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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Opinião


INFORMAÇÃO E PROPAGANDA


GAUDÊNCIO FIGUEIRA


Por favor, leia o resumo de um texto publicado no Económico Madeira

Luis Filipe Malheiro / 27 Jan 2017
As contas dos maiores clubes mostram que o Governo Regional consegue lucrar. […]
Os próprios clubes que […] não têm uma grande relação institucional entre eles, unem-se em torno do tema, por que há a consciência generalizada de que sem esse apoio oficial do Governo Regional dificilmente o futebol madeirense teria condições para continuar ao mais alto nível competitivo nacional. […]
Ao apresentar recentemente os resultados do exercício da época desportiva 2015/2016, a SAD do Marítimo confirmou um resultado líquido positivo de 5,7 milhões de euros. Explica o clube que pagou ao erário público naquele exercício, 4,6 milhões de euros em impostos variados, tendo a região celebrado com o clube um contrato-programa com um apoio financeiro de 1,6 milhões de euros para toda a época.
Nuno Teixeira, dirigente maritimista, realçou o facto de a Madeira ter lucrado três milhões de euros com o Marítimo. […]
Nos indicadores facultados ao Económico Madeira, o Marítimo mostra que a Madeira lucra com o apoio ao futebol profissional. Por exemplo, na época 2013/2014 o clube recebeu 2 milhões de euros em subsídios oficiais mas pagou 2,4 milhões em impostos. Na época seguinte, foram atribuídos 1,995 milhões de euros em subsídios e o clube pagou 2,4 milhões de euros em impostos. Na época 2015/2016, a SAD do Marítimo pagou quase 4,7 milhões de euros em impostos diversos, tendo recebido apoio oficial de 1,6 milhões de euros.      
Já o Nacional refere que o futebol profissional do clube “dá 1 milhão de euros de lucro ao Governo Regional”. […] estas “são contas que deveriam sofrer mais atenção da opinião pública, mas não só”. […] “entre 1 de Janeiro de 2014 e 30 de Junho de 2016 o Nacional Futebol SAD pagou, em impostos 5.167.496,63 euros, assim distribuídos: IRC – 106.026,63, IRS – 3.325.408,89 euros, IVA – 662.672,57 euros e Segurança Social – 1.073.388,64 euros”.
“Atendendo a que durante esse período o contrato programa de desenvolvimento desportivo assinado com o Governo Regional permitiu ao Nacional receber 4,1 milhões de euros, facilmente se constata que o lucro (sim LUCRO) do Governo Regional com o Nacional Futebol SAD foi de cerca de um milhão de euros”.  
“De todas as actividades subsidiadas, apoiadas e promovidas pelo Governo Regional, haverá mais alguma a gerar tanto lucro?”, questiona o Nacional.
No caso do União, as contas indicam que na época 2015/2016 – em que foi despromovido ao segundo escalão – recebeu em apoios financeiros oficiais um total de 1,186 milhões de euros, tendo pago 1,786 milhões de euros […], propiciando deste modo aos cofres da Região cerca de 600 mil euros de lucro. […] entre os impostos pagos naquela época desportiva o IRS e o IVA, com valores quase semelhantes, próximos dos 740 mil euros, foram os mais significativos, seguidos da Segurança Social com mais de 320 mil euros.  

Tratando-se de um Jornal Económico tive a esperança de que, finalmente, leria o apregoado estudo que, diziam, garantia que as despesas com o futebol eram rentáveis.
Foi uma desilusão. A afirmação do Sr. Nuno Teixeira, dirigente do Marítimo é uma de três coisas: ignorância do Sr., que afirma um disparate; a outra, ainda pior, sabe a verdade e quer enganar-nos; ou o Sr. jornalista não percebeu aquilo que ouvira. Quem falou em nome do Nacional e do União ridicularizou o Sr. Nuno Teixeira, ao mencionarem os impostos que entregam ao fisco. Então as centenas de empresas que nesta terra entregam (IVA, IRS e SEG SOCIAL) e pagam (IRC e SEG. SOCIAL) como as SAD’s, também podem pedir dinheiro dos impostos, como elas?
A explicação deste dogma está contida nos juízos de valor de natureza política, retirados por mim, e constantes do texto. Reproduzo: “O apoio financeiro aos clubes de futebol foi instituído há cerca de três décadas, pelo governo de Alberto João Jardim […] que justificou a opção pelo facto dos clubes serem instituições de utilidade pública, por promoverem a Madeira no exterior e constituírem, em termos sociais, uma alternativa para a juventude madeirense, fomentando a prática desportiva e impedindo deste modo que os jovens optem por outros caminhos socialmente problemáticos”. “Durante anos […] tinha também a ver com a dúvida sobre se essa opção renderia mais-valias eleitorais teoria que ao longo dos anos se foi esbatendo, já que várias medidas tomadas, nomeadamente de redução dos montantes atribuídos ao futebol profissional […]”.
Só não vê quem não quer a ligação entre votos e política. A redução dos montantes tem que ver com o descalabro financeiro que criaram, e ninguém assume. O projecto político faliu. Tenham a coragem de reconhecer o facto e dêem-nos um futuro. Disso não falam, mas enchem-nos de propaganda.

3 comentários:

Anónimo disse...

Com tanta mentira isso vai ser oferecido como o antigo Jornal Madeira ou querem que alguém pague para ler isto?

Anónimo disse...

O apoio ao futebol profissional é a maior falácia que eu já vi desde os tempos do jardinzinho com a "tanga" que serviria para tirar os jovens da droga! A droga continua a ser vendida descontroladamente na região, cada vez mais jovens iniciam o consumo, cada vez mais novos! O dinheiro que o sr. Carlos Pereira, o sr. Rui Alves e o sr. Filipe Silva é para comprar jogadores estrangeiros! Façam um exercício de contabilidade: Somem quantos jogadores importados têm os 3 clubes? Cerca de 60, que barram a entrada de jogadores madeirenses nesses clubes? Perguntem quanto é que o sr. Rui Alves recebe mensalmente para ser presidente do Nacional? Eu é que tenho de alimentar estas poucas vergonhas? Vão mas é trabalhar!

Anónimo disse...

Cá nada se perguntarem ao Nelson carvalho da prevenção da treta da droga não há droga na região nem já há jovens a se drogar lololll é só Meter a cabeça na areia e brincar com cousas que não são para brincar e entretanto os nossos jovens vão dando cabo da sua vida tristeza de política da treta