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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Mundo animal





À ESPERA DO FACÍNORA




É mais um de tantos: há cão abandonado, desta vez no fascinante Vale Formoso. O facínora do dono deve ter passado por lá e, uma vez observados todos os cuidados para não ser visto na prática do acto criminoso, ora bem que é aqui mesmo: toca a 'descarregar' o animal indefeso, deixando-o perdido à sorte da vida na rua.
O facínora que assim procedeu quis lá saber do mal que estava a fazer! O cão dos momentos bons e maus que se desenrasque, e se não se desenrascar que morra de fome e à sede ou atropelado no habitat desconhecido. Os moradores da zona que se danem, que sofram com uma cena diária de fazer rasgar o coração a qualquer criatura capaz de viver em sociedade, a não ser o coração do facínora que praticou a maldade. Quem passa por ali que feche os olhos ou então deixe uns frutos secos no saco de plástico que voa pelo Vale além depois de o cão os ter comido sem grande apetite.
E o facínora feliz da vida, porque resolveu o seu problema sem se dar à maçada de saber se alguém queria ficar com o animal ou como é que podia receber ajuda da SPAD - sociedade já de si assoberbada com idênticas práticas perversas dos facínoras que empestam a civilização do século XXI.
Imigrantes da Síria! Cuidado com os destinos para onde vos mandam. Aqui a cosmopolita 'Pérola do Atlântico' não é lá muito recomendável. A analogia não é ofensiva, creiam.
O cão abandonado continua no Vale Formoso, agarrado, segundo nos explica quem sabe, ao instinto de que ali deve permanecer até que o seu dono facínora o vá recolher. 
Má sorte a de alguns animais domésticos, não terem tino para distinguir as coisas quando caem nas garras de um animal selvagem - como o facínora desta história. Sem ofensa aos animais selvagens.







5 comentários:

Anónimo disse...

Animais maltratados e abandonados é triste. Mas ainda me entristece mais o que acontece às passoas. São abandonadas e maltratadas quando estão doentes. O hospital tornou se uma ante câmara do ciemiterio! E o Sr Calisto só se preocupa
com os cães, flores , o CDS, o JPP. Que tal acordar os madeirenses para a catástrofe do serviço de saúde? Ou acham que basta repetir ad eternum: novo hospital, novo hospital, novo hospital... A saúde é muito mais que um edifício , assim como o ensino não se resume às escolas.

Luís Calisto disse...

Caros Leitores, reparem que o sr. comentador aqui acima diz que se entristece mais com o que acontece às pessoas do que com o que acontece aos animais. Quem havia de dizer!
O sr. comentador acusa-me de dar mais importância aos animais e às flores - o que é redondamente falso. Mas mesmo... Quando pessoas como o dito-cujo, em vez de nos denunciarem os casos de maus tratos e abandono de pessoas de que fala, fica para ali a ver a desgraça, conivente com ela por a calar - como é que vamos falar aqui dessas malvadezas? Adivinhar, só o euromilhões.

Anónimo disse...

Sr Calisto! Tem toda a razão, mas acontece que sou médico, sei bem do que falo e não é do meu interesse profissional e também dos utentes, que seja perseguido ou tenha um disciplinar. Cumprimentos.

Anónimo disse...


Mais um médico agachado sem os devidos no lugar e esperando para no privado faturar o que não consegue no público.
Deves ser um dos que nem horário de trabalho cumpres.

Deves fazer parte daquele grupo de esfomeados pelo poder sem capacidade e coluna para identificares o que dizes.

Aparece.

Manuel Nunes disse...

Quem não gosta de animais, não gosta das pessoas e quem abandona um cão também é capaz de abandonar um ser humano num hospital. É pena que tanto se fale destes assuntos e os mesmos continuem a crescer. O animal enquanto é pequenino e quer brincadeira é só mimos, esquecem-se que os animais crescem e requerem cuidados. Com os idosos é a mesma coisa. Se dão trabalho abandonam-nos nos hospitais.