CAFOFO DESMENTIDO MAIS UMA VEZ

Ao contrário do que afirma, o candidato não só não colaborou nas acções dos activistas como até recusou integrar a COSMOS alegando que era "arriscado uma pessoa participar ativamente numa associação ambientalista, porque ficaria sujeito a perseguições”  

A Cosmos - Associação de Defesa do Ambiente e Qualidade de Vida, e a propósito de uma entrevista dada pelo atual candidato do Partido Socialista a Presidente do Governo Regional, Prof. Paulo Cafôfo, numa das rubricas do Diário/TSF, de 17 de Julho de 2019, o referido candidato do PS/Madeira afirmou na citada entrevista, que fora “colaborador da Cosmos” e que era dedicado a causas, “ligadas ao património, à cultura e ao ambiente”.

Ora, nas centenas de conferências de imprensa, ações no terreno, e outros eventos organizados e patrocinados pela Cosmos, nunca vimos o senhor candidato a participar em nenhuma dessas ações. Somente, numa ação realizada no âmbito da cimeira do Litoral, o senhor Prof. Paulo Cafôfo transmitiu aos membros da direção da altura, que tinha interesse em participar no movimento ambientalista, e até nos deixou o seu contacto.

Como achámos que poderia ser uma mais valia para a organização, por ser docente numa escola, foi incumbido um membro desta associação para convidá-lo a integrar os órgãos sociais da COSMOS, convite que declinou, com o argumento que tinha “família” e que “era arriscado uma pessoa participar ativamente numa associação ambientalista, porque ficaria sujeito a perseguições” e foi assim e deste modo, que o sr. Prof. Paulo Cafofo “colaborou” com o movimento ambientalista (!)

Obviamente, que na altura, o regime jardinista não era nada brando, e a maioria dos membros da direção da Cosmos arriscavam de fato as suas carreiras profissionais, as imensuráveis pressões do regime, e até violência física e verbal de que eram sujeitos, como aconteceu, por exemplo, nas ações contra o pastoreio desordenado nas serras da região, ou na manifestação contra a muralha do Jardim do Mar, onde os ambientalistas foram violentamente escorraçados pelos caciques locais da freguesia. 

Aliás, como é que o sr. Prof. Paulo Cafôfo se diz ambientalista, quando foi ele, no exercício das funções de Presidente de Câmara do Funchal, que revalidou a licença do mamarracho do Savoy, suspendeu o Plano de Urbanização do Amparo, licenciou a ETAR do Funchal debaixo de uma arriba perigosa  e sem o afastamento regulamentar de uma linha de água, no vale do Lazareto, deferiu um estudo prévio de um edifício na crista de uma arriba instável na mesma zona,  e, inclusivamente, aquando o célebre cerco dos Sousas à Câmara do Funchal, por causa da Quinta do Lord, o nosso fogoso ambientalista, em vez de prestar solidariedade a um membro desta associação que na altura era vereador, aconselhou-o a demitir-se. Tudo situações e condutas lamentáveis, que um verdadeiro ambientalista nunca permitiria.

Funchal, 19 de julho de 2019

O Presidente da direção

Dionísio Andrade