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terça-feira, 22 de outubro de 2019



Geração política manietada

por fantasmas e mitos 

























Na actualidade regional, dirigentes partidários e eleitos para órgãos públicos de poder dependem literalmente dos seus fantasmas e dos seus mitos fátuos.
Só nestas ilhas feiticeiras!

Os dirigentes do PSD-M não decidem nada sem sondar a opinião de Jardim e de seus operacionais reservistas, e quando decidem pela sua cabeça arriscam-se a ter de emendar a mão.
No CDS, o líder começou cedo a dar provas de incapacidade para gerir o partido, pelo que vai assinando aquilo que os velhos Zé Manel e Lopes da Fonseca mandam assinar.
No Partido Socialista, é tudo à descarada: mesmo com o líder sentado a seu lado, o ainda independente Paulo Cafofo desbobina publicamente as suas ideias, aliás acanhadas, para o futuro do partido. 
No Bloco de Esquerda, sabe-se o que aconteceu: Guida Vieira preparou o caldo para eliminar Roberto Almada e colocou à frente um novo líder que tem medo de dormir de luzes apagadas por causa dos fantasmas.


Os fantasmas fazem tremer o novo Laranjal

Começando no Laranjal. 
O chefe histórico pretendeu ficar mais uns tempos no poder, lembram-se? Albuquerque fez-lhe a folha nas autárquicas de 2013, abrindo a porta ao 'cavalo de tróia' oposicionista e acelerando o processo da sucessão. 
Albuquerque teve a resposta quando foi ele a enfrentar eleições, apanhando com os jardinistas a fazer a corte à nova personagem que aparecia do outro lado, Cafofo.
Muita guerra estilhaçou a Rua dos Netos até perceberem, velhos e novos, que o ideal seria reunificarem as hostes para travar o descontentamento popular e a oposição. 
Numa palavra, a vaga Blue levantou a bandeira branca e os antigos jardinistas correram para as campanhas eleitorais.
Tarde demais. 
A maioria absoluta laranja foi mesmo à vida. E agora é um sacudir da água do capote, com a velhada atribuindo culpas aos 'renovadinhos'. 
Os quais 'renovadinhos' têm um pavor das respostas e dos artigos de opinião da velha guarda. A força passou-se para o Além. 
Quem manda são os fantasmas que vagueiam à gargalhada pelo PSD, governo e Assembleia Legislativa.
Albuquerque nomeia secretários regionais e por vezes precisa de tirar uns para colocar outros mais do agrado das forças acantonadas no outro mundo.
Quando ecoam vozes poderosas a falar de Autonomia, o Presidente põe-se a disparar cobras e lagartos contra o Costa de Lisboa. 
Se as vozes observam porém que é tempo de acabar com guerras institucionais estéreis, Miguel põe-se de cócoras a oferecer deputados para uma maioria absoluta do colonialista, mentiroso e arrogante primeiro-ministro das esquerdas. 
Como se tem visto agora.
Enviado da outra vida, parece que temos plano estratégico para o PSD e o GR delineado, com saliência para o 'perdoa-me' a levar à cena quando do Dia de Portugal na Madeira, em Junho de 2010.
Beijos e abraços com o mentiroso do Costa. 
É ler o artigo do antigo Chefe hoje no JM para se perceber as ordens fantasmagóricas que Miguel vai levar à prática nos próximos tempos.
Quando haverá nova luta eleitoral? 
Em 2021, nas autárquicas. 
Albuquerque arrancou logo na segunda-feira 7 de Outubro para os concelhos, tentar redinamizar o esfrangalhado PSD? 
Não. Não chegou ordem expressa do Outro Mundo, esquece.
Mais: Albuquerque impôs-se no caso da presidência da ALM? 
Avisou que perdia a bicicleta mas no seu prato ninguém 'coiso'? 
Qual quê! Se o fantasma dele preconizou a seguir à eleição regional a outorga de uma vice-presidência ao derrotadíssimo CDS, melhor ainda para satisfazer a alminha seria dar a própria presidência parlamentar. 
E assim se fez.


O Fado da Mouraria

O parceiro do PSD no governo padece do mesmo mal: os quadros executivos não decidem nem deliberam sem antes receber ordens do inferno.
Desse modo, aproveitando a desorientação de Albuquerque, o Rui Barreto acabou por ceder à chantagem do tal fantasma centrista fossilizado que achou de ser presidente parlamentar.
Nada de novo neste 'Fado da Mouraria'. Barreto, vai para uns anos, deixou Lopes da Fonseca ficar com a liderança do partido, de mão beijada. E quando chegou a líder voltou a tremelicar das canetas, cedendo meio partido ao espertalhão do Zé. 
Conclusão: bem poucas novidades surgem daquele maltratado partido, mas, quando surgem, ninguém acredita que saiam da cabeça de Barreto. 
Velhos fantasmas recusaram-se a deixar o edifício da Mouraria.
Quando ouve ruídos estranhos no sótão, Barreto pega no pc e põe-se a digitalizar as propostas e os projectos cozinhados na 'outra vida'.
Ora, se Albuquerque não risca no PSD-M e Barreto é mandado no CDS, imagine-se a autoridade do actual governo regional! 
Há uma coligação que inclui o PSD e o CDS. Mas a maioria de 51% dessa coligação pertence aos fantasmas que atormentam aqueles nabos de trazer por casa - e atentam-nos à gargalhada. 


Bloco: os fantasmas do Castanheiro

Paulino Ascenção nunca mandou no Bloco, e daí a queda do partido no abismo. 
A múmia Guida Vieira, dos tempos da medonha sede à Rua do Castanheiro, trocou a tradicional garra da extrema-esquerda por um gabinete e uns 'milhos fritos' combinados no tempo do Cafofo municipal. 
O estilo combativo de Roberto Almada passou a ser visto como marginal. 
O golpe interno que trocou Almada por Ascenção institucionalizou a vassalagem do BE às camadas cafofistas. 
Ascenção ouvia a trovoada de ordens dos infernos e, na ALM, disparava raios e coriscos sobre a bancada do PSD, ao passo que massajava o cachaço dos socialistas. 
De tal modo que o reduzido eleitorado bloquista achou melhor depositar directamente o voto na barriga de aluguer de Cafofo, o PS.
Não se imagina, para já, o que vão fazer por aí as almas penadas do Bloco de Esquerda, corridas do Parlamento.


Mito Cafofo montado no PS, mesmo se chegar a líder


No Partido Socialista, um fenómeno curioso: depois de uma luta renhida, alguns fantasmas conseguiram mandar outros fantasmas inconvenientes para o purgatório. 
E os fantasmas vencedores foram à mitologia buscar um artista de arabescos imperceptíveis que lhes garantisse a eles, fantasmas do PS, o habitual lugarzinho deste lado da vida.   
E foi assim que transformaram o próprio Partido Socialista num fantasma da política regional. 
Uma organização desenraizada, sem identidade, fanaticamente iconoclasta, enfim, uma tábua rasa na qual o artista Cafofo apoia os pés e a lambreta das voltinhas.
O Partido Socialista perdeu seis anos de vida. Desde 2013 a 2019, não houve PS. Houve cartazes da pepsodent, coligações e purgas, mentiras, mentiras, sempre mentiras, promessas para manchete e deitar fora, dinheiro público espatifado em propaganda individual de um 'mito fátuo' - não é pleonasmo. 
Então, condicionado ao mito, congelou-se o PS-Madeira. 
O partido não existiu. Perdeu meia-dúzia de anos importantes na luta para derrubar o pré-histórico PSD.
Chegada a hora da verdade, o mito andou perto, mas falhou. 
Qual messias!
Qual D. Sebastião!
Qual salvador da pátria!
Qual vamos Madeira!
Não há tachos na administração regional, não há familygate na Função. Há o que já existia na Câmara do Profe. Haverá um milhão e muito para distribuir. Os independentes e os cristãos-novos esfregam as mãos. 
O PS apenas ganha os sarilhos que já se desenham. 
O 'saco de gatos' em nova versão.
A Câmara do Funchal e a Praça Amarela ganham distanciamento. 
O líder de direito Emanuel, apesar de saber ao que ia, abana-se com Iglésias e Cafofo. Este parece ter percebido apenas agora que só depois de 6 meses de militância uma criatura pode concorrer à liderança. Mais quiproquós na estrada.
Discute-se a legalidade de adiar o congresso para o sua excelência das Mentiras se candidatar. A Comissão Regional de hoje que poderá fazer?
Se até à data as fotografias de Cafofo aumentaram de tamanho enquanto o logo do PS desaparecia das bandeiras, a futura situação é para piorar, já que o grupo parlamentar e os órgãos partidários são constituídos, não por socialistas puros, mas por idólatras do mito Cafofo - como diria Sara Cerdas.

Já reparou o Leitor que, de repente, a Madeira afinal pode 'esperar mais'?
Já reparou que a Saúde não é problema tão urgente como ouvimos durante dois anos, 24 horas por dia?
Será que o emprego cresceu e a gente não se apercebeu?
Então e o ferry todo o ano com passagem pelo Porto Santo, saiu da agenda de reclamações?
E a mobilidade, essa vergonha, desintegrou-se nas 'peneiras' do mito? 
Será que guardaram os cartazes reivindicativos para desenterrar as tragédias sociais da Madeira quando nova campanha eleitoral chegar?

Vamos Madeira? 
Para onde, geração - esta sim rasca - da política Madeira Séc. XXI?
A Madeira só dará o primeiro passo quando surgir no firmamento uma geração jovem interessada pela sua terra, que não conheça nem reconheça os fantasmas e os mitos que hoje dominam a política tabanqueira, de extremo a extremo do espectro político.
Estão ultrapassados, fora de prazo. 
E ainda governam, os fantasmas e os mitos pés-de-barro!

22 comentários:

Anónimo disse...

E isso mesmo, estamos mal entregues a esta cambada de políticos de carreira, mal preparados e mal intencionados, no que ao contribuinte diz respeito, claro! E não se vislumbra nada de novo, até que surja uma Frente Centrista, será? Venha ela!

Anónimo disse...

Caro Calisto,

Parabéns por esta análise política. Bastante lúcida e esclarecedora. Porém, tenho sérias reservas que a próxima geração de políticos consiga eliminar estes e outros fantasmas da vida política madeirense. É confrangedor olhar para os principais actores políticos madeirenses... após 43 anos de autonomia. Onde é que falhamos?

Anónimo disse...

Essa história da Frente Centrista lançada por Filipe Malheiro a mando do dono, Alberto João, é chão que já deu uvas. Melhor dizendo, nunca deu uvas, porque à época, o que houve foram umas reuniões em que a ala CDS rapidamente saiu e cada um foi para o partido que entendeu, PPD e CDS.
Essa frente nunca resultou, até porque Baltasar Gonçalves conhecia Alberto João, a quem ajudou a acabar o curso de direito 13 anos após o seu início, e sabia que Alberto João não era pessoa confiável.
Querer transpor para os dias de hoje uma realidade que não teve qualquer sucesso, é daquelas tontices do Alberto João para ir ocupando o tempo. Nada mais que isso.
Já ouve uma coisa dessas há uns tempos. O FAMA, não era? E em que é que deu? Nada ao quadrado.
Nota-se que para certos personagens, já reformados e com pouco que fazer, não lhes entra na cabeça que os tempos mudaram, que os tempos de maiorias absolutas já lá foram, e que a normalidade democrática finalmente chegou à Madeira. Não percebem que os partidos terão que formar maiorias através de coligações, pré ou pós eleitorais, ou através de acordos parlamentares. Isso é o normal das democracias europeias.
E, no PSD, essa transição está a fazer-se, com erros grandes e alguns de palmatória. Sempre soube que o líder após Alberto João seria para queimar. Não havia alternativa. Depois dum líder unipessoal e autoritário, seria impossível controlar uma panela de pressão prestes a rebentar. E Albuquerque manifestou-se um líder fraco, que não soube ter nem seguir uma estratégia.
Cedeu quando devia tomar uma posição de força, cedeu à ordem de substituir Sérgio Marques e Eduardo Jesus, dois inimigos de estimação de Alberto João, e Eduardo ainda por cima por alguém que o próprio Albuquerque, indevidamente, humilhara publicamente, e remeteu-se a uma presidência do governo partilhada com o seu vice.
E as coisas não correram bem, as asneiras clamorosas das autárquicas aumentaram o grau de disparate, e rodeado de perto de quem nada percebe de política, Albuquerque foi deixando o partido degradar-se.
E depois, com uma vitória nas Europeias , fez-se forte e impôs Sérgio Marques para a AR, e foi buscar Eduardo Jesus novamente para o Turismo,, a pedido dos hoteleiros que já não podiam ver a Cabaço à frente, e não admitiram sequer a ida desta para a Associação de Promoção.
Depois, associado a outro líder fraco, Rui Barreto, lá enfiaram a carapuça do JMRODRIGUES, que precisava do lugar para resolver os seus problemas de cariz pessoal.
E, é nesta fraqueza que a situação do PSD se irá degradar, sendo mesmo assim bem possível uma vitória nas autárquicas de 2021.
E o governo tem condições para cumprir a legislatura, com mais ou menos aselhices, até porque do PS, sejamos realistas, não vem grande perigo.
E convém até ao próximo líder do PSD-M que o governo cumpra o mandato. A tomada do poder no partido não deve fazer-se antes de 2022. Isso seria um erro trágico, daqueles à Albuquerque.
E, esse futuro líder não comete erros desses. É discreto, eficaz, e vai fazendo o seu caminho com passos seguros.
Quanto a esses delírios de Jardim, Malheiro e quejandos, darão para uns almoços, umas farras até, mas não passa disso. Até porque há gente que não sabe sair de cena.
Nada de novo.

Anónimo disse...

Totalmente de acordo.
Lá foi o tempo das maioraias...
Em 2013 nas autarquias, os eleitores ja estavam fartos do PSD.
O PSD ganhou algumas câmaras e juntas devido aos candidatos que apresentou...
Nem queriam ver o Alberto João Jardim...

Anónimo disse...

Um dia destes e a puxado pela grande evolução da Madeira, Portugal fará parte do G7.Vamos a caminho...

Anónimo disse...

E a mascara do Cafofo já caiu, enganou até hoje toda a gente com aquela história de independente, mas afinal é mais rosa que muitos socialistas. Um Camaleão politico

Anónimo disse...

23.26
Por falar em camaleões agora já não uso dinheiro vivo pois como a coisa está algum PSD ainda se engana no bolso.

Anónimo disse...

23:26 Você sabe bem que o Cafofo não tem partido nenhum.Anda ao mesmo que muitos.

Anónimo disse...

O que eu sei é que uma mulher a dias em Coimbra recebe a 10€/hora. Aqui muitos licenciados nem isso recebem.
Em Lisboa, estrangeiros aos magotes: uns a trabalhar (brasileiros) e outros turismo. Aqui, sempre as mesmas caras a passar na rua.
As coisas não estão boas aqui na RAM.

Anónimo disse...

08.19,
Então já sabes onde e como podes ganhar a vida. E Coimbra tem...mais encantos.

Anónimo disse...

A oposição rasca quer tomar conta do poder regional....mas não chegam a tempo.

Anónimo disse...

E não podia deixar de faltar o insulto gratuito a um comentador. Neste caso, o insulto deve-se a que o insultado partilhou seus conhecimentos sobre o que viu/ouviu em Coimbra e Lisboa.
Estes PSD's querem nos manter na ignorância.
Deixem as pessoas falar.

Anónimo disse...

11.38
Também concordo pois os parasitas e camaleões já se apoderaram de tudo com o jogo de xadrez em dança politica e aumento de Secretarias. Se o CDS tivesse 10 deputados seriam acrescidas 10 Secretarias. Todos ao gamelão dos nossos impostos e nada para os outros pois nós somos os melhores.
Viva a Madeira a Madeira é nossa a Madeira é do PSD.

Anónimo disse...

11.38
estamos lixados , mesmo lixados a mais de 40 anos
e iremos continuar lixados com a governação
sabes o que é uma ditadura,
é o perpetuar no governo a mesma coisa
e a coisa aqui na Madeira é isso
democracia é o povo ter alternância
aqui é igual a cuba
Venezuela
coreia do norte
sempre o mesmo
sim isto é ditadura

infelizmente o povo superior ainda não abriu bem a pestana
um dia irão se libertar das amarras e sentiram a diferença

mais uns aninhos
talvez 4

Anónimo disse...

13.27
É melhor falares com o Edgar que talvez te arranje um trabalhinho nas "caixinhas".

Anónimo disse...

Tomásia Alves na direção regional de juventude cavalo para burro

Anónimo disse...

A nova configuração da bancada parlamentar confirmou o que há muito se sabia, isto é, que é o Iglesias que manda no Cafofo...

Anónimo disse...

Só para estragar mais um serviço

Anónimo disse...

15.41 deves ser um lambe botas, nunca sais-te da terra e talvez nunca crias-te postos de trabalho e o teu deve ser sentado no Facebook e alguém trabalha para teres um rendimento

Anónimo disse...

18.25,
E que tal arranjares um tempinho para voltar à escola?
Fazia-te bem, e ganhavas mais do que vir para aqui comentar.

Anónimo disse...

Uma geração perdida, no fundo tudo funcionários dos grandes grupos economicos que fazem o que querem destas marionetes

Anónimo disse...

18.25 deves ser um que está MAL COM VIDA é estou Feliz com o que sei e com o que tenho
agora sua Exª deve andar a lamber muito tenho pena de ti

é a vida!!!!!!!!!!!!