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terça-feira, 22 de janeiro de 2019




22 de Janeiro 2019


Rambo solitário contra o mundo



A fórmula está encontrada: promessas de Saúde e pepsodent às pastas. Um sorriso, um slogan e eis um homem sózinho pronto a vencer o mundo. É curioso ouvir os propagandistas da 'mudança' fazerem gala de afiançar que o sorriso de Cafofo chega para ganhar as eleições. Mais incrível ainda: são capazes de ter razão. Já se viu esse filme nas autárquicas.

No fundo, Cafofo é um Rambo como o do cinema. Apoiado por uma grande produtora e com o marketing certo para chamar espectadores. Com vista às regionais de 22 de Setembro, ele sabe que vai contar com a máquina infernal de António Costa, que aposta 10 vencimentos de primeiro-ministro numa vitória fora de casa. O que é absolutamente legítimo. 
Cafofo também conta com gente para as listas. Só que não as deixa aparecer na fotografia. Faz bem, cá para nós. Pelo menos enquanto não garantir quadros políticos credíveis, materialização que já tarda.
Uma campanha eleitoral precisa de ser tratada com pinças. A pensar no efeito de cada palavra 3 ou 4 curvas depois.
Os papagaios socialistas censuram o PSD-M por ter rebuscado agora velhos barões. Pergunta-se: quem é que o PS-M tem para mostrar, que não se vê ninguém?
Ouviu-se que o discurso de Albuquerque no congresso foi ofuscado pelo de Jardim. Quem é então que o PS - ou outro partido de oposição - tem nas suas fileiras que, em situação idêntica, não fosse ofuscado pelo antigo e corrosivo agitador da Tabanca?
Repete-se muito que Albuquerque não mostra ideias. Mas que ideias tem apresentado o PS, a não ser uns lugares-comuns trazidos por continentais às convenções?
Fartam-se de diabolizar a Saúde na Madeira quando o seu sistema predilecto, vigente no Continente, é um filme de terror em cartaz permanente!
Prometendo o outdoor de propaganda de Cafofo 'mais Saúde', terá ele a consciência do que poderá acontecer se lá chegar daqui a 8 meses e depois não houver melhorias sensíveis? Ou repetirá a estafada táctica de dizer que as listas de espera vêm de trás, que as altas problemáticas foram criadas pelo Albuquerque e que não pode resolver em dois dias problemas com 40 anos?!

Além dos espalha-brasas deslumbrados, o próprio Cafofo precisa de tento na língua. Não é dizer de manhã que vai fechar a Fernão de Ornelas para de tarde admitir que talvez deixe a rua como está. Não vale apregoar frontalidade e diálogo e depois fugir às responsabilidades, recusar responder no parlamento e inculpar os próprios colaboradores das mortes no Monte, derrube de árvores e por aí acima. Não é criticar o barulho que o governo de cá põe nas relações com António Costa e depois anunciar que vai a Lisboa dar murros na mesa. 
Não digo que o 'solitário' Cafofo dos cartazes vá perder as eleições. A estratégia da Saúde e do sorriso pode muito bem resultar. O candidato favorito de Lisboa tem um trunfo para tirar força à euforia emergente do congresso laranja. Quando ele anunciar a sua filiação no PS, de certeza que mobilizará mais socialistas e mesmo simpatizantes em geral. Um ânimo aos apoiantes directos, ao partido e principalmente à candidatura. 
Só uma observação. Continuar a fazer de Rambo pode vir a dar torto. Toda a gente sabe que o Stallone é forte no cinema, um herói reflectido na tela. Na hora da verdade, já vimos os rambos do terreno a fugir desordenadamente do Vietname e do Afeganistão. 

14 comentários:

Anónimo disse...

Mas o cartaz que me deu mais vontade de rir foi o cartaz que diz " Unir as pessoas"! Ora, o prof. mentiras desde que chegou à CMF em 2013, o que mais fez foi desunir as pessoas e coligações que o levaram ao colo! Digam-me lá se isto não é de se rebolar a rir no chão? O slogam perfeito seria: Quer desunião e confusão na Madeira? Aposta no cafôfo!
Quer presidente com amnésia? Aposta no cafôfo! Quer presidente troca-tintas? Aposta no cafôfo!

Anónimo disse...

A saúde é o assunto que mais campo de acção dá a qualquer demagogo. É dos livros. Toca às pessoas. Aos que precisam de cuidados, aos que vão aos hospitais, às urgências (com urgência ou se urgência nenhuma), aos centros de saúde, aos que esperam por uma consulta, uma intervenção cirúrgica, etc.
É o campo predilecto para a demagogia eleitoral, de quem na oposição quer atacar um governo.
E nem precisa de apresentar um caderno de encargos para resolver os problemas do sector, e ainda menos, onde vai buscar dinheiro para os resolver. E também o povo não exige essas respostas, porque como só lê os títulos das notícias que acompanha dia a dia no facebook e afins, não se questiona com sentido crítico como é que os que se opõe aos governos pretendem solucionar os problemas do sector, e com que meios.
Isso não interessa, porque o eleitor fica pela rama. Fica-se pelo acessório sem ligar ao conteúdo.
E, mesmo que a nível nacional a saúde esteja num estado mais grave do que na Madeira, e que tal situação nos entre todos os dias através dos telejornais, para o eleitor madeirense isso pouco importa. Isso é lá com eles. Não é aqui.
E sabe-se que um dos grandes problemas é a falta de recursos humanos, que não são renovados porque o Orçamento não foi dotado para tal, e porque isso é encarado como aumento da despesa, e o nosso Ronaldo das finanças não pode suportar uma mancha dessas no seu currículo. E assim, os que se reformam, os que emigram, ou os que passam para o privado não são substituídos.
Outro problema na saúde foi a irresponsável diminuição das 40 para as 35 horas. Reduziu em 12,5% de tempo disponível à mão de obra existente, sem qualquer aumento de recursos humanos que pudessem colmatar tal medida.
Estas questões condicionaram os sistemas de saúde, que viram aumentar exponencialmente os tempos de espera, para consultas ou cirurgias.
E as faltas hospitalares, logísticas e de medicação, para além de esbarrarem com os sempre demorados procedimentos administrativos, esbarra nos orçamentos existentes.
E de nada vale sequer demonstrar que na Madeira, o valor alocado à saúde é maior, quer em percentagem do PIB, quer per-capita.
Isso não interessa para o eleitor. Está mal porque está mal.
Virá algum candidato ou partido resolver todas estas questões?
Não, não virá.
A questão é de fundo, não se resolve com paliativos, mas com a injeção de meios financeiros que permitam contratar os meios humanos necessários. E, uma agilizacão administrativa que permita um mais célere fornecimento logístico.
Mas como digo. Nada melhor que a saúde para dar largas à demagogia.
Quanto a soluções e como as implementar e com que meios, aí nada vemos.
As promessas são "melhor saúde para as pessoas", mais uma série de banalidades, e ficamos por aí.
Nada muda.

Anónimo disse...

Comentário 6:47 é a verdade... PS e o Prof. Cafofo É ISSO TUDO...

Anónimo disse...

Melhorar com mais saúde…
Mas depois de tantos murros na mesa, querem abater o hospital da Cruz de Carvalho e dos Marmeleiros em troca dos 50% do hospital novo…
Tristeza

Anónimo disse...

E não são poucos os que o Prof. Mentiras tem para curar. O Tolo do Norte, o Primeiro Damo, o Picareta, o Actor Porno, mais toda uma chusma à procura de tacho, se a situação mudar.
Nem vai dar o stock de pastilhas rennie quando virem que os tachos a ser dados, são para boys e girls que virão de Lisboa, se a coisa desse para o certo.
Ainda seriam precisas mais pastilhas do que aquelas que gastarão após a derrota nas regionais. Porque isso sempre se cura com um cruzeiro organizado pelo Caldeira e a Popota.

Anónimo disse...

O que pensaria o saudoso Paulo Martins da estratégica colocação da imagem da D.Guida Vieira debaixo da asa direita do Professor Mentiras nestes cartazes do PS?

Anónimo disse...

Pior do que está a saúde de certeza que não haverá e não é por acaso que o Jornal do Regime o JM um dia depois vem com uma primeira página tentar branquear o que está a vista de todos e não somos tolos como nos querem passar esse certificado.

Anónimo disse...

09.49
Distribuindo melhor o dinheiro dos nossos impostos e não dando os tais 21 milhões a um clube de futebol que esse sim construiu com o nosso dinheiro um (verdadeiro hospital)

Anónimo disse...

Das 11.58, pode-se cortar em todas as rubricas para transferir para a saúde.
É preciso é quantificar quanto se corta, onde se corta, e aquilo que se corta, que efeitos produz onde se corta.
Medidas simplistas, são boas para a mentalidade popular, mas não resolvem nada.
São como a aspirina. Pode melhorar mas não cura.
E, como se prova pelo comentário das 11.50, só interessa o que cá se passa. A nível nacional..., isso é lá com eles.
Não falhei no diagnóstico.

Anónimo disse...

Este artigo está simplesmente genial. Parabéns amigo Calisto

Anónimo disse...

O Cafofo está a se transformar numa miss oca, vazia e mesmo careca parece que tem uma cabeleira loura.

Anónimo disse...

Já me ri com este artigo tão bem feito, para mim não é Rambo mas um toco de bananeira.

Anónimo disse...

Este Governo do PSD em Setembro vai entrar em quarentona porque pior nem o Manuel das Meias se consegue fazer.

Anónimo disse...

Ó das 13.57, os teus estados de alma e ódios pessoais toldam-te o raciocínio, que já de si não é grande.
Porque se pensares no desastre total em que está o Serviço Nacional de Saúde, pedias ao Meias para ir para ministro da saúde.