DEBATE DE CANDITATOS: UMA LUFADAZINHA
Como sempre acontece na Levada do Cavalo, o debate não foi comandado pelo alinhamento de ideias, mas pelo cronómetro e pelo martelo. Ainda assim, conseguiu-se vislumbrar qualidades nos participantes e perceber que Zé Manel está de saída do activismo partidário regional, tencionando passar já de seguida a liderança do PP-M a Rui Barreto
No meio de uma corrida eleitoral que tem sido a pior de sempre e que por isso não está a interessar ninguém, o debate desta noite na RTP-M deu o seu arzinho ao arrepio da pasmaceira geral. Sempre que puderam, os participantes explicaram-se bem, com interrupções q.b. entre si para que não se assistisse aos habituais monólogos cada um para si.
Francamente, não nos passava pela ideia que os elementos das diferentes listas, apesar de entre eles haver gente com experiência, se revelariam em boa forma depois destes últimos 15 dias de sonolência.
Claro que não vamos exigir ideias novas numa terra onde elas não são semeadas. Aí a porca continua a torcer o rabo. Também não esperávamos novidades nos temas a tratar. É o que temos.
Do mesmo modo, é verdade que os cabeças-de-lista presentes nos debates deste sábado não chegaram a concluir um raciocínio, porque o pivot do programa não perdeu o costume de cortar as intervenções a martelo. Ou seja, ele não ouve o que os convidados estão a dizer. Se ouvisse, diria lá para si: este parece quase a terminar a ideia e aí vou cortar. Ou então: ele concluiu o raciocínio, agora aproveita para mudar de assunto, é hora de o 'afogar'.
Não, senhores. Gil Rosa tem um relógio de cuco na cabeça que, quando se atinge o tempo previsto para a vítima se calar, o obriga a despachar: Já percebemos o seu ponto de vista, temos de ouvir agora o candidato do...
Claro que o pivot não percebeu ponto de vista nenhum; às vezes o orador está a preparar o clímax do pensamento quando ele interrompe.
Já fizemos barulho noutras ocasiões sem resultado, de modo que decidimos achar isso normal. Assistimos aos debates por respeito aos candidatos, não pela qualidade de trabalho da RTP-Espetada, como sabem.
E então quando o programa se aproxima do fim, é uma humilhação aos convidados dos diferentes partidos. Gil faz as perguntas assim: Estamos com pouco tempo, José Manuel Rodrigues, fale do assunto tal, mas tem de ser rápido.
Efectivamente, quando Zé Manel organiza o pensamento e pelo tom de voz se percebe que vai esclarecer alguma coisa, aí chega de paleio! O pivot, sem pedir autorização nem desculpa, entra a matar malcriadamente, cortando o pio e o fio à meada. E a gente fica sem perceber a ponta de um chavelho da conversa.
Na perspectiva da televisão, provavelmente a coisa esteja a correr bem, porque o tempo foi respeitado.
Nem sequer aparecer um político a dar a resposta adequada numa circunstância destas!
Ao fim e ao cabo, a gente ouve mais o homem da moderação do que os candidatos, de modo que não seria mal pensado arranjar um moderador encarregado de moderar as investidas e as interrupções do Gil.
A novidade da noite foi dada por José Manuel Rodrigues, que praticamente se despediu de nós, madeirenses. Depois do que disse, sem dúvida que se candidatou desta vez para se instalar definitivamente em Lisboa, perto de São Bento, com eléctrico à porta. Então, Rui Barreto terá de se preparar para assumir a liderança do PP-Madeira mais cedo do que estava à espera.
Para sermos francos, já esperávamos. Está mais do que na hora de Zé Manel se livrar deste cenário dantesco que as forças vivas da Madeira padecem há 40 anos. Pode acontecer que Zé Manel não seja eleito para Lisboa, em 4 de Outubro, porque a bola é redonda. Então, que remédio senão ficar na Assembleia Regional, naquelas brigas com Tranquada Gomes, Jaime Filipe, Carlos Pereira, Zé Manel Coelho, enfim, aquela malta que não pára com as piadinhas, cruéis e injustas, sobre o Grupo Sousa, umas boemiazinhas com saias - bom proveito. Mas, mesmo assim, ou por causa disso, Rui Barreto entrará em cena muito em breve, em termos de liderança do partido.
Zé Manel, como vimos esta noite, e apesar de continuar fresco para o combate, está decidido a mandar o activismo de direita passear.
E foi com aquela pressa toda que ouvimos as últimas intervenções dos políticos em cena, os quais, repetimos, foram esclarecedores sempre que apanharam o Gil distraído. Mas não perderam pela demora. Como aconteceu em quase todo o debate, o final foi abrupto. Talvez porque o subdirector-não-subdirector da RTP-Espetada não quisesse fazer esperar os telespectadores sentados no sofá aguardando ansiosamente pelo programa que se seguia: o telejornal. Mais precisamente, a repetição do telejornal que tinha passado na mesma antena antes do debate.
23 comentários:
E o JPP ? A Terceira força politica da Madeira?
O lambe-botas do pivot nao passa de um ignorante com o 5 ano,armado em jornalista.
E o Dossier de Imprensa muito antiguinho -tal como outros- vai ter o Marsilio do JM? Se é para ele dizer o que escreve todos os dias , vai ser uma maçada. Houve uma época boa, quando o Roquelino fazia e o Oliveira do Diário mandava umas boas.
Já agora Senhor Calisto Sabe o que significa JM? Dizem que é do Miguel ou do Marques. ou da Madeira ou da Me...Era bom esclarecer, porque estas interpretações ficam mal, não acha.
Por opção pessoal não assisti a este debate por achar que:a RTP-M tendencialmente tendencioso não pratica os desígnios habituais dum verdadeiro debate em que se esclareça as pessoas do que é essencial do acessório. Mas, em todo o caso, hoje fiz o replay da gravação na caixa Iris do meu fornecedor de cabo para minha informação do que aqui menciona. A conclusão que cheguei, foi puro e simplesmente, que o senhor Jornalista Luís Calisto tem absoluta razão naquilo que se refere e no título e seu desenvolvimento deste artigo. Se nunca tive dúvidas naquilo que escreve, agora mais, fiquei convencido que continua a ser uma fonte credível na informação que omite. Estamos todos fartos destes programas enfadonhos e sem qualquer mais-valia para a democracia.Inovação precisa-se. E já agora, quando se ouvirá a 3ª força política da Região os JPP?
O Gil Rosa é versátil e atualizado. Os modelos dos programas é que são curtos e não deixam margem . Têm de inovar no debate deixando haver um pouco de diálogo, para não ser um tempo de antena senão não há debate. Já em Lisboa é a mesma coisa. Deixem existir uma espécie de fogo cruzado.
Desde o jornalista que é muito fraco intelectualmente e sem formação técnica para os debates a não ser a formação sobre bilhardice, até os intervenientes.´
Nada de novo, nada de pensamento, nada de nada.
Pobre.
Caro Sr.º Calisto, parabéns pelo artigo, sem a sua acutilância e visão o jornalismo , nesta ilha da renovada velha madeira, nada se escreve que desperte a leitura.
Isso é que é inveja do Rosa. Uma classe complicada.
Nesta terra já nada me espanta.O moderador era fiel de armazém.O subdiretor,continuo dos Portos e a cara das noticias(um rapaz com ar de talibâ),muito telegénico e muito dado a fait-divers,nem uma informação sobre futebol consseguia dar em direto na rádio.
Tamos bem entregues.HAJA DEUS
A repetição do telejonal,uma hora depois de ser emitido,não é terceiro mundista.É pré-histórico.há com cada cabeça....
Era bom recordar que o 'velhinho' Dossier de Imprensa foi para o ar, pela primeira vez, em 2005, era então diretor Leonel Freitas. A coordenação era da Jornalista Daniela Maria, com três comentadores: Jornalistas Jorge Luís, Lilia Bernardes e Ricardo Oliveira.
Como se vê as ideais antigas ainda alimentam a RTP espetada, como diz o jornalista Calisto.
TODOS QUEREM SE FIXAR NA CAPITAL ATE PORQUE NA AR DÃ MAIS QUE ALR SO A SENHA DE PRESENÇA VAL A PENA E O ESTATUTO E OUTRO QUANTO AO DEBATE MEDIOCRE É PENA MAS NÃO TEMOS MELHOR POR MIM NÃO VÃO LA.
Isso era um trio de categoria. . Tal como o Dossier de Imprensa a maior parte dos titulos dos Programas de Informacao sao os mesmos ha cerca de 10 anos . A renovacao é pouca
Tv espetada?Nao.Tv agaixada.
Nem sequer soube que havia debate. Que pena! Perdi uma oportunidade única de me deleitar com o brilhantismo da candidata do PSD-M...
E a candidata do PSD nao soube prometer ( Pelos menos prometer ) que os juros da divida da Madeira nao podem ser superiores ao da Republica. Seem reinvindicar e bater o pé, nao vao a lado nenhum
Em que parte da entrevista que o presidente do PP disse que ia afastar-se para dar lugar ao Barreto? Ver para querer! Mas o senhor até se saiu bem no debate com a experiência. Vamos ver noutros orçamentos se vai ter coragem que é algo que devia estar junto da experiência!
Nós só queremos a Sara Madruga, a Sara Madruga, a Sara Madruga. Nós só queremos a Sara Madruga, a Sara Madruga, a Sara Madruga.
Senhora Deputada Sara Madruga não ligue aos comentários. O que importa é que a Dra. representa Santo Antônio e o Funchal e irá representar brilhantemente todos os militantes do PSD da Madeira e todos os habitantes da Região da Madeira. Boa sorte.
Ha cada tontinho com grande lata , estupidez e " Imbecil" aescrever aqui. que nem Uma Luz Na Madrugada o alumia
Ha jornalistas,pivots e moderadores na tv que nao nasceram para aquilo.Muito mau.a rtp m deixou de ser uma vergonha regional para passar a ser uma vergonha nacional.urgente uma mudanca de alto a baixo.aquela direcao,pura e simplesmente,nao percebe de televisao.
Ainda bem que em novembro devera haver mudancas
E a pergunta é: este texto também veio da comunicação de enfiada do CDS!?! Só dá CDS neste fénix com uns cheirinhos de Jppezinhu!
A TELEVISÃO SUSOUSAS,ainda um dia destes, fez uma grande entrevista à administradora financeira do grupo SOUSA.Digam-me lá.Aquela conversa da treta,mal amanhada por um moderador com uma péssima imagem televisa,interessa a quem?
Nao brinquem com agente.O servilismo e a ignorância têm limites.
às vezes dou comigo a pensar se aqueles chefes e diretores jogam com o baralho todo, ou foram colocados lá,para fazer fretes?
Quem muito se agaicha.....
o mais estúpido é que eles acham que a população não está a perceber. Mas alguém vê a RTP Madeira? Vale a pena gastar tempo a ver porcaria? Lá foi o tempo em que estávamos amarrados a um só canal. Parece que eles não entenderam. Mas a administração de Lisboa tem culpa. Aliás, é a unica responsavel por aquilo ter batido no fundo. A noticia está em saber "porquê". Mas jornalismo de investigação nesta terra está de baixa psiquiátrica.
Lisboa,atraves de outros autores,respondera na altura certa e de forma surpreendente,mas a decisao podera gerar muita polemica.tenho dito
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