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terça-feira, 28 de agosto de 2018


Rui Barreto contesta Câmara de Santa Cruz
na questão das taxas municipais


“Câmara de Santa Cruz deveria era reduzir a carga fiscal e congratular-se com a eliminação de taxas e taxinhas e não se regozijar com a viabilização de mais taxas municipais”

1.      “Santa Cruz já não vive com credores à porta. Santa Cruz pode hoje honrar, atempadamente, os seus compromissos. Santa Cruz pode começar a delinear um plano de investimentos e de intervenção social que tem o cidadão na linha da frente das suas prioridades.”
2.      O trecho reproduzido no ponto 1), é assinado pelo presidente da Câmara de Santa Cruz, Filipe Sousa, e consta do texto que abre a proposta de Orçamento da autarquia para 2018.

3.      Quando o presidente de uma autarquia escreve que “tem o cidadão na linha da frente das suas prioridades”, tem que ser consequente com o que diz e assina. Mas não é o caso.
4.      Vejamos: o presidente da Câmara de Santa Cruz considera em declarações públicas “uma vitória” ter conseguido acolhimento dos partidos na Assembleia da República e formalizado uma “proposta ao primeiro-ministro António Costa e ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, durante uma visita à Madeira”, no sentido de os convencer, a todos, a fazerem uma alteração à Lei das Finanças Locais para que os municípios possam criar uma “taxa específica” para determinadas atividades “com risco acrescido”, no caso concreto de Santa Cruz a taxa municipal de proteção civil. “Foi uma luta ganha”, ufana-se o edil da JPP.
5.      É comum ouvir-se dizer que “nenhum político gosta de agravar os impostos” e naturalmente tudo o que, mesmo ostentando outro nome, vá ao bolso dos contribuintes. Estamos perante uma situação verdadeiramente estranha.
6.       O CDS entende que a Câmara de Santa Cruz deveria era reduzir a carga fiscal no município, aumentando, por exemplo, a devolução da receita do IRS arrecadada, se congratular, isso sim, com a eliminação de taxas e taxinhas, em vez de se regozijar com a viabilização de mais taxas municipais, carregando os orçamentos familiares, retirando poder de compra e qualidade de vida às populações.
7.      A Câmara de Santa Cruz – que tanto elogia as políticas de António Costa e é tão próxima do primeiro-ministro, como é notório nesta questão da taxa municipal e já o foi noutras circunstâncias – deveria saber que o Governo da “Geringonça” já bateu todos os recordes de arrecadação de receita fiscal, apesar de propagandear o contrário, nunca, no país, nenhum outro executivo foi tão longe em impostos indiretos, taxas e taxinhas, política que, pelos vistos, é muito do agrado do JPP e da autarquia de Santa Cruz.
8.      Mais do que influenciar, propor e se congratular com a aplicação de mais taxas e taxinhas, a Câmara de Santa Cruz deveria trabalhar para aliviar o peso fiscal dos seus municípios, a braços com baixos salários e muitos impostos, como é o caso da generalidade dos madeirenses e porto-santenses.  
9.      Devolver mais rendimento às pessoas. É isso que fará o deputado municipal do CDS, Pedro Rodolfo Freitas, apresentando uma proposta para que o próximo Orçamento da Câmara de Santa Cruz passe a devolver 2 por centro da taxa de 5 por cento de IRS cobrada aos munícipes, em vez do atual 1 por cento.  Isto sim, “tem o cidadão na linha da frente das suas prioridades.”

Funchal, 28 de agosto de 2018

O presidente do CDS-PP Madeira


Rui Barreto

5 comentários:

Anónimo disse...

Sem taxas e impostos como é que se governa? O dinheiro dos impostos e das taxas tem é de ser aplicado em benefício das populações.

Anónimo disse...

Este parece os engraxadores de outrora.
Ora estavam em cima da ponte do Bazar do Povo, ora na do mercado dos lavradores
Mais uma estalado com o pano no sapato e já todo negro da graxa, tentavam sacar mais uns tostões ao pobre Povo
Com a sua aparência de sacristão, mas manha de vilão, tenta agradar a gregos e troianos.
Estes políticos são uma praga reles e como se diz em santana são piores que os gafanhotos

Anónimo disse...

Bem visto, um autarca que se congratula com o facto de poder manter taxas sobre os seus municipes e vem para a praça publica dar foguetes. Ao que isto chegou e o povo calado, subserviente. Continuem a votar nestes anjnhos sopinha de peixe.

Anónimo disse...

Imaginem estes senhores na vanguarda da nossa Ilha. Nem quero acreditar nesse cenário

Anónimo disse...

Sim senhor. Para dar ao povo melhores condições é preciso ter dinheiro. O dinheiro tem é de ser bem gasto.