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terça-feira, 12 de setembro de 2017


Escolas Profissionais não pagam

Eu sou professora no público e orgulho-me da minha profissão. Dei aulas numa Escola Profissional durante um ano e ainda não recebi pelas 150 horas investidas. Por isso venho demonstrar o meu descontentamento. 
A poucos dias do arranque do novo ano letivo 2017/2018 algumas Escolas Profissionais ainda não conseguiram pagar aos Professores e Formadores pela prestação dos seus serviços nos anos letivos anteriores.
Na liderança das Escolas Profissionais que não pagam temos a Escola Profissional Cristóvão Colombo e a Escola Profissional Atlântico. A justificação transmitida, é que em causa estão os atrasos no desbloqueamento de verbas por parte do Fundo Social Europeu (FSE). Mas não será a gestão duvidosa aquando do recebimento de verbas para determinados projetos que posteriormente são utilizados para fazer face a dívidas anteriores originando uma impotência no pagamento daqueles que contribuem para a formação de alunos.
Com a entrada do novo programa operacional denominado MADEIRA 14-20 os problemas agravaram-se e esta escola anteriormente referida desde essa altura que não conseguem pagar. Professores e Formadores receiam não reaver os valores em falta que em alguns casos ultrapassam os 10.000,00 euros.
Até quando esta situação será sustentável? Poucos são os que este ano letivo estarão dispostos a aceitar lecionar sem receber. Consequentemente algumas Escolas Profissionais poderão arrancar o ano letivo sem profissionais suficientes para garantir o ensino. O mais caricato é que para além de não pagarem começam abandonar as suas responsabilidades. Sofia Trindade e Adelaide Borges "saltam" para cargos na função pública. Será que aguentam o ritmo? Educação e Saúde com carência de docentes e oferece-se "cargos" a profissionais sem visão de futuro e já obsoletos.
A mim e aos meus colegas resta acreditar que um dia iremos receber o que temos por receber.
Apelo ao Sr. Secretário da Educação, Dr. Jorge Carvalho que interfira de forma a desbloquear as ditas verbas e peço às Escolas que efetuem o pagamento aos Professores e Formadores.

Uma Professora

6 comentários:

Anónimo disse...

Perguntem aos administradores e directores se têm ordenados em atraso?

Anónimo disse...

Acha que não recebem? Trata-de de um lucrativo negócio para os "boss's" da formação. Os outros que se aguentem. Quem não tem dinheiro não tem vícios. Mas por cá, os soldadinhos rasos que se aguentem, esperem pelos "fundos".

Anónimo disse...

Ah, não se esqueçam que é mais um "esquema" e culpa do Cafôfo.

Anónimo disse...

Não pagam? Antes de atacar, é melhor ver porquê.

Anónimo disse...

Todos os formadores/professores deviam se juntar, abrir um processo em tribunal contra os diretores das escolas referidas, chamar a imprensa e escrever para as entidades competentes (a nível nacional e internacional)a relatar a situação. Infelizmente, na Madeira há um clima de medo e as pessoas tremem diante da prepotência dos "gananciosos diretores". Só há uma solução juntem-se, pois a união faz a força e desprezem os comentários dos lambe-botas.

Anónimo disse...

Na Atlântico os pagamentos vem a caminho...mas em troca os formadores tem que abdicar de uma parte da dívida para sempre! "Não abdica? Então não recebe e não temos lugar para si."...