CARLOS PEREIRA Presidente do PS-Madeira

1. Numa (só) aparente surpresa, o Jornal da Madeira voltou ao que sempre fez: ser o braço da propaganda e da intriga do PSD-M contra o seu principal adversário, neste caso o PS-M. Dá-me vontade de rir que um partido como o PSD-M, que tem o poder da governação regional na sua mão, precise de inventonas para o combate político. Como não há maneira de criticar o percurso do PS-M, seja nas performances autárquicas, seja no exemplo do combate na Assembleia Regional, seja ainda no plano do parlamento europeu e, finalmente, no cumprimento sistemático das promessas no plano da Assembleia da República, com muitas mais valias que os cidadãos apreciam, então, nada mais útil e oportuno que montar um cenário de combate interno e desunião no PS-M. Um fantasma que introduza o veneno da desunião no caminho do PS-M, procurando atrasar e bloquear o nosso trabalho. Só que a bota e a perdigota estão em lugares diferentes e nem sequer se cruzam. Há na verdade uma intensa atividade política interna, há um caminho profundo e aceso sobre os nossos objetivos para a Madeira. Nesse roteiro, que faço questão de estimular, todos participam e cada um de nós sabe bem o seu lugar, sem qualquer psico-drama. Por isso tirem o cavalinho da chuva que as tempestades estão por aí, à nossa volta, visíveis a olho nu, sem histórias da carochinha, mas não estão dentro do PS-M ou entre o PS-M e os nossos interlocutores autárquicos. Talvez fosse melhor, contar histórias verídicas, do género: um partido à beira de um ataque de nervos depois de dividido em cinco ou, um partido que que se arrasta por entre os escombros da sua própria conversa fiada. Mas adiante. Esta espuma é irrelevante. O meu compromisso com a Madeira exige que o partido se concentre nos problemas dos cidadãos e é nisso que estamos focados. Para a ansiedade e o nervosismo que circula perto da rua dos netos, dizem que xanax resolve. Tratem lá disso. 2. Diz o Governo Regional que vai poupar 285 milhões na sequência de 4 anos de negociação com a Vialitoral e Via Expresso. Falso. O governo regional retirou 20 Km de estradas do contrato de concessão (25% da totalidade) para uma pseudo-poupança de 17%. Mas quanto custa a manutenção dos 20km das estradas que saíram do contrato? É claro que esta poupança é uma mentira. Os contribuintes vão pagar menos rendas às PPP,S mas elas vão prestar muito menos serviços. Em contrapartida, voltamos a pagar a manutenção dos 20 km de estrada retirados da concessão. 3. Não se trata de virar a página da austeridade. Estamos a falar de acabar com a austeridade infundada, estúpida e injusta. O que está em causa no OE para 2016 é mudar a página do posicionamento de Portugal perante Bruxelas e mudar de caminho para voltar a olhar para as pessoas. Aumentar os impostos para a banca e reduzir salários não é mesma coisa. Reduzir reformas mínimas e criar impostos para fundos imobiliários é muito diferente. Portanto, as nossas opções são claras: aumentamos impostos à banca para devolver salários e penalizamos os fundos de investimentos imobiliários para descongelar pensões e aumentar prestações sociais. É justo e resulta.