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Imagem de sábado à tarde: motos, precisam-se. |
ESTES ESTACIONAMENTOS
AINDA ACABAM MAL
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Os estacionamentos que ainda podem dar no porco são estes aqui, nos aposentos da Junta Geral. Os de cima são para se ir conversando. |
Com uma Região finalmente sem problemas, onde o desemprego, a emigração, a pobreza, a exclusão social e as broncas das escolas e dos hospitais desapareceram como por milagre operado no palco do Stablishment Azul, os quadros oficiais e o cidadão vulgar parece não terem olhos senão para os meandros e as peripécias da 'mobilidade'.
Nem sequer estamos a referir-nos à política municipal que está a transformar o Funchal na 'cidade dos triciclos'. Aí já estamos todos percebidos.
Sim, porque: a vereação de Albuquerque pedia aos funchalenses para voltarem à baixa, com a ideia de acabar com a 'fantasmização' do Funchal; no entanto, essa vereação fechava ruas atrás de ruas como se andar numa cidade fosse sinónimo de andar à pata.
A vereação de Cafôfo pede agora aos funchalenses que 'fiquem na cidade' e ao mesmo tempo tira os lugares dos popós para os entregar às motos. Argumentam os municipais (os crânios, não os bombeiros): há parques com milhares de lugares vazios...
Pois há. Mas só faltava este contribuinte aqui ir deixar a carripana num parque da periferia da cidade para depois ir ao Apolo tomar o café ou ir comprar uns sapatos no centro da urbe. Vamos é para as grandes superfícies onde há lugar e lojas para todos os gostos, e o comércio tradicional da baixa que se entenda com o nosso amigo Paulo, que sabe o que está fazendo e obviamente quer ser reeleito em 2017.
Por aí estamos entendidos.
O que nos traz aqui em dia de 'meio descanso' é tentar apelar para o bom senso das pessoas que deixam o carro naqueles estacionamentos do governo ali na Avenida Zarco, nas traseiras da Junta Geral.
Diz que aquilo tem sido um problema diário, com carros particulares dos funcionários oficiais a ocupar as garagens, uma vez que Albuquerque, e bem, acabou com o carrinho oficial à porta de casa dos senhores quadros (só que o vício está a voltar). Então, eles levam o seu próprio carro para lá. Ora, o adjunto de um secretário que chega ao local e vê um carro diferente parado ali, tranquilo da vida, atravessa o seu à frente para não deixar o outro sair. Quando o dono do primeiro chega e se vê preso, toca de fazer o escabeche que se imagina. O adjunto aparece, dá uma descompostura no transgressor, que reage a crescer para o outro valentão, e já várias vezes o desacato físico esteve por um fio.
E mais cenas do género dão-se diariamente. Os outros funcionários que vêem a coisa a aquecer cavam para longe, antes que lhes chegue também um 'cheirinho'.
Vamos lá então agir com calma, senhores. Se lá dentro está cheio de lata, estacionem à frente dos Correios, que aquilo está reservado ao governo - e aproveitem enquanto Cafôfo não dá também a faixa por ali abaixo às motorizadas.
Vamos esperar e ver o que acontece nos próximos dias. Aconselhamos Sérgio Marques, o secretário mais graduado da Junta Geral, a mandar pôr na recepção da casa uma caixinha de primeiros socorros, porque os ares andam turvos.
Reintegração dourada
Entretanto, como já dissemos, os ex-governantes desta terra continuam a receber, às dezenas de milhares de euros, o correspondente às férias não gozadas que nos seus tempos, coitados, não conseguiram tirar, tanto era o trabalho da Junta de Freguesia da Madeira. Retomamos o assunto para perguntar se as outras dezenas de milhares devidas à reinserção laboral dos antigos governantes está a correr nos conformes. Garantiram ao 'Fénix' que há ex-barões a receber de maneira faseada, porque os cofres do Gasparzinho insular estão como se sabe. Mas o que interessa é que esteja tudo a ser pago. O povo madeirense é pobre e passa fome, mas também é honrado e não quer ficar a dever nada a ninguém.
Bom fim-de-semana.