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domingo, 28 de julho de 2019



Bloco defende reflorestação 
e sapadores florestais

No Dia Nacional da Conservação da Natureza, o Bloco de Esquerda foi ao Curral das Freiras, no coração da ilha, apresentar propostas para a conservação da Natureza. Paulino Ascenção foi o porta-voz.
A reflorestação deve ser uma prioridade, assumida diretamente pelos serviços do Governo Regional, contemplando a plantação de espécies endógenas nas áreas ardidas e o combate às espécies invasoras. A reflorestação é fundamental para aumentar a resistência aos fogos florestais, melhorar a estabilidade dos solos e a segurança nas vias rodoviárias e habitações no sopé das escarpas e para a captação de água e proteger a biodiversidade.
As espécies invasoras e os incêndios florestais andam de mãos dadas, e constituem as principais ameaças à biodiversidade na Região Autónoma da Madeira. Nas últimas décadas, com o abandono da agricultura, e, consequentemente, dos terrenos dedicados a essa atividade, os matos e os arvoredos invasores tomaram conta do território, criando um contínuo de material altamente combustível, tanto nos espaços florestais e rurais, como em zonas urbanas. Neste contexto, desde 2010, os incêndios florestais têm assumido proporções alarmantes, não só pela dimensão da área ardida e reardida (mais de um terço da superfície da ilha da Madeira, 25 mil hectares), mas principalmente pela perigosa penetração nas áreas residenciais. A par das ameaças à segurança de pessoas e bens, a dupla constituída pelas invasoras e pelo fogo põe em causa o equilíbrio dos nossos ecossistemas insulares, não só da floresta Laurissilva, quase totalmente dizimada nas encostas viradas a sul, como, a altitudes mais baixas mas também nos picos da ilha, de outras associações vegetais que ainda vão resistindo em algumas escarpas.
Assim, para benefício da preservação dos ecossistemas naturais e da segurança das populações, é do maior interesse que o combate às espécies invasoras e a prevenção dos incêndios florestais possam fazer parte de uma única visão estratégica e de um conjunto integrado de intervenções no território. Para isso, o Bloco de Esquerda considera essenciais, e urgentes, as seguintes medidas:

1. Criação de equipas de Sapadores Florestais descentralizadas na região, constituídas, de acordo com o previsto na Lei, por trabalhadores especializados na prevenção e combate aos incêndios florestais;

2. Desenvolver e aprovar um Plano Regional de Defesa da Floresta Contra Incêndios;

3. Fazer cumprir o Decreto Legislativo Regional nº18/98/M, de 18 de agosto, que prevê a limpeza de matos em terrenos florestais, incultos e agrícolas;

4. Identificar as zonas, públicas e privadas, para intervenção prioritária, tendo em conta a necessidade de fazer regredir a área ocupada por espécies invasoras e criar descontinuidade territorial que minimize a progressão de incêndios;

5. Definir as atividades/funções mais ajustadas para as zonas prioritárias, nomeadamente agricultura, pastorícia, floresta de produção ou ecossistema natural, tendo em conta o objetivo de criar uma paisagem em mosaico que preserve os valores naturais e previna a progressão do fogo;

6. Intervir nos terrenos públicos, dando bons exemplos de gestão e uso do território, com a ajuda das equipas de Sapadores Florestais;

7. Criar mecanismos e incentivos à agricultura, à pastorícia e à produção florestal, de modo a que os terrenos privados, abandonados ao avanço dos matos e florestas invasoras, possam retomar o seu potencial produtivo;

8. Garantir que o Plano Regional de Ordenamento Florestal da Região Autónoma da Madeira (aprovado em 2015) é efetivamente implementado no terreno, evitando que caia no esquecimento, como tem acontecido com tantos outros instrumentos de planeamento;

9. Manter no terreno, associadas à ação dos Sapadores Florestais, equipas de educação ambiental, assim como de policiamento, fiscalização e vigilância, para a promoção de uma cultura de prevenção dos incêndios florestais e conservação da natureza.

BE

4 comentários:

Anónimo disse...

Para quando pôr estes Senhores a trabalhar?
Andar só de carro a passear pelas serras é pouco
Na estrada que liga o Curral das Freiras ao Poiso as giestas estão a tapar as vistas sobre o Funchal
Nem sequer uma ovelha as come....
Tanta gente a usufruir rendimentos mínimos e subsídios de desemprego e nada se faz para extinguir essa praga infestante?

Anónimo disse...

Ou seja, no fundo o que já está a ser feito... Boa Bloco!

Anónimo disse...

Estes andam embalados com a sondagem que dá 3 ou 4 deputados, à boleia do trabalho da Catarina em Lisboa e do trabalho do Almadinha na Assembleia. Querem um conselho?! Não dêem muito nas vistas para as pessoas não não darem por vocês e não se aperceberem que o Almadinha já não é candidato. Deixem lá a Catarina continuar a fazer a vossa campanha e não estraguem o trabalho do Almada que chegam lá. É só uma questão de se manterem invisíveis.

Anónimo disse...

E sobre a Venezuela? Nada?
Sobre os emigrantes na Venezuela, quais medidas ou reivindicações?