Delírios da Madeira Nova

ÚLTIMAS DO DESGOVERNO REGIONAL

Desde que o secretário acidental adoptou para os jogos diários que se fazem dentro da Junta Geral a táctica de marcação 'homem a homem', com o louvável propósito de mudar o fluxo de informações internas para o endiabrado 'Fénix', desde essa altura que se vê serviço.

Honra lhe seja feita, Jaime Freitas alterou mesmo as coisas: como os Leitores têm percebido, o volume de informações duplicou. 

Mas, desta vez, as novidades são positivas para a máquina da Educação, agora melhor oleada graças a mexidas cirúrgicas operadas recentemente.

Para começar, delata um dos 19 Kapas lá infiltrados, corre com insistência nos obscuros corredores que o director Morgado conta com um reforço de luxo na sua área. Trata-se de uma professora que vem da Escola do Caniço com a missão de montar um plano de avaliação das escolas da Região. É claro que essa é, ou era, uma função organicamente atribuída à Inspecção. Mas nunca fiando quando se trata de avaliações. E a recente aquisição merece toda a confiança do secretário. Mais não podia ser. Fica tudo em família. Daí advém mesmo o benefício público de se evitar o pagamento de horas extras, já que os assuntos por resolver podem ser debatidos mais tarde, lá em casa.

Ao mesmo tempo, há outro reforço para a DRE, oriundo, calcule-se, dos Assuntos Sociais. Não haverá também desestabilização com esta mexida, pelo contrário: o reforço é primo do quadro de maior peso na Secretaria da Educação, muitíssimo acima do secretário. 

Mistério na Direcção de Finanças

O nosso K-Arara garante-nos que, desta vez, à viagem do sua excelência em curso por Turim, à beira das neves alpinas, não corresponde a tradicional baixa nas Finanças. 

O que significaria poupança em viagens.

No entanto, outro agente, K-Vagabundo, assegura que, se não houve baixa, então andam a registar-se muitas baldas na repartição.

Podemos falar de um mistério das baixas baldadas.

Por isto: segunda e terça-feira, houve assiduidade ao trabalho nas Finanças. Quarta, quinta e sexta, baixa. Ou balda, pelo menos.

Pior: para as próximas segunda e terça, teremos de novo assiduidade ao serviço. Quarta, quinta e sexta, balda. Ou baixa.

Que raio de esquema de trabalho!

Um dos grandes mistérios da Madeira Nova.

Esperemos que a coesão no desgoverno e no PPD não se desmorone com estes embaraçosos quiproquós, verificáveis sempre que Meio Chefe passa das Desertas para lá.

Paz e amor, bichos!

Ventura Garcês de carroça

O nosso K-Arara viu chegar um dias destes às Angústias o homem do dinheiro, perdão, o homem da falta de dinheiro - a bordo de um carro preto normalmente utilizado por simples directores regionais e até no transporte de material.

K-Arara ouviu um daqueles venenosos das Angústias criticar: este que é secretário vem de carroça e a directora do Património tem um carro aos dispor dos mais recentemente adquiridos!

O nosso agente não descansou enquanto não descobriu que, afinal, o carro atribuído a Ventura está literalmente encostado no Parque de Material. Ou aguarda peças ou espera verba para conserto. Ou ambas as coisas.

Cunha e Silva impugna eleições?

Corre cada vez com mais insistência o boato - não pode ser outra coisa - segundo o qual o vice do governo anda a congeminar com os seus mais directos colaboradores a impugnação das eleições internas no PPD, caso não alcance a vitória em 19 de Dezembro. O argumento não é desprezível, é consistente: falta de cumprimento pelo partido dos deveres para com os candidatos. Por exemplo, a recusa da entrega das listas com dados dos filiados social-democratas. 

Quanto a nós, é uma provocação do secretariado-geral digna de recurso, sim senhor.

Mas resta saber se, afinal, isto não passa de uma temível marosca do ainda líder Jardim com o vice João, mais uma vez deixando Manuel António a falar sozinho, salvo seja.

Segundo a especulação - sim, é boato e especulação -, trata-se de chegar ao congresso de Janeiro sem novo líder, pelo que o processo de sucessão seria adiado de maneira a chegar atrasado às legislativas regionais de 2015. Assim, os candidatos seriam os mesmos - chefes, meio chefes, quarto de chefes, 4 Litros - e tudo seguiria como nestas 4 décadas.

Sim, parece que estamos todos a perder a racionalidade. Andamos a ler muito o 'deve e o haver'.

Bom fim-de-semana, caro Leitor, e até outra, porque hoje é dia de copos.