A inteligência política dos Albuquerques, Barretos, Zés Patacas, Mentiras e por aí abaixo

- Miguel Albuquerque e Rui Barreto juraram pela sua rica saúde, a propósito dos hilariantes rumores iniciais de que Zé Manel seria presidente da ALM, que a coligação ia tomar as suas decisões em subordinação aos superiores interesses da Madeira.
Então, sai a lume que ambos vão fazer de Zé o presidente da ALM. Temos assim de puxar pela cabeça para descobrirmos o que é que os dois bonecos da coligação entendem por superiores interesses da Madeira.



- Soube-se que Albuquerque e Barreto cederam à chantagem de Zé Manel a fim de este não cair nos braços do PS e mandar a coligação de direita à fava, que aliás é para onde ela deve ir. Ora, Zé lembrou em público que será 'CDS' para toda a vida e que, sendo presidente do partido, não iria estragar agora os seus 200 anos de dirigismo direitista. Por que raio não escolhem então Albuquerque e Barreto um nome a sério para presidente da ALM, já que Zé não puxará o tapete aos correligionários?  

- Zé Manel leva à risca o ensinamento de sua avó: mil patacas sem uma pataca não são mil patacas. Por analogia, Zé devia equacionar o raciocínio: presidente sem atributos e rejeitado pela esmagadora maioria dos conterrâneos não é presidente - nem aliás vai ser, ainda que sentado na poltrona do topo.

- O CDS vai ter uma secretaria regional, mais uma, mais a presidência da ALM, mais este instituto, mais X Direcções regionais, mais directores, adjuntos, assessores, secretários e secretárias, motoristas, gabinetes, carros, motoristas. Quem meteu na cabeça do Dr. Baltazar Gonçalves, do Dr. Cabral Fernandes e do Dr. Ricardo Vieira que era com bons resultados que poderiam chegar ao poder? Se tivessem experimentado trabalhar para vergonhosas derrotas como aquelas que estes sucessores de hoje acabam de incrustar no sofrido currículo do partido, tudo teria sido diferente.

- Será que com os balúrdios ao dispor, os novos espertalhões do CDS irão pagar as rendas atrasadas da sede, uma tradição que já esteve vai-não-vai para chegar à acção de despejo?

- Será que é desta que os seráficos Barreto e companhia avançam com uma auditoria ao partido para se descobrir aonde foram bater os dinheiros entregues pelo erário para despesas partidárias nestes últimos 20 anos, e que não foram feitas, mau grado o dinheiro ter desaparecidos na mesma?

- Quando a primeira figura institucional da Madeira, o Zé da Pataca, passar revista às forças em parada, nos dias de cerimónia, será que Albuquerque lhe secunda o passo, segurando no rabo da casaca?

- Os do P"S" apresentaram-se como a grande alternativa ao poder bolorento do Laranjal. O povo não lhes deu a oportunidade. Mas, agora que surge excelente ocasião para os "socialistas" aparecerem diante da indignada população mostrando uma alternativa para a presidência parlamentar, retraem-se com medo de mais uma derrota, abstendo-se (que se saiba) de apresentar uma alternativa ao Zé Pataca!
É que, mesmo perdendo a votação, a populaça começava a vislumbrar ali uma real vontade de alternativa.

- Ao invés, o P"S" não só não apresenta uma candidatura - que sendo séria ganharia a simpatia geral, com vitória ou derrota às mãos da direita apoiante do Zé - como avança que não votará contra este. A informação é que haverá voto branco dos "socialistas" na terça-feira. Isto é, PSD e CDS é que arcarão com a indignação popular pela eleição do Zé Pataca. O P"S" não vota contra e pensa poder sacudir a água do capote com a espertalhice do voto branco.
Pode sacudir o que sacudir, que a porcaria continua no capote.
Essa de não ser 'carne nem peixe' para não tramar o aliado Zé Pataca, pensando no futuro, não cola, oh inteligentes "socialistas".

- O P"S" diz que, votando em branco, não tem responsabilidades na eleição do Zé, que essa responsabilidade é do PSD, da direita. E vota branco em nome da credibilidade da política.
Pergunta-se: quando for para votar o nome de Victor Freitas para vice-presidente, e precisando de votos da direita para o conseguir, o P"S" espera que a direita, também em nome da credibilidade da política, contribua com os votos sem os quais Victor não consegue ser eleito?

- O P"S" tem gozado o pratinho - e não só o saco de gatos, a gente também tem gozado - que é a distribuição de tacharia pelos caducos aparelhistas dos dois partidos coligados. Mas com a vontadinha que os súcias partiram para estas 3 eleições, a que é que se chamariam as nomeações dos aparelhistas da Rua do Surdo e da Praça Amarela que há anos esperam pela teta?

- Ainda sobre a credibilidade que o Partido "Socialista" diz querer imprimir à política tabanqueira, vejamos estes montes de credibilidade:
* uma derrota vergonhosa nas europeias transformada em vitória, festejada aos pulos
* uma derrota nas legislativas, depois das garantias de mudança inevitável, que fica sem paternidade, sem culpados
* uma terceira derrota nas nacionais disfarçada com o número de deputados (3-3)
* convocação na noite das regionais para uma fórmula de governo desde a direita à esquerda, mandando as ideologias às malvas desde que o Profe Mentiras fosse "sr. presidente"
* um presidente de partido que sofre 3 derrotas consecutivas e permanece no posto (fictício) em vez de desaparecer definitivamente
* um D. Sebastião que promete vitórias aos molhos, que apanha 3-0 na tola (como o seu patrão Costa) e afinal continua, mesmo independente, a mandar no partido que lhe serviu de 'barriga de aluguer', a dar ordens no presidente e tudo.
...E o resto que os leitores sabem. 
Credibilidade política, isto? 

Fechem mas é esta porcaria de Tabanca para obras e arranjem nova tripulação, de extremo a extremo do comboio. Como dizem os adeptos de futebol quando desejosos de ver a equipa pelas costas: "Ponham esta corja na rua e metam os juniores a jogar!"

- Preparem-se, Leitores, para eleições muito em breve.