Televisão

Trabalhadores movem acções

contra a RTP-Espetada

* Para quando uma investigação sobre a genuinidade 

da espetada regional?

Três jornalistas eventuais meteram a RTP-Espetada em tribunal. Catarina Susana Cadavez, David Roberto Teixeira Fernandes e Filipe Alexandre Pestana Gonçalves recorreram à Unidade Central do Funchal com acções de processo comum que falam de valores entre os 17 mil e os 26 mil euros.

Supõe-se que o objectivo final dos três profissionais seja a integração efectiva na empresa. Registando-se uma curiosidade que, atendendo à casa de que estamos a falar, acaba por constituir mais uma anormalidade normal.

É que sempre foi regra interna da casa, por ordem da Administração lisboeta, os profissionais com litígio do género em apreço não fazerem serviços até à decisão do tribunal. Ora, nós não temos visto a RTP-Espetada, por receio de, ao premirmos o respectivo botão do comando, o écran se incendiar por causa das labaredas de tantas espetadas que eles filmam nos arraiais. Mas garantem-nos que os profissionais com acções interpostas contra a estação continuam a trabalhar como se nada existisse de especial.

Aquele Miguel!

Nota - Para o caso de estarmos a ser injustos com Miguel Cunha, isto é, supondo que o nosso Amigo nada tem a ver com estes trânsitos em julgado, vamos deixar-lhe uma dica de possível cacha jornalística para quebrar a monotonia daqueles arraiais televisionados em directo. 

É que os pivots já não sabem como encher chouriço naquelas chouriçadas todas nem têm paciência já para aturar os emplastros dos beijinhos para o Maduro. 

Chouriçadas... aliás espetadas. 

É isso. Já que o governo regional centrou as suas forças na defesa do bolo do caco, para que essa nossa glória gastronómica seja autenticada com certificação cristalina; e já que o mesmo governo regional ordenou implacável protecção à poncha regional, que deve ser com aguardente cá da terra e não com o estrangeiro vodka; pois então poderia ser agendada uma reportagem-investigação a ver se a espetada que a RTP está a levar a todo o mundo por sinais de fumos - na verdadeira acepção da expressão - a ver se é feita dentro das apertadas normas legais estatuídas na Região. Ou se andam a fazer aquilo no micro-ondas para despachar e não na fogueira, se usam o pau de louro ou o espeto de ferro, se em vez de o consumidor comer aquilo com as mãos, o sangue da vaca a escorrer para a camisa, o dito comensal recorre aos profanos talheres, cometendo um atentado à pureza da tradição . 

Fica o alvitre, Amigo.

Nota extra - Caro Miguel, vem aí o 4 de Outubro e uma possível vitória do socialista Costa. Será que os frustrados do costume já te andam a fazer a caminha? Ou está tudo controlado com o teu homónimo dos barcos? Olho no fogão.