PORTO SANTO

CURIOSIDADES DO QUOTIDIANO MUNICIPAL

Agente em serviço nos paços

Passados 7 dias em que os contribuintes podem fazer o IRS através da Internet, a Chefe de Divisão da Câmara Municipal do Porto Santo, Dr.ª Elma Vasconcelos, ainda não teve tempo para retificar as declarações de IRS dos funcionários da CMPS no portal das finanças. 

Os mais de 100 funcionários da Autarquia receberam em papel os rendimentos auferidos no ano de 2014, e quando foram fazer o seu IRS perceberam que tinham valores diferentes, porque faltava contabilizar um mês de vencimento. Os que já entregaram via online vêm-se obrigados a terem de retificar a sua declaração, sob pena de penalização e de serem chamados ao Serviço de Finanças do Porto Santo. 

Não sabemos quanto tempo pode levar a que a Câmara Municipal do Porto Santo e as Finanças regularizem a situação, mas a verdade é que para o serviço das Finanças, quem está em incumprimento são os funcionários da autarquia, que assim se vêem envolvidos em mais um imbróglio do executivo de Menezes de Oliveira.

Ao que parece, a Chefe de Divisão, que após um ano e meio ainda não o é, esqueceu-se de alertar os próprios colegas desta lamentável situação. É possível que o executivo liderado por Menezes de Oliveira seja obrigado a atribuir mais um ajuste direto de 50.000€ para que um tal de Ribeirinho regularize a situação.

Outro caso que vagueia pelos corredores políticos do Município do Porto Santo, são duas estranhas contratações por um período de 10 meses, que a Câmara Municipal operou em surdina, um técnico superior de desporto e um técnico de proteção civil. 

A contratação do Técnico Superior de Desporto é a que causa maior estranheza, tanto pela pessoa em questão, como pela duvidosa necessidade do cargo. O sortudo contemplado foi Artur Oliveira, ex-presidente da extinta Areal Dourado, tendo sido afastado do cargo por desviar milhares de euros, da empresa para a sua conta pessoal e condenado em tribunal. Diz o ditado que "Casa roubada, trancas à Porta", algo que o Presidente Menezes de Oliveira não defende. Estranho. Com tanto jovem natural do Porto Santo formado em Desporto, não poderia ter aberto concurso para os vários interessados? Talvez agora se perceba o estranho voluntariado que era prestado pelo Sr. Artur desde o início do mandato, com direito a gabinete e tudo. Não se percebe também a utilidade de tal cargo na Câmara, dado que uma das primeiras medidas do executivo de Menezes de Oliveira foi extinguir o Clube Desportivo da Câmara Municipal que tinha muitos atletas e em diversas modalidades. Falta o esclarecimento da parte do Sr. Menezes de Oliveira para a utilidade deste cargo criado por si numa câmara falida segundo o próprio.

Relativamente ao cargo de técnico de proteção civil, estranhamos o facto de novamente não haver concurso público, quando cerca de três dezenas de portossantenses tinham terminado o curso de formação nos bombeiros voluntários, tendo o escolhido, o Sr. Wilson Vasconcelos terminado numa honrosa 23ª posição do seu curso. Estranha-se o facto de mais uma vez a escolha recair em laços familiares, uma vez que o Sr. Wilson é compadre do Sr. Menezes de Oliveira. Mas isto são apenas curiosidades do quotidiano do município portossantense.