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segunda-feira, 15 de julho de 2019


Paulino Ascenção acusa Governo
de insensibilidade com os mais pobres


Pedro Calado, na Expo-Madeira, afastou a possibilidade de reduzir o IVA na Madeira (que o BE propôs no mesmo local no dia anterior) e expressou preferência pela baixa do IRC e do IRS, com o argumento que uma descida do IVA não é sentida no bolso das pessoas. O Vice-Presidente sabe bem que não é verdade o que afirmou, a preferência pelo IRC reflete uma escolha de beneficiar os patrões – os mais ricos – em detrimento de uma medida que beneficiaria em primeiro lugar os mais pobres, aqueles que gastam a quase totalidade do seu rendimento em despesas sujeitas a IVA.
O IVA é um imposto regressivo, isto é, penaliza mais quem tem um baixo salário e que vai gastá-lo todo no mês para a sua sobrevivência e da sua família. Aqueles que têm um rendimento tão baixo que não lhes permite fazer qualquer poupança, têm todo o seu rendimento sujeito a IVA, logo, uma descida do IVA deixa mais rendimento disponível para quem ganha pouco – mais de dois terços dos madeirenses. Quem tem altos rendimentos já consegue fazer poupanças, a parte do rendimento que não é gasta, não é sujeita ao IVA. 
O IVA é um imposto “invisível”, não se sente, não temos consciência do montante anual que suportamos, o IVA é pago às “pinguinhas”, diluído em todas as contas do dia a dia, entre o café e o supermercado. Pelo contrário, o IRS, vemos no recibo o quanto nos leva do vencimento a cada mês, ou o IMI que vem numa conta dolorosa para pagarmos em uma, duas ou três prestações anuais. Mas os mais pobres não suportam nem IRS (rendimentos anuais até 9.150 estão isentos) nem IMI (não ganham para serem proprietários) mas pagam IVA sobre todo o seu rendimento.
A descida do IRC na Madeira em 2019 foi estimada em 50 milhões, que vai ter impacto na conta de dos patrões, tanto maior o efeito quanto maiores os lucros e as empresas. Com uma descida de 3% da taxa de IVA teria a mesma redução de receitas no orçamento, mas o efeito seria diluído pela maioria dos madeirenses.
Fica clara a escolha do Pedro Calado e do PSD: beneficiar uns poucos em muitos milhares, em vez de aliviar as despesas mensais da maioria da população, uma escolha que agrava as diferenças entre ricos e pobres. A afirmação feita ontem na expo está carregada de cinismo e de insensibilidade social.

BE

14 comentários:

Anónimo disse...

Um voto que seja nesta trupe laranja que pôs a Madeira em alerta vermelhop as próximas gerações é lixo que sairá casa vez mais caro.

Anónimo disse...

Descer o IVA é burrice fiscal. Tanto beneficia o pobre como o rico.
Alterar o IRS como o governo regional fez é muito mais justo socialmente.

Anónimo disse...

O cafofiano das 17.55 está todo assanhado, neste e noutros comentários.
Cuidado não te dê uma apoplexia.

Anónimo disse...

O Paulino nao entende que se baixar o IRC, menos empresas vao falir, menos empresas a falir sao menos empregos que se perdem... O paulino nao entende que portugal tem a maior carga fiscal de que há memoria, a maior carga fiscal que há memoria deixa menos rendimento disponivel para os cidadaoa. O Paulino em Lisboa diz uma coisa e na madeira diz outra. O Paulino apoiou um governo da republica do PS, BE e PCP, que infligiu a maior aumento de impostos. O Paulino nao aceita que uns tenham mais riqueza do que outros. O Paulino quer todos iguais, pobres mas iguais. O Paulino é o tipico político da oposição madeirense que faz com que a oposicao continue a ser oposição. O Paulino é o que sempre foi... o Paulino

Anónimo disse...

23.49,
O Paulino está mesmo bom para se juntar aos cafofianos. Vão dar cabo de PS e deixarão, mais uma vez, o PSD de rédea solta.
Mas será assim tão difícil perceber como é que se faz oposição?

Anónimo disse...

O Paulino é o Dória versão bloquista... Pensam-se e dizem-se mentes brilhantes, mas não dão uma para a caixa. Quem tem razão é o das 19h42...

Anónimo disse...

Os madeirenses não votarão nos cubanos, ainda por cima partidecos ditadoriais sejam os Xuxalistas ou bexistas, há que lutar contra a ditadura comunista

Anónimo disse...

Entendo que o IRC é um imposto sobre o lucro.

Artigo 3.ºBase do imposto
1 — O IRC incide sobre:
a) O lucro das sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, das cooperativas e das empresas públicas e o das demais pessoas colectivas ou entidades referidas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo anterior que exerçam, a título principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola;
b) O rendimento global, correspondente à soma algébrica dos rendimentos das diversas categorias consideradas para efeitos de IRS e, bem assim, dos incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito, das pessoas colectivas ou entidades referidas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo anterior que não exerçam, a título principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola;
c) O lucro imputável a estabelecimento estável situado em território português de entidades referidas na alínea c) do n.º 1 do artigo anterior;
d) Os rendimentos das diversas categorias, consideradas para efeitos de IRS e, bem assim, os incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito por entidades mencionadas na alínea c) do n.º 1 do artigo anterior que não possuam estabelecimento estável ou que, possuindo-o, não lhe sejam imputáveis.

2 — Para efeitos do disposto no número anterior, o lucro consiste na diferença entre os valores do património líquido no fim e no início do período de tributação, com as correcções estabelecidas neste Código.
3 — São componentes do lucro imputável ao estabelecimento estável, para efeitos da alínea c) do n.º 1, os rendimentos de qualquer natureza obtidos por seu intermédio, assim como os demais rendimentos obtidos em território português, provenientes de actividades idênticas ou similares às realizadas através desse estabelecimento estável, de que sejam titulares as entidades aí referidas.
4 — Para efeitos do disposto neste Código, são consideradas de natureza comercial, industrial ou agrícola todas as actividades que consistam na realização de operações económicas de carácter empresarial, incluindo as prestações de serviços.

Anónimo disse...

Claro que o IRC é um imposto sobre o lucro.
Qual é a dúvida?

Anónimo disse...

No caso da Madeira o PSD funciona como o Robin dos Bosques mas ao contrário ou seja tirando dos pobres e da classe média para dar aos ricos e aos donos disto tudo. Vejamos o que aconteceu recentemente com os 20 + 19 Milhões ao Maritimo e a Pipa de Massa para o Golfe afim de meia dúzia de ricaços exercer o seu ego com as alvissiras dos escravos desta terra. Temos aqui o PSD no seu auge e no seu ADN.

Anónimo disse...

O comentário do IRC é um imposto sobre o lucro é resposta a : "O Paulino nao entende que se baixar o IRC, menos empresas vao falir, menos empresas a falir sao menos empregos que se perdem..."

Anónimo disse...

Já cá faltava o anti-golfe.
Tens razão. Quanto menos infraestruturas tivermos para captar turismo, melhor.
Que visão. Que alcance.

Anónimo disse...

12.29,
Já foste ao Santo da Serra exercer os teus direitos de "sócio forçado"?
Quando lá fores, diz a hora, para poder estar por lá. Adoro uma boa risota.

Anónimo disse...

O Paulino nao sabe que uma empresa nao pode dar prejuízo 2 anos consecutivos. O Paulino não sabe porque nunca teve uma empresa, gerar riqueza e criar postos de trabalho nao é com o Paulino. Se o Paulino acha que devemos cortar nas empresas, entao abra uma, fique sujeito às 2000 taxas e 400 organismos que regulam a atividade economica. O Paulino devia ir viver para um pais comunista, todos pobres, mas todos iguais. O Paulino continua a ser o Paulino...