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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Crimes de São Jorge


Umas perguntinhas ao filho da vítima
e mais outras na embalagem


O filho da mulher de 88 anos violada e assassinada recentemente em São Jorge desabafou no JM, edição de hoje, que o suposto criminoso, seu cunhado, já mais de uma vez se 'atirara' à vítima. Este filho, César de Sousa, disse que até não costumava trocar muitas palavras com a mãe, porque esta, certo dia, 'pegou' com a mulher dele, César.


Quando passava à porta da mãe, o filho "sempre dava uma buzinadela", mas "as conversas eram poucas".
No seu desabafo ao jornal, César afirma ter ficado "magoado e muito triste com o que aconteceu", sentindo uma dor maior ainda por saber que "esta não terá sido a primeira vez".
Citemos do JM: "A minha mãe cramava a uma amiga que ele já tinha tentado três vezes. Não sei se conseguiu ou não, mas ouvi dizer que um dia ela até teve de fugir nua para a rua, evitando que o pior acontecesse." 
Depois de ter confirmado a morte da mãe, ficou pasmado por saber que fora o António a protagonizar a tragédia. Enfim, "o que se há-de fazer...", desabafou para fechar a conversa.
Coitado do homem, coitado de César. O único filho que a vítima tinha vivo. Mas desta trama ficam uns cabos soltos. Então, César, você sabia pela vizinhança que seu cunhado já tentara 3 vezes violar a sua mãe, mulher de 88 anos que vivia a um canto de casa, com dificuldades de movimentos. Ou seja, sabia que sua mãe estava completamente à mercê de quem, evidentemente, não pode andar bem da cabeça.
Você deixou-se ficar na dúvida sobre se a sua mãe já fora ou não violada umas quantas vezes. E a protecção que você dava à mulher indefesa, ainda por cima sua mãe, era uma buzinadela quando passava com o carro à porta dela! É certo que a mulher "pegou" com a sua mulher quando vocês foram lá pedir-lhe um pedacinho de carne. Mas, coitada, ela estava em cima dos 90 anos!
Consumada a tragédia, tudo o que você tem a dizer é "o que se há-de fazer"! Vamos parafrasear essa sabedoria: de facto, perante esta situação surreal, o que se há-de fazer...
Mas estas perguntas não se confinam ao César. Outros familiares da vítima, conforme relatámos ontem, garantem que uma outra mulher, de 70, tia do suspeito, também foi violada por ele, pelo menos na forma tentada, já que a mulher recebeu tratamento hospitalar. Será verdade ou não que essa mulher esteve na Polícia de Santana dando conta da situação que se vivia no lugarejo, com o tal suspeito constantemente a rondar as potenciais vítimas? E a vizinhança, sabia de isso tudo ou não sabia?
Se sim, ficou caladinha?
As pessoas estão vivas, podem ser convidadas a contar a história real. Porque parece haver muitos culpados.
Ah!... 
Deixa pra lá.
O outro é que tem razão. No sistema onde somos obrigados a viver, entre o zénite do progresso e a selvajaria, "o que se há-de fazer..."

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