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quinta-feira, 4 de junho de 2015

Establishment Azul


AUTONOMIA DE RASTOS


Já não mandávamos em nada dos nossos destinos. As ordens vinham todas de lá e não se mexia num cêntimo sem autorização do Gaspar e agora da Maria Luís. Com a subida ao trono do Establishment Azul, até os líderes dos partidos se tornaram a 'voz do dono' nacional. Vem aí uma coligação regional para agradar aos alfacinhas! Ao que isto chegou! 


Albuquerque e Rodrigues não aparecem na foto, estão lá para baixo, na geral do teatro.


Os novos instalados tentam esvaziar e desencorajar os descontentes, dizendo que o que estes queriam era voltar ao clima de guerra com Lisboa, característico do jardinismo.   
Já respondemos a isso: da nossa parte, não defendemos relações assentes na grosseria e na incivilidade, mas rejeitamos veementemente a pusilanimidade amaneirada que nos últimos dias nos deu a volta ao estômago de madeirense.  
Atalhando caminho, veja-se: o partido do poder na Região, PPD, e o maior da oposição, CDS-PP, a uns simples piparotes dos patrões nacionais Passos e Portas, deixaram-se enredar no projecto de coligação eleitoral extensível à Madeira. 
Essa subserviência torna-os importantes? Pelo contrário, como Miguel Albuquerque e José Manuel Rodrigues veriam se não estivessem hipnotizados pelas luzes da ribalta, que os encandeiam e mais nada. 
Essa inédita cedência interessa-lhes eleitoralmente, tendo em vista as nacionais de Outubro? Nem pensar. Além da revolta e debandada dos seus eleitores tradicionais, que sempre acharam desnecessário e errado avançar para coligações à direita na Região, a sua imagem perderá muito em face da estratégia osmótica com dois partidos nacionais que não vêem nada para além das cadeiras ministeriais.
Há um amigo nosso que costuma dizer: "É preciso 'endireitar' esta terra." 'Endireitar' no sentido de virar mais à direita, como é gosto dele. Esse cavalheiro bem pode votar na coligação. Ele é patrão. Mas o grande eleitorado não votará em quem guarda para depois da ida às urnas a solução para os 600 milhões de que a ministra das Finanças precisa. Porque a ministra só o sabe fazer de uma maneira: roubando os velhos e a Função Pública. Assim, votar nesses salafrários sem escrúpulos políticos... não nos parece. 
PSD-M e PP-M só têm a perder aparecendo daqui para a frente em apoio declarado a Passos e Portas. Mas a tentação do servilismo não dá para mais. Para alguns, tornou-se irresistível aparecer numas fotografias em conjunto com os salazarzinhos que este País havia de parir, já com o 3.º milénio adiantado.
Ainda ontem, ao apresentarem as linhas orientadoras da coligação, Passos e Portas deixaram o apelo: "É preciso que o próximo governo traga segurança, estabilidade e previsibilidade." Óbvio. Segurança e estabilidade, não para o país, mas para eles ambos, para ambos se manterem no poleiro. 
Quanto a previsibilidade... aqui, sim, acertam. Todos prevêem a calamidade social que vem aí se estes cavalheiros ficarem mais 4 anos a mandar.
São esses governantes que Albuquerque e Rodrigues querem ajudar a vencer outra vez em Outubro. Sabendo que o governo de coligação feriu com crueldade durante 4 anos o viver da já sufocada Madeira. Para o Establishment Azul, as relações com a elite alfacinha devem correr assim, fraldiqueiras, para não caírem nas arruaças de outrora. O Establishment Azul é incapaz de descobrir o ponto de equilíbrio, aquele em que as diferentes regiões de Portugal olham com dignidade umas para as outras, olhos nos olhos, cada qual a exigir os seus direitos e a dispensar esmolas.
Que quer dizer isso de tratar bem os senhores de Lisboa porque de contrário eles não nos resolvem os problemas? Isso é assim? Então teremos de repescar uma ideia do passado: recorrer às instâncias internacionais que ajudam a dirimir situações de repressão de partes de um país contra outras partes do mesmo país.
Albuquerque, nestes 2 dias dedicados a Passos Coelho, ficou bem nas fotografias, porque a sua imagem dá para isso, conforme documento junto nas revistas de cabeleireiro. Mas no resto há quem não lhe apare os jogos de sedução com a capital.
José Manuel Rodrigues, desvanecido com a importância que julga estar Portas a dar-lhe, quando o que Portas e Passos querem é ganhar embalagem aliancista a partir da Madeira, Rodrigues saltou a terreiro durante a recente visita a elogiar as 'dádivas' do primeiro-ministro. Coisa nunca vista. E estão aí os artigos de jornal a cansar a mesma tecla. À descarada. Coligação regional com os irresponsáveis que Zé Manel via na Rua dos Netos?
Temos portanto novos hábitos em voga: ajoelhar perante os senhores do 'pá'. 
E é com angústia perante o que possa também fazer o PS de Carlos Pereira nesta matéria, o que perceberemos pelo peso dos homens de António Costa na lista regional para S. Bento, que vivemos dias de desencanto. A Autonomia está pior do que no século XIX, acreditem. Nessa altura, os políticos representantes na Madeira dos partidos monárquicos da rotatividade também não passavam de marionetas do centralismo. Só que o 'Vilão' sabia ensiná-los. Sim, como os Leitores estão a imaginar. À época, vingava o Establishment Azul, mas o povo não era de forma nenhuma uma carga de invertebrados amorfos.  

PS - Deixamos um registo da comissão política do PSD-M, ontem: aquele órgão, presidido por Miguel Albuquerque, cantou hosanas à conquista do tecto das tarifas aéreas alcançado pelo governo presidido por... Miguel Albuquerque. Onde é que já vimos esta 'renovadora' prática de auto-gabarolice?

11 comentários:

Anónimo disse...

Sobre a "desautonomização" da Madeira já não restam quaisquer dúvidas (por favor, respeitem a autoria do termo por parte deste "autonomista anónimo").
Quanto às tarifas, por favor, esclareçam-me do seguinte: quantas viagens usufruirão do anunciado tecto?
Às vezes fico com a certeza que ninguém sabe fazer contas e que a população residente não são 250.000 almas... cada vez mais "desautonomizadas".
Ass: O autonomista anónimo

Anónimo disse...

... ELE que volte ... está perdoado!!!! GARANTIDAMENTE que ELE jamais faria alianças com gente cá que nos tornasse subservientes com os "pá" de lá !!!!

Anónimo disse...

Parece-me um erro o PSD-M aceitar a coligação. Acho fundamental que em outubro o PSD-M apresente uma vitória eleitoral concorrendo sozinho. Precisa de se afirmar e confirmar com esta nova liderança. Coligado, o CDS vai reclamar a sua parte na vitória. Quanto a mim é um erro estratégico.
E há motivos para pensar na vitória, porque haverá argumentos a apresentar: custo das passagens aéreas, lançamento de concurso para a ligação ferry, medidas para o Porto Santo, etc.
Para além do mais uma vitória sozinho, daria para começar a trabalhar para recuperar as câmaras perdidas.

paulo disse...

Sempre fui contra Alberto Joao Jardim, mas, porra, ao ler estas noticias, Jose Manuel Rodrigues quer ser o Portas da Regiao, Albuquerque quer viajar todas as semanas para a capital para as festa do croquete e revistas. Mas sem duvida os Madeirenses mais uma vez so estam a ter o que pediram.

Anónimo disse...

Pouca vergonha, andamos cócoras debaixo das asas daqueles Pedradores do império ! Cruz credo ajudai nos Jesus.

Anónimo disse...

José Manuel Rodrigues vende e mata o partido na região para continuar o tacho

Anónimo disse...

Ahahaha querem ver que o Calisto tem saudades do AJJ. Deus me livre esta gente está a ficar velha e não tem assunto sobre o que escrever..

Anónimo disse...

Engraçado tb vai chegar a velho...

Anónimo disse...

ELE ? Com maiúsculas e tudo, como se fosse uma divindade?
Estamos a falar do exilado do Quebra Costas ou do Jesus dos 6 milhões por ano?

Anónimo disse...

Ditado antigo quem vem a seguir é sempre pior, volta AJJ votar ei em ti sim porque sou filiado no meu PSD do antigamente eu sou Jardinista de gema, assim como os que estao no actual governo porque andei com eles todos e conhece-os muito bem, nisto tudo quem teve culpa foi o Dr.º Prada se fizesse o que AJJ queria e com razao hoje certamente nao estava-mos a passar por isto

Anónimo disse...

o Dr.Albuquerque e pau mandado e obediente tem o Chefe Passos Coelho a comandar, madeira vai ao fundo com esta coligação