OUVIDOS DE MERCADOR
É hora de perguntar se o ruído à volta do Mercado e a necessidade de policiar as reuniões da Câmara por causa de manifes crispadas provocarão a demissão do presidente funchalense - ou de algum vereador, como aconteceu da outra vez. Não se trata de tomar partido, trata-se de uma questão ética, de coerência.
Acontecimentos em voga levam-nos a evocar os turbulentos inícios desta vereação da capital. Mas centremo-nos num único caso: o da substituição de um vereador com a justificação de que havia munícipes contra ele. Com o golpe final numa manifestação de trabalhadores da Quinta do Lorde às portas dos Paços, contra o mesmo vereador.
O então novo presidente da Câmara podia, e era essa que julgávamos a única saída, solidarizar-se incondicionalmente em público com o elemento da sua equipa, deixando o esclarecimento dos factos para um encontro interno. Não o fez. Retirou pelouros ao mesmíssimo vereador e depois aconselhou-o a demitir-se. Desenlace que, como se sabe, arrastou consigo uma procissão de outros vereadores para a rua.
Ou seja, Paulo Cafôfo deu razão aos comerciantes que se queixavam de rigor a mais na instalação de mesas em ruas e nos passeios. E deu importância à referida manifestação que o próprio presidente, dirigindo-se aos manifestantes, deveria desviar para o Largo dos Varadouros, já que totalmente alheia à vida municipal.
À época, receámos que futuramente seria questão de um descontente qualquer organizar umas arruaças nos Paços para mandar um vereador à vida.
Nos últimos dias, os comerciantes do Mercado andam em pé de guerra. Manifestações mal humoradas a respeito dos produtos que devem ser vendidos nas barracas.
Embora saibamos que os descontentes foram também estimulados por 'inimigos de estimação' da Câmara, perguntamos: alguém vai perder pelouros? Agora que, segundo o DN de hoje, o presidente Cafôfo se vê na necessidade de solicitar cobertura policial para meras reuniões municipais, como a de logo à tarde, estará já o mesmo presidente a rabiscar o pedido da sua demissão?
Não discutimos a essência do problema em apreço, que abala o Mercado, se bem que nos pareça lidarem os cavalheiros municipais longe da importância daquela unidade para as populações locais e para o turismo, como acontece em todo o lado. Essa é uma questão técnica, discutam-na. Os próprios comerciantes têm mais conhecimentos da poda do que 'mercadores' acidentais como são os vereadores, e podem ajudar muito a superar a ingrata situação que alguém inventou.
Não o discutimos, porque os eleitos são eles.
Mas também há uma questão moral nisto. Então, perguntamos, já que há descontentamento e manifes perigosas, a que horas é a próxima demissão.
Ou pelo menos venha o presidente cá fora explicar com muita clareza, para o eleitor de 2017 perceber, a mudança de critério entre o caso das esplanadas/Quinta do Lorde e este do Mercado.
Pode fazer 'ouvidos de mercador'. Mas, presidente, repare que os tempos estão difíceis para os mercadores, mesmo para os sinceros e genuínos. Conforme documento junto.
15 comentários:
O Cafofo não se demite, pois se isso acontecer vai ter que dar aulas, coisa que ele não aprecia. Prefere a vida sindical e a política profissional do que se enfiar na sala de aula. Além do mais como o Freitas não o candidatou às regionais, ele só tem esta rocha municipal para se manter alapado, o máximo tempo que conseguir, à custa de doses maciças de propaganda e efeitos especiais. Esse é o drama da Cidade, dos seus munícipes e um dos actuais embaraços do PS de Carlos Pereira.
A marca da cidade era todo o trabalho autárquico que estava feito e foi destruído, a marca da cidade foram os excelentes técnicos que se perderam na CMF, a marca da cidade eram os prémios que a cidade tinham e foram deitados no lixo, a marca da cidade eram os inúmeros planos de pormenor e urbanização que foram excelentemente elaborados e depois destruídos, a marca da cidade era um PDM que estava quase revisto e foi deitado no lixo, a nova marca da cidade é gente como Domingues Rodrigues à frente de matérias tão sensíveis como o urbanismo, a marca da cidade é a corrupção que esta instalada nos Paços do concelho com alguns arquitectos ja conhecidos na sociedade, a marca da cidade incorruptível e planeada governada pelo vereador eng joao rodrigues ja foi, morreu, esta é a marca da nova cidade! de gente corrupta e incompetente, de carlas sofias, cristinas pereiras e companhia!
Xiiiiiiiii, Calisto. Você voltou a meter-se com o trio fantástico (Cafôfo, Iglésias e Bento). Prepare-se para ser vilipendiado nas próximas horas.
Ao ponto que isto chegou.Defendo que em próximos actos eleitorais os candidatos façam um exame de consciência(uma espécie de auto avaliação)para saber, se estão ou não, à altura dos cargos que vão desempenhar. É que tudo isto é mau demais para ser verdade.A cidade está a perder anos de vida.Há zonas que parecem autênticos chiqueiros
Tamanha verdade, expulsaram os vereadores que sabiam daquilo e que combatiam os grandes desta terra e o que ficou lá foi só m... O Cafofo se fosse um homem coerente, que não é, demitia-se imediatamente, porque as circunstancias são iguais.
Caro anônimo das 12.17, olhe que há mais na sombra...fica-te.
O sr. Calisto tem razão, não é só a falta de carácter de Paulo Cafofo que está a prejudicar a autarquia. O pior é que dentro da Câmara os funcionários estão desmotivados, abandonados e constantemente desautorizados. Na meu departamento isto parece um funeral.
Iglésias o grande estratega. Sempre na sombra, sempre escondido é ele que define toda a política da Camara.
Cuidado com ele. Isto é um aviso para os amigos do PS.
A actual vereação tem os dias contados e o PS vai levar muitos anos a erguer-se.
O deputado que escolheram para lider não tem perfil.É um politico cinzento e sem carisma,e não consegue cativar a massas, devido a uma abordagem demasiado técnica dos assuntos,que ao fim de 30 segundos de discurso afugenta quem está a ouvir.
Por isso,Miguel Albuquerque fará um passeio triunfal nos próximos anos,se fôr essa fôr a vontade dele.
A grande dúvida, a curto-médio prazo,será o fenómeno do JPP e a implantação que terá o Partido de Marinho e Pinto na Madeira.
concordo com o anonimo das 13 54 , na sombra existem as lapas que durante anos andaram a sugar a Camara e que agora são cafofianos indefectiveis , são chefes e seja qual for o partido que no futuro ganhe , voltam a ser indefectiveis do novo vencedor , são as sanguesugas da CMF , são as Raqueis as Filomenas , as Carlas , as Sandras , etc .
Cafofo já deu a volta , após publicação em Diário da Republica e com o concurso já a decorrer lá alterou as regras .
como diria o outro , o Rei sou eu , eu faço a lei
Ministério Publico ? com diz o Sócrates PCP
Credo. As sanguessugas são só mulheres?, anónimo das 19h25. E os sansessugas? Esta Câmara não chega ao fim do mandato. Mas os vereadores do PSD estão a dormir. Entraram em coma. Tudo muito mau para ser verdade. Mas somos nós que ficamos na cidade. E a arrogância do sr Iglesias vai ajudar a rebentar com a autarquia. Quanto mais cedo melhor.
Anonimo das 13:16 se todos os políticos fizessem essa autoavaliação (e concordo consigo que a deviam fazer) a verdade é que não tínhamos políticos...
E os MArques? dos diálogos e sonetos? Fica-te nessa e não corras
Só falta o Ribeirinho de Alcobaça chegar para montar a estratégia e colocar todos os chefes nos poleiros por mais uns tempos e ai quem se atrever de fora a concorrer. A montagem do inglesias que de cantor não tem nada com a montada de faturação do Ribeirinho já têm os lugares todos assegurados para os chefes raqueis e filomenas camaleoas.
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