day's Night-1964) é passada a bordo do iate, mais nada.
Admitindo que este iate nunca pertenceu aos Beatles, de facto nunca visualizei uma única imagem dos Beatles a bordo! e depois, eles andavam sempre a correr de um lado para outro, não dispondo de tempo para permanecerem a bordo. Eles deslocavam-se de avião, não havia tempo a perder eram queridos em toda a parte.
Este conteúdo foi publicado na minha página pessoal no dia 16 de Junho de 2013.
Existe comentários que deveriam ser proibidos de ser publicados como por exemplo o do sr. Luís. Evitando mais comentários um pouco mais de respeito pela obra feita é exigida.
Boa noite
Infelizmente existe pessoas que aproveitam tudo para comentar sem o mínimo de respeito, pelas pessoas, família e obra.
Sr. Luís mais respeito por um verdadeiro madeirense que tudo deu pela sua terra, e que sempre evitou protagonismos como o sr. quer aqui demonstrar.
Respeito é exigido. Demonstre esse seu respeito e remova se faz favor o seu comentário.
Boa noite
Acho que o comentador Luís Oliveira deixa bem revelada a sua estirpe de ser humano numa hora destas, o que resulta num elogio às pessoas honradas que ele quer ofender.
Portanto, acho que o desprezo a tal abécula é mais eficaz do que as propostas todas que nos enviam.
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