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terça-feira, 16 de setembro de 2014

DELÍRIOS DA MADEIRA NOVA



"DEIXEM-ME SONHAR"



Foto Rui Marote













Torres sonhava com o México. Sua excelência sonha com a Escócia e a Catalunha. Mas depois há sempre um pesadelo que espera por nós. O que faz a obsessão do protagonismo! 



Os rapazes da nossa idade lembram-se da expressão quixotesca de José Torres proferida na fase de apuramento para o Mundial do México 86, quando ninguém apostava já um tostão furado na Selecção de Portugal. Só com um milagre bem grande Portugal conseguiria lá chegar. Os suecos estavam quase apurados, por isso os nossos tinham de vencer na Alemanha. E rezar. Rezar muito.
Quixotismo... vamos indo.
Como sabemos, Alguém escutou as preces e deparou-nos aquele momento celestial de Carlos Manuel. Então, José Torres espraiou-se a desfrutar do sonho bom.
É o que nos vem à memória quando vemos o nosso JM a oferecer diariamente um inaudito relevo de primeira página à causa separatista da Escócia perante os "ingleses", bem como à insistência dos catalães para se verem livres de Madrid. Um acompanhamento 'jornalístico' a dar nas vistas. Porque essa é a ideia: dar nas vistas.
Não está em causa o âmago da situação Escócia-Inglaterra. Ou Catalunha-Espanha. Cada povo tem o direito de discutir como há-de ser a sua forma de viver. Mesmo cá em Portugal, não há 'vacas sagradas'. O futuro pertence às gerações que vierem, não a teóricos da intelectualidade. A Madeira há-de estar sempre ligada a Portugal, sem que isso invalide soluções políticas as mais radicais.
Não será tão cedo, todavia. As gerações actuais ainda sentem na carne como é que certos espécimes tratam os conterrâneos quando sentem a vara na mão. Antes continuar a combater um regime centralista lisboeta do que viver debaixo das patas disformes de verdugos pretensiosos e armados em ditadorzecos de tabanca.
Não se trata, pois, de dissecar aqui o tema da independência em si, mas de apontar o objectivo dos comissários do JM chefiados pelo outro. Porque isso tem história.
Esta obsessão pelos escoceses e pelos catalães destina-se pura e simplesmente a reavivar a moda separatista na Madeira. Por um ideal ultra-madeirense? Qual quê! Por um ideal individualista. Como sempre. O Rei da Tabanca apercebe-se de que se afigura cada vez mais impossível uma golpada no processo interno do PPD que lhe permita continuar alapado à cadeira. Então, agarra-se ao 'projecto' que vem mantendo há mais tempo em 'banho maria' para o que der e vier - o da luta pela 'independência' da Madeira por via do Fama. Só fumaça. Para alimentar a vaidade.
A ideia é, mal arranque o pós-jardineirismo, abafar os novos protagonistas da política regional sob uma vaga ruidosa extremista, capaz de concitar as atenções dos madeirenses e segurar o velho rei na crista da moda. 
Necessidade de protagonismo 'oblige'. Mais uns aninhos de 'fama' usando o 'Fama'. É pedir muito?
Como dizia o bom gigante do Torres, "deixem-me sonhar". Agora, é o sua excelência também a sonhar alto. Até já mandou estudar os estatutos de formações pró-independistas para ver que transformações poderá fazer no risível Fama.
Sinceramente, esperávamos mais de um político tão experiente. Que se tem como 'Único Importante'. O que é isso de exumar o cadáver do independentismo só para continuar a ser 'Importante'? Não pega. O povo naturalmente vai fugir do mau cheiro da exumação. Não pega, repetimos. Por mais que o JM encha a primeira página de Escócia e Catalunha todos os dias.
Chefe Jardim não consegue perceber o ditado popular 'mais vale ser desejado do que aborrecido'. Mas certamente não precisará que lhe recordemos o pesadelo em que se transformou aquele belo sonho de Torres, mal as coisas arrancaram a sério, em Saltillo.


14 comentários:

Anónimo disse...

Até ao fim do ano vamos ter a nossa independência, de uma forma ou de outra. Que o homem vai fazer barulho? Sem dúvida. Que a barraca há-de vir abaixo? Certamente. Que venham as máquinas da Serra d'Água limpar o entulho e a Estação da Meia Serra faça horas extraordinárias. E que tudo acabe na incineradora.
Queremos ser independentes e livres? Claro que sim. E que cada um de nós diga exactamente do que quer se livrar.

Anónimo disse...

Quero a Madeira independente de caciques, já!

Luís Oliveira

Anónimo disse...

O que seria de nós sem Portugal? Ainda bem que os temos a tomar conta de nós e a decidir o que temos e devemos fazer.

paulo disse...

Comparar a Madeira com a Escocia, so mesmo em sonho.

Anónimo disse...

independência o mais rápido possível, enquanto temos o Miguel de sousa para nos conduzir.( ok, podem rir...)

Anónimo disse...

Comparar Portugal com Inglaterra é outro sonho...

Fernando Vouga disse...

Caro Luís Calisto

Estes coveiros da autonomia teimam agora em agitar os ventos da independência. Não têm pinta de vergonha e já nem o povo superior acredita neles.
Se levassem a coisa a sério, estavam caladinhos, para não mostrar o jogo.
Enfim, cão que ladra não morde.

Anónimo disse...

Se a madeira aceitasse a Independência, até lhes perdoava a dívida.

Anónimo disse...

Pior,pior é se Manuel Antonio ganha meus caros,ficará tudo na mesma senão pior.Lembram-se ? As correrias de Alberto João,o homem estava em tudo,revistas,jornais,inaugurações,missas,tudo e mais alguma coisa. O que é que vêem em Manuel Antonio? Tudo igual,a mesma correria,o mesmo show off,a mesma loucura ,a mesma sede de poder sem olhar a meios,enfim,copia do presidente.pior é que se Manuel Antonio ganha a politica será a mesma,o presidente de um modo ou de outro continuará ,será " vira o disco e toca o mesmo".já pensaram na correria desenfreada por meter militantes no partido,já pensaram que muitos nem o conhecem,já pensaram que muitos nem são nem nunca foram PSD,acima de tudo já pensaram que agora nós
militantes após todos estes anos estamos sujeitos a que puros desconhecidos,gente que se calhar nunca votou PSD venha agora decidir o rumo do nosso partido por puro capricho de alguem que sem olhar a meios, quer a todo o custo ser presidente.

Anónimo disse...

Qual é a pressa? Qual é a pressa? Pergunta Seguro a AJJ. Resposta:O Johnnie Walker sem a rainha nunca será um filho bastardo para não lhe chamar outra coisa.

Miss Take disse...

Sempre que se fala da Independência da Madeira, penso logo na Islândia, 300.000 habitantes e um regime político completamente diferente do português.
Era um exemplo a seguir para uma Madrira Independente.

Anónimo disse...

Comparações com a Islândia ? Um país quase auto-suficiente em termos energéticos, com uma economia baseada na indústria pesqueira e extracção de alumínio, e que, até 2011, cobrava e bem aos americanos pelo uso de uma base aérea, devido à sua posição na Guerra Fria. Na Madeira, a UE "matou" as pescas, não há minério e pouco interesse estratégico.
Quando o sistema financeiro islandês ruiu, o governo tomou medidas para impedir a fuga de capital estrangeiro através da recusa de assumir as garantias de depósitos de estrangeiros. Acaso isso aconteceria aqui ?
Faça comparações com outras regiões, como Malta e Chipre, muito dependentes do turismo e serviços financeiros

Anónimo disse...

Só que "o" Madeirense não é "o" Islandês...

Anónimo disse...

Só que "o" Madeirense não é "o" Islandês...