CMF ESQUECE OS SEUS SEM-ABRIGO

TÊM SOLUÇÃO PARA OS SEM-ABRIGO

MENOS PARA OS DO SEU ESTACIONAMENTO

Jacinta Raquel Nunes 

O candidato sem-abrigo politico e o capataz que deixou na Câmara decidiram abraçar a temática dos sem abrigo. Prometem arranjar casas para todos quando a problemática da habitação e do flagelo de quem está excluído da sociedade não se compadece com conversa fiada de quem acha que distribuir cacifos é solução.

Como compreender esse discurso de uma Câmara que tem pessoas nessa condição, de sem abrigo, no seu estacionamento em situação degradante?  Olha para o que digo, não olhes para o que faço.  

Os sem abrigo da CMF não merecem essas medidas que tudo vão solucionar?

Depois apresentam números fornecidos pela entidade do continente a quem adjudicaram os cacifos, e com quem querem fazer mais "negócios" como as casas partilhadas, para traçar um quadro negro. O capataz do Profe Mentiras na Câmara,  que admite que o seu chefe de gabinete e adjuntos passem o dia a fazer visitas de campanha com o ex-edil, diz que são 115 sem abrigo no Funchal. Contando com os que dormem ao relento no estacionamento da Câmara?

Estes números foram desmentido mesmo durante o evento em que foi proferida a atoarda, como comprova a imagem do PowerPoint lá apresentado. Dos 115 sinalizados 27 dormem em quarto, é 18 são acolhidos em instituição, designados como Sem Casa mas com tecto. Os sem teto são 65. Até se fosse apenas 1 já seria demais, mas os números reais são cerca de metade do que a CMF anuncia. Podem fazer os "acordos", "contratos" e adjudicações que quiserem à entidade do continente, mas que apresentem os números certos.