Geração política manietada
por fantasmas e mitos
Na actualidade regional, dirigentes partidários e eleitos para órgãos públicos de poder dependem literalmente dos seus fantasmas e dos seus mitos fátuos.
Só nestas ilhas feiticeiras!
Os dirigentes do PSD-M não decidem nada sem sondar a opinião de Jardim e de seus operacionais reservistas, e quando decidem pela sua cabeça arriscam-se a ter de emendar a mão.
No CDS, o líder começou cedo a dar provas de incapacidade para gerir o partido, pelo que vai assinando aquilo que os velhos Zé Manel e Lopes da Fonseca mandam assinar.
No Partido Socialista, é tudo à descarada: mesmo com o líder sentado a seu lado, o ainda independente Paulo Cafofo desbobina publicamente as suas ideias, aliás acanhadas, para o futuro do partido.
No Bloco de Esquerda, sabe-se o que aconteceu: Guida Vieira preparou o caldo para eliminar Roberto Almada e colocou à frente um novo líder que tem medo de dormir de luzes apagadas por causa dos fantasmas.
Os fantasmas fazem tremer o novo Laranjal
Começando no Laranjal.
O chefe histórico pretendeu ficar mais uns tempos no poder, lembram-se? Albuquerque fez-lhe a folha nas autárquicas de 2013, abrindo a porta ao 'cavalo de tróia' oposicionista e acelerando o processo da sucessão.
Albuquerque teve a resposta quando foi ele a enfrentar eleições, apanhando com os jardinistas a fazer a corte à nova personagem que aparecia do outro lado, Cafofo.
Muita guerra estilhaçou a Rua dos Netos até perceberem, velhos e novos, que o ideal seria reunificarem as hostes para travar o descontentamento popular e a oposição.
Numa palavra, a vaga Blue levantou a bandeira branca e os antigos jardinistas correram para as campanhas eleitorais.
Tarde demais.
A maioria absoluta laranja foi mesmo à vida. E agora é um sacudir da água do capote, com a velhada atribuindo culpas aos 'renovadinhos'.
Os quais 'renovadinhos' têm um pavor das respostas e dos artigos de opinião da velha guarda. A força passou-se para o Além.
Quem manda são os fantasmas que vagueiam à gargalhada pelo PSD, governo e Assembleia Legislativa.
Albuquerque nomeia secretários regionais e por vezes precisa de tirar uns para colocar outros mais do agrado das forças acantonadas no outro mundo.
Quando ecoam vozes poderosas a falar de Autonomia, o Presidente põe-se a disparar cobras e lagartos contra o Costa de Lisboa.
Se as vozes observam porém que é tempo de acabar com guerras institucionais estéreis, Miguel põe-se de cócoras a oferecer deputados para uma maioria absoluta do colonialista, mentiroso e arrogante primeiro-ministro das esquerdas.
Como se tem visto agora.
Enviado da outra vida, parece que temos plano estratégico para o PSD e o GR delineado, com saliência para o 'perdoa-me' a levar à cena quando do Dia de Portugal na Madeira, em Junho de 2010.
Beijos e abraços com o mentiroso do Costa.
É ler o artigo do antigo Chefe hoje no JM para se perceber as ordens fantasmagóricas que Miguel vai levar à prática nos próximos tempos.
Quando haverá nova luta eleitoral?
Em 2021, nas autárquicas.
Albuquerque arrancou logo na segunda-feira 7 de Outubro para os concelhos, tentar redinamizar o esfrangalhado PSD?
Não. Não chegou ordem expressa do Outro Mundo, esquece.
Mais: Albuquerque impôs-se no caso da presidência da ALM?
Avisou que perdia a bicicleta mas no seu prato ninguém 'coiso'?
Qual quê! Se o fantasma dele preconizou a seguir à eleição regional a outorga de uma vice-presidência ao derrotadíssimo CDS, melhor ainda para satisfazer a alminha seria dar a própria presidência parlamentar.
E assim se fez.
O Fado da Mouraria
O parceiro do PSD no governo padece do mesmo mal: os quadros executivos não decidem nem deliberam sem antes receber ordens do inferno.
Desse modo, aproveitando a desorientação de Albuquerque, o Rui Barreto acabou por ceder à chantagem do tal fantasma centrista fossilizado que achou de ser presidente parlamentar.
Nada de novo neste 'Fado da Mouraria'. Barreto, vai para uns anos, deixou Lopes da Fonseca ficar com a liderança do partido, de mão beijada. E quando chegou a líder voltou a tremelicar das canetas, cedendo meio partido ao espertalhão do Zé.
Conclusão: bem poucas novidades surgem daquele maltratado partido, mas, quando surgem, ninguém acredita que saiam da cabeça de Barreto.
Velhos fantasmas recusaram-se a deixar o edifício da Mouraria.
Quando ouve ruídos estranhos no sótão, Barreto pega no pc e põe-se a digitalizar as propostas e os projectos cozinhados na 'outra vida'.
Ora, se Albuquerque não risca no PSD-M e Barreto é mandado no CDS, imagine-se a autoridade do actual governo regional!
Há uma coligação que inclui o PSD e o CDS. Mas a maioria de 51% dessa coligação pertence aos fantasmas que atormentam aqueles nabos de trazer por casa - e atentam-nos à gargalhada.
Bloco: os fantasmas do Castanheiro
Paulino Ascenção nunca mandou no Bloco, e daí a queda do partido no abismo.
A múmia Guida Vieira, dos tempos da medonha sede à Rua do Castanheiro, trocou a tradicional garra da extrema-esquerda por um gabinete e uns 'milhos fritos' combinados no tempo do Cafofo municipal.
O estilo combativo de Roberto Almada passou a ser visto como marginal.
O golpe interno que trocou Almada por Ascenção institucionalizou a vassalagem do BE às camadas cafofistas.
Ascenção ouvia a trovoada de ordens dos infernos e, na ALM, disparava raios e coriscos sobre a bancada do PSD, ao passo que massajava o cachaço dos socialistas.
De tal modo que o reduzido eleitorado bloquista achou melhor depositar directamente o voto na barriga de aluguer de Cafofo, o PS.
Não se imagina, para já, o que vão fazer por aí as almas penadas do Bloco de Esquerda, corridas do Parlamento.
Mito Cafofo montado no PS, mesmo se chegar a líder
No Partido Socialista, um fenómeno curioso: depois de uma luta renhida, alguns fantasmas conseguiram mandar outros fantasmas inconvenientes para o purgatório.
E os fantasmas vencedores foram à mitologia buscar um artista de arabescos imperceptíveis que lhes garantisse a eles, fantasmas do PS, o habitual lugarzinho deste lado da vida.
E foi assim que transformaram o próprio Partido Socialista num fantasma da política regional.
Uma organização desenraizada, sem identidade, fanaticamente iconoclasta, enfim, uma tábua rasa na qual o artista Cafofo apoia os pés e a lambreta das voltinhas.
O Partido Socialista perdeu seis anos de vida. Desde 2013 a 2019, não houve PS. Houve cartazes da pepsodent, coligações e purgas, mentiras, mentiras, sempre mentiras, promessas para manchete e deitar fora, dinheiro público espatifado em propaganda individual de um 'mito fátuo' - não é pleonasmo.
Então, condicionado ao mito, congelou-se o PS-Madeira.
O partido não existiu. Perdeu meia-dúzia de anos importantes na luta para derrubar o pré-histórico PSD.
Chegada a hora da verdade, o mito andou perto, mas falhou.
Qual messias!
Qual D. Sebastião!
Qual salvador da pátria!
Qual vamos Madeira!
Não há tachos na administração regional, não há familygate na Função. Há o que já existia na Câmara do Profe. Haverá um milhão e muito para distribuir. Os independentes e os cristãos-novos esfregam as mãos.
O PS apenas ganha os sarilhos que já se desenham.
O 'saco de gatos' em nova versão.
A Câmara do Funchal e a Praça Amarela ganham distanciamento.
O líder de direito Emanuel, apesar de saber ao que ia, abana-se com Iglésias e Cafofo. Este parece ter percebido apenas agora que só depois de 6 meses de militância uma criatura pode concorrer à liderança. Mais quiproquós na estrada.
Discute-se a legalidade de adiar o congresso para o sua excelência das Mentiras se candidatar. A Comissão Regional de hoje que poderá fazer?
Se até à data as fotografias de Cafofo aumentaram de tamanho enquanto o logo do PS desaparecia das bandeiras, a futura situação é para piorar, já que o grupo parlamentar e os órgãos partidários são constituídos, não por socialistas puros, mas por idólatras do mito Cafofo - como diria Sara Cerdas.
Já reparou o Leitor que, de repente, a Madeira afinal pode 'esperar mais'?
Já reparou que a Saúde não é problema tão urgente como ouvimos durante dois anos, 24 horas por dia?
Será que o emprego cresceu e a gente não se apercebeu?
Então e o ferry todo o ano com passagem pelo Porto Santo, saiu da agenda de reclamações?
E a mobilidade, essa vergonha, desintegrou-se nas 'peneiras' do mito?
Será que guardaram os cartazes reivindicativos para desenterrar as tragédias sociais da Madeira quando nova campanha eleitoral chegar?
Vamos Madeira?
Para onde, geração - esta sim rasca - da política Madeira Séc. XXI?
A Madeira só dará o primeiro passo quando surgir no firmamento uma geração jovem interessada pela sua terra, que não conheça nem reconheça os fantasmas e os mitos que hoje dominam a política tabanqueira, de extremo a extremo do espectro político.
Estão ultrapassados, fora de prazo.
E ainda governam, os fantasmas e os mitos pés-de-barro!
22 comentários:
E isso mesmo, estamos mal entregues a esta cambada de políticos de carreira, mal preparados e mal intencionados, no que ao contribuinte diz respeito, claro! E não se vislumbra nada de novo, até que surja uma Frente Centrista, será? Venha ela!
Caro Calisto,
Parabéns por esta análise política. Bastante lúcida e esclarecedora. Porém, tenho sérias reservas que a próxima geração de políticos consiga eliminar estes e outros fantasmas da vida política madeirense. É confrangedor olhar para os principais actores políticos madeirenses... após 43 anos de autonomia. Onde é que falhamos?
Essa história da Frente Centrista lançada por Filipe Malheiro a mando do dono, Alberto João, é chão que já deu uvas. Melhor dizendo, nunca deu uvas, porque à época, o que houve foram umas reuniões em que a ala CDS rapidamente saiu e cada um foi para o partido que entendeu, PPD e CDS.
Essa frente nunca resultou, até porque Baltasar Gonçalves conhecia Alberto João, a quem ajudou a acabar o curso de direito 13 anos após o seu início, e sabia que Alberto João não era pessoa confiável.
Querer transpor para os dias de hoje uma realidade que não teve qualquer sucesso, é daquelas tontices do Alberto João para ir ocupando o tempo. Nada mais que isso.
Já ouve uma coisa dessas há uns tempos. O FAMA, não era? E em que é que deu? Nada ao quadrado.
Nota-se que para certos personagens, já reformados e com pouco que fazer, não lhes entra na cabeça que os tempos mudaram, que os tempos de maiorias absolutas já lá foram, e que a normalidade democrática finalmente chegou à Madeira. Não percebem que os partidos terão que formar maiorias através de coligações, pré ou pós eleitorais, ou através de acordos parlamentares. Isso é o normal das democracias europeias.
E, no PSD, essa transição está a fazer-se, com erros grandes e alguns de palmatória. Sempre soube que o líder após Alberto João seria para queimar. Não havia alternativa. Depois dum líder unipessoal e autoritário, seria impossível controlar uma panela de pressão prestes a rebentar. E Albuquerque manifestou-se um líder fraco, que não soube ter nem seguir uma estratégia.
Cedeu quando devia tomar uma posição de força, cedeu à ordem de substituir Sérgio Marques e Eduardo Jesus, dois inimigos de estimação de Alberto João, e Eduardo ainda por cima por alguém que o próprio Albuquerque, indevidamente, humilhara publicamente, e remeteu-se a uma presidência do governo partilhada com o seu vice.
E as coisas não correram bem, as asneiras clamorosas das autárquicas aumentaram o grau de disparate, e rodeado de perto de quem nada percebe de política, Albuquerque foi deixando o partido degradar-se.
E depois, com uma vitória nas Europeias , fez-se forte e impôs Sérgio Marques para a AR, e foi buscar Eduardo Jesus novamente para o Turismo,, a pedido dos hoteleiros que já não podiam ver a Cabaço à frente, e não admitiram sequer a ida desta para a Associação de Promoção.
Depois, associado a outro líder fraco, Rui Barreto, lá enfiaram a carapuça do JMRODRIGUES, que precisava do lugar para resolver os seus problemas de cariz pessoal.
E, é nesta fraqueza que a situação do PSD se irá degradar, sendo mesmo assim bem possível uma vitória nas autárquicas de 2021.
E o governo tem condições para cumprir a legislatura, com mais ou menos aselhices, até porque do PS, sejamos realistas, não vem grande perigo.
E convém até ao próximo líder do PSD-M que o governo cumpra o mandato. A tomada do poder no partido não deve fazer-se antes de 2022. Isso seria um erro trágico, daqueles à Albuquerque.
E, esse futuro líder não comete erros desses. É discreto, eficaz, e vai fazendo o seu caminho com passos seguros.
Quanto a esses delírios de Jardim, Malheiro e quejandos, darão para uns almoços, umas farras até, mas não passa disso. Até porque há gente que não sabe sair de cena.
Nada de novo.
Totalmente de acordo.
Lá foi o tempo das maioraias...
Em 2013 nas autarquias, os eleitores ja estavam fartos do PSD.
O PSD ganhou algumas câmaras e juntas devido aos candidatos que apresentou...
Nem queriam ver o Alberto João Jardim...
Um dia destes e a puxado pela grande evolução da Madeira, Portugal fará parte do G7.Vamos a caminho...
E a mascara do Cafofo já caiu, enganou até hoje toda a gente com aquela história de independente, mas afinal é mais rosa que muitos socialistas. Um Camaleão politico
23.26
Por falar em camaleões agora já não uso dinheiro vivo pois como a coisa está algum PSD ainda se engana no bolso.
23:26 Você sabe bem que o Cafofo não tem partido nenhum.Anda ao mesmo que muitos.
O que eu sei é que uma mulher a dias em Coimbra recebe a 10€/hora. Aqui muitos licenciados nem isso recebem.
Em Lisboa, estrangeiros aos magotes: uns a trabalhar (brasileiros) e outros turismo. Aqui, sempre as mesmas caras a passar na rua.
As coisas não estão boas aqui na RAM.
08.19,
Então já sabes onde e como podes ganhar a vida. E Coimbra tem...mais encantos.
A oposição rasca quer tomar conta do poder regional....mas não chegam a tempo.
E não podia deixar de faltar o insulto gratuito a um comentador. Neste caso, o insulto deve-se a que o insultado partilhou seus conhecimentos sobre o que viu/ouviu em Coimbra e Lisboa.
Estes PSD's querem nos manter na ignorância.
Deixem as pessoas falar.
11.38
Também concordo pois os parasitas e camaleões já se apoderaram de tudo com o jogo de xadrez em dança politica e aumento de Secretarias. Se o CDS tivesse 10 deputados seriam acrescidas 10 Secretarias. Todos ao gamelão dos nossos impostos e nada para os outros pois nós somos os melhores.
Viva a Madeira a Madeira é nossa a Madeira é do PSD.
11.38
estamos lixados , mesmo lixados a mais de 40 anos
e iremos continuar lixados com a governação
sabes o que é uma ditadura,
é o perpetuar no governo a mesma coisa
e a coisa aqui na Madeira é isso
democracia é o povo ter alternância
aqui é igual a cuba
Venezuela
coreia do norte
sempre o mesmo
sim isto é ditadura
infelizmente o povo superior ainda não abriu bem a pestana
um dia irão se libertar das amarras e sentiram a diferença
mais uns aninhos
talvez 4
13.27
É melhor falares com o Edgar que talvez te arranje um trabalhinho nas "caixinhas".
Tomásia Alves na direção regional de juventude cavalo para burro
A nova configuração da bancada parlamentar confirmou o que há muito se sabia, isto é, que é o Iglesias que manda no Cafofo...
Só para estragar mais um serviço
15.41 deves ser um lambe botas, nunca sais-te da terra e talvez nunca crias-te postos de trabalho e o teu deve ser sentado no Facebook e alguém trabalha para teres um rendimento
18.25,
E que tal arranjares um tempinho para voltar à escola?
Fazia-te bem, e ganhavas mais do que vir para aqui comentar.
Uma geração perdida, no fundo tudo funcionários dos grandes grupos economicos que fazem o que querem destas marionetes
18.25 deves ser um que está MAL COM VIDA é estou Feliz com o que sei e com o que tenho
agora sua Exª deve andar a lamber muito tenho pena de ti
é a vida!!!!!!!!!!!!
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