Relações comerciais intensificam-se

PROTOCOLO MADEIRA-AÇORES

TROCA ALBUQUERQUE POR CORDEIRO

Para não ferir a sua própria modéstia, Marsílio Aguiar não assina as fotografias como esta que bateu durante a cimeira. Na Fernão de Ornelas, releva-se o trabalho desenvolvido pelo director do JM, jornalista, enviado-especial, analista e fotógrafo. E não foi preciso nenhum protocolo para que tanta produção fosse atingida.

Um Leitor do 'Fénix' acaba de mandar uma proposta ao retardador a ver se ainda chega a tempo de entrar na lista de protocolos assinados por Sérgio Marques e companhia com a governança açoriana. 

"Com protocolos aos pontapés que os dois governos assinaram para lá, mais uns 3 ou 4 não faziam grande diferença e poderiam ser muito úteis para as duas Regiões Autónomas", faz o Leitor em comunicado enviado para este e-mail.

O homem sugere que um dos protocolos estabeleça uma troca de anonas por ananases. Outro que trate da troca de tabaibos (com casca) por chá Gorreana. E um terceiro que seria mandar jaqué para lá e mandar vir vinho de cheiro.

Até aqui, relações comerciais normais - que, de resto, não percebemos como não vieram à ideia de Humberto Vasconcelos.

Agora um quarto protocolo sugerido pelo nosso Leitor é que não lembra ao Diabo! Mandar Miguel Albuquerque para lá e meter nas Angústias o presidente açoriano, Vasco Cordeiro!

Discordamos. Podia-se ganhar alguma coisa com essa permuta comercial, porém os gastos deveriam agravar os défices de ambos os arquipélagos. Miguel Albuquerque teria de levar Chico Clode para dar uma viragem de cores nas paredes do Palácio de Santana, coisa que não se faz para o baratucho, bem pelo contrário, que com aqueles 'albu-queques' é tudo lá para cima e o povo é que paga. Depois, o nosso Rei da Tabanca não se mudaria para lá sem levar a Sissi. Ora, será que ainda está para alguma arrecadação do palácio o equipamento do 'lulu' que vivia com Mota Amaral nos loucos anos da guerra das bandeiras, dos óculos escuros e do boicote a Soares? Ou, pelo contrário, deitaram tudo fora e seria preciso comprar tudo agora de origem para o bichinho de Albuquerque? 

Sim, claramente os açorianos ganhariam alguém com profundo 'know how' a tratar da implantação dos bancos na diáspora, mas não gostariam de entrar com as despesas todas à volta do protocolo-protocolo.

Por outro lado, Vasco Cordeiro certamente faria o povo cá da tabanca pagar caro muitos arranjos nas Angústias. Não acreditamos que ele se instalasse ali no meio daquelas decorações e cores cheias de mariquices. Lá iríamos apertar mais um furo do cinto.

Finalmente, 'last but not least', não esqueçamos que ainda existem partidos. E que, se Miguel Albuquerque integra uma área da confiança dos madeirenses, que nos impingem laranja azeda vai para 45 anos, Vasco Cordeiro é avezinha da zona vermelha. O que é que o nosso povo não diria de se meter um súcia nas Angústias?

Por todas estas razões, não vamos à mão de quem troque tabaibos por charutos. Mas ao nível dos presidentes de junta de freguesia Albuquerque-Cordeiro, deixem as coisas como estão. Não arranjem confusão onde ela não existe.