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domingo, 27 de janeiro de 2019






27 de Janeiro 2019



Adversário de Albuquerque

já calçou as luvas



Homem de Gouveia-Lusa

António Costa mandou bugiar a 'coesão territorial' mais o cliché 'Madeira é Europa' e aproveitou a passagem pela Ponta do Sol neste domingo para desafiar Miguel Albuquerque. Desfez as dúvidas a alguns mais renitentes. Será realmente ele, chefe nacional dos socialistas e primeiro-ministro, a disputar as eleições regionais de 22 de Setembro, se bem que, por imperativos constitucionais, o faça por intermédio de um representante, Paulo Cafofo, que nem sequer é militante do partido.


Costa mostrou como ser criativo na oposição ao líder do PSD madeirense, pegando por uma fragilidade do rival - o azar que Miguel tem à assiduidade. O chefe do governo regional já reagiu a Costa, desvalorizando a importância da reunião das RUP invocada pelo adversário e na qual não pôs os pés. Mas fica sempre no ar a dúvida: será que o nosso Blue, em vez de ir à Europa caçar euros para a nossa falida Região preferiu ir ao Alentejo ou a África caçar leopardos ou gambozinos? Atenção que o nosso Primeiro reparou e registou da gazeta do Blue!
Uma coisa é certa: António Costa assumiu desassombradamente estar obcecado pela Madeira, ou mais precisamente obcecado por uma vitória na Madeira. E irá até onde for preciso pela Madeira, isto é, fará o que preciso for por essa mudança regional que falta aos quase 50 anos de democracia em Portugal. Objectivo político mais do que legítimo.
O plano do nosso Primeiro não é nada que os mais atentos não tivessem já vislumbrado nas atitudes dele, Costa. O sagaz socialista que de uma golpada pôs Seguro fora da política e depois chegou a primeiro-ministro sem ganhar eleições já percebeu perfeitamente os meandros do panorama regional em matéria de eleições. Ele sabe que é perigoso confiar apenas no desejo, aliás natural, que o eleitorado madeirense tem de mudança. Percebeu que é preciso dinamizar esse mesmo sentimento para que a tão apregoada 'bola de neve' socialista se avolume. A realidade é que o discurso vago, redondo e vazio de Paulo Cafofo não chega para derrubar o velho-novo PSD. Cada um é como cada qual. Assim como, por si só, não vai a lado nenhum a indesmentível abnegação do presidente do PS-M Emanuel Câmara, que não se consegue soltar do "chegou a hora de acabar 40 anos de PSD" e "eles estão nervosos e o PS vai ganhar". Muito pouco. O princípio de Peter é impiedoso. 
Ainda por cima, começa a ser dramática a inexistência de uma mobilização de nomes credíveis que dêem consistência ao projecto, mesmo atendendo a que faltam 7 meses e pouco para o dia do juízo final. 
Há europeias em Maio, que não terão resultados decisivos, mas funcionarão como importante projecção para os actos eleitorais seguintes. O tempo urge.
Com uma reconhecida noção dos timings, António Costa apresentou-se ontem ao estilo de um Muhammad Ali ou de um Mike Tyson em conferência de imprensa pré-combate, a desafiar e a desmoralizar o adversário. 'Estou obcecado, sim senhor, e vou até aonde for preciso' - declarou, disparando logo um gancho de direita às contradições de Albuquerque no capítulo de quem faz o quê pela Madeira, neste caso na esfera dos lóbis europeus.
Ponto da situação: Albuquerque sabe desde ontem que não vai continuar a socar o adversário do Funchal para Lisboa impunemente, sem apanhar o troco. António Costa está "obcecado" pelo sonho de meter a Madeira no mapa cor-de-rosa e, político astuto que é, já deve conhecer mais pontos fracos do adversário onde bater com eficácia. Galvanizado pelas palmas dos PSoas madeirenses e pelo cargo de primeiro-ministro, Costa deve sonhar com uma vitória histórica, se possível por um KO bem aplicado ao Laranjal, prevendo-se um assédio sem tréguas ao canto do rival.
Os dois combatentes estão em ringue. Costa terá no seu canto Emanuel, Cafofo e Victor. A viagem Santa Catarina-Funchal no sábado simbolizou a hierarquização da equipa, com a vedeta continental refastelada no banco traseiro, tendo ao lado o seu 'duplo' para os cartazes de propaganda, Victor à frente ao volante para abrir caminho e Emanuel no papel de pendura sem carta.
Chegámos ao ponto do 'seja o que Deus quiser', que na gíria futebolística se traduz por 'cada um ao seu e o resto ao ataque'.
Não tenhamos ilusões: temos no terreno uma inédita e encarniçada batalha eleitoral Funchal vs Lisboa.

21 comentários:

Anónimo disse...

Esta invasão cubana é uma vergonha, os madeirenses darão a resposta aos impostores.

Anónimo disse...

E uma questao de tempo ate o Costa se espalhar, so nao sei se sera durante 2019.

Anónimo disse...

"nosso Blue, em vez de ir à Europa caçar euros para a nossa falida Região preferiu ir ao Alentejo ou a África caçar leopardos ou gambozinos? "

•••se abdicar da caça aos animais será o"dois em um"...haverá mais disponibilidade para caçar euros … os animais e quem os defende agradecem...

Anónimo disse...

Há gente que nasceu para ser criado dos senhores de Lisboa, e não temos que levar a mal, cada um escolhe como gosta de se vergar aos poderosos! Eu prefiro andar com a coluna direita, e não tenho jeito nenhum para o baile curvado, ou o baile escravo!

Anónimo disse...

Falando de algo de concreto
que efetivamente é o que interessa ao Ze povinho . Que maquilagem é aquela que o GR está a fazer na Fundação Joao Pereira na Ponta do Sol??? Fez parte do programa do GR 2005-2009 a construção de um lar e centro de dia naquele local, Vila da Ponta do Sol . ...o FESTAS tanto distorceu que rebentou com tudo impondo as suas idiotas ideias! Uma empresa falida não dá conta do recado nem que seja uma simples maquilagem...

Anónimo disse...

Dava-me bastante jeito que Costa quisesse mesmo lixar o PSD-M. Uma série de denúncias criminais contra altos dirigentes desse partido teria outro tratamento. Eu e a população teríamos a Justiça que desejamos, e Costa teria o PSD-M completamente queimado (e até talvez o PSD nacional bastante chamuscado).
Ainda por cima, Costa, perante a opinião pública, teria as "mãos lavadas" por semelhante lixanço.

Anónimo disse...

Então era isso, termos um "Monhé/Caneco" a mandar na Madeira.

Anónimo disse...

Trm razão.o Rio na semana passada e esta o Costa.

Luís Calisto disse...

Bom dia. Há comentários não activados por conterem expressões racistas, contrárias ao espírito do Fénix e seus Leitores.
Obrigado.

Anónimo disse...

Calisto,

Concordo com a sua análise por inteiro. Mas há uma nuance que não devemos esquecer, e que poderá dar os seus frutos.
António Costa veio no fundo fazer um favor ao PSD-M. Veio mostrar aos madeirenses que o combate é entre ele e Albuquerque. Veio dar razão ao PSD-M e ao seu líder quando este afirma que a luta é contra Lisboa.
Costa confirmou esta teoria, podendo o PSD-M reforçar a campanha do inimigo externo, que tanto Alberto João usou, tal como Pinto da Costa o fazia e faz continuamente no mundo do futebol. E é coisa que dá frutos eleitorais.
Costa não só confirmou que é o líder do PS-M às regionais de setembro, como já deu trunfos ao PSD-M ao se meter naquela trapalhada sobre a não presença de Albuquerque numa reunião em Bruxelas. A explicação foi rápida e concisa, e a mensagem de Costa não passou. A confirmá-lo está o facto de não ter sido notícia de capa do DN em letras garrafais. Foi um tiro ao fundo, sem atingir o inimigo, e apenas serviu para consumo interno de uma plateia, com a presença de um protestante, o sempre eterno Coellho.
António Costa foi com certeza recebendo os relatórios durante os últimos anos, do diligente Iglésias. Percebeu perfeitamente que tem um candidato plástico, sem pensamento nem substância. Deu o tempo necessário a Cafôfo para este se afirmar, mas o candidato não passa daquilo. É candidato para a fotografia, diz umas generalidades ao alcance de qualquer um, entra no eleitorado pouco exigente e que se satisfaz com quem diz mal do governo e da governação, mas não passa disso. Até a criticar Cafôfo é fraco. E Costa sabe que na campanha haverá contraditório, debates e discussões. E aí não confia no candidato. Até porque este tem uma fraquíssima equipa à sua volta. Ninguém que por si só permita ao PS-M ter resultados significativos que levem a apear o PSD-M do poder.
Sendo um homem realista, Costa sabe que Emanuel, Victor e quejandos não ganham sequer uma eleição para a direção de um grupo de escuteiros.
Os pesos pesados do PS-M não se metem nesta história, e terão uma participação simbólica nas campanhas. Mas não se metem ao barulho. Têm os seus negócios a fazer e não há ideologia nessa coisa. O jovem Trindade apoia na medida do possível, que é pouca, e não se quer comprometer em demasia, não vá a coisa dar para o torto e comprometer as suas ambições futuras.
Assim, Costa foi obrigado a "pegar o torno pelos cornos", para satisfação de Iglésias que assim pode justificar a sua existência na região, e ir combinando mais umas primeiras páginas do DN.
A campanha será esta.
Costa contra Albuquerque, e PS e secretário-geral contra PSD-M. O PS-M e Cafôfo que aproveitem a onda. O chefe de Lisboa fará o trabalho difícil, deixando-lhes a papinha feita.
Albuquerque agradece. Confirma a teoria do nós contra Lisboa, e enquanto o primeiro-ministro não resolve dossiers importantes e que mexem com os madeirenses, haverá sempre pano para mangas.

Anónimo disse...

O que tu preferes é que os madeirenses se verguem aos teus interesses.

Anónimo disse...

Como dizia Alberto João Jardim, aqueles tipos lá de Lisboa são uma tristeza, realmente tem ou teve toda a razão, os senhores do PS são uma tristeza, o Emanuel baralho-se no discurso, o Cafofo foi assim assim o Costa o ressabiado, desejando de ter poder na Madeira.
Esperemos que o PSD e o CDS, não facilitem porque as maiorias já vão longe, vamos aguardar e ver no que vai dar.

Anónimo disse...

Força Cafofo! Eu quero-te ver à frente do Governo para castigares bem a vilhoada, a populaça merece mais uns anos de anarquia para a aprender...

Anónimo disse...

Voces madeirenses que estão constantemente a nos denegrir e chamar de Cubanos não sei porque desembarcam sempre em Lisboa. Lisboa não presta é contra a Madeira e vem sempre para cá. Muito bem poderiam ir para Marrocos que até fica mais perto e não por estes lados!
Deveria ser criada uma Taxa de Salubridade a ser aplicada quando cá colocam os pés pois para retirar a sujidade tem despesas e estão a sobrecarregar novamente os impostos daqueles a quem vocês cospem no prato em que comem.

Anónimo disse...

Ó das 12.44,
Para parvo só te faltam as penas. Quem confunde combate político com ataques de índole pessoal, está de facto a necessitar de um exame de "salubridade" mental.

Anónimo disse...

Cada vez mais estão a dividir Portugueses de Lisboa e Portugueses da Madeira. Por ter estudado nas Universidades Portuguesas hoje eu tenho mais amigos do Continente do que da Madeira onde resido e nasci.
Essa cassete e disco já está riscado. Não nós virem contra os Continentais porque na:
Madeira há bons Madeirenses mas muitos Maus Madeirenses e isto num rochedo com apenas 250.000 habitantes que se cruzam diariamente.
Muitos dos nossos habitantes especialmente os políticos desta terra devem realmente ser discípulos de Marroquino.
Esta divisão só nos empobrece e diz aquilo que somos pois afinal não somos um Povo Superior antes pelo contrário.

Anónimo disse...

Ó das 16.11, eu estudei em Lisboa, trabalhei em Lisboa, tenho ascendência familiar do norte do país, onde tenho familiares, e amigos que fui fazendo ao longo da vida.
Nenhuma destas premissas me faz no entanto deixar de reivindicar como madeirense, e mesmo que daqui não fosse natural mas residente, aquilo que é de lei é aquilo que é justo.
Nunca reivindicarei mais do que temos direito, nem nunca reivindicarei nada que seja injusto, relativamente aos outros portugueses que vivem no continente. Pelo contrário sou defensor dos direitos dos cidadãos do interior.
Tudo isto não invalida que tenhamos na república um governo que não cumpre nem resolve alguns problemas que afectam as populações insulares.
Isto não é guerra dos de cá contra os de lá.
É apenas luta política contra um governo centralista que não se interessa em cumprir as suas obrigações constitucionais com as regiões autónomas. É tão só isso.
E essa luta, nada tem a ver com os meus amigos e familiares que vivem no continente.
E o que nos empobrece é a mentalidade subserviente de tudo aceitar, inclusive o desrespeito pelos nossos direitos constitucionais.
E nunca superior, mas também nunca inferior.
E de cócoras nunca.

Anónimo disse...

09.50
Onde está e para que serve a dita Autonomia
Onde está a ser usado o dinheiro dos nossos impostos e que cá ficam na totalidade mais os 500 milhões que para cá vem do OE.
Pedir uma vaca a quem tem meia dúzia de bezerros é demagogia e bairrismo. Para termos razão nas nossas pretensões não precisamos de Mercenários destacados pagos a peso de ouro que vem para cá dar o dedo e incentivar racismo. Temos é de ser muito mais poupadinhos e não ser despesistas como o SR secretário o Milhão. Se o meu Pai não tem possibilidades de me dar um Mercedes e tem muito mais irmaos do que eu não posso e não devo massacra-lo constantemente com desvarios para o meu burgo.

Anónimo disse...

Ó 500 milhões das 14.12,
Já te expliquei as contas do orçamento, as transferências do OE para o OR seguindo a Lei das Finanças Regionais, da segurança social, etc, etc.
Não entendes, ou não queres entender. Isso é problema teu.
Mas estar a repetir as mesmas explicações é, como já te disse, malhar em ferro frio. E a frio, o ferro não altera a forma.
E eu não sou masoquista.
Se o senhor teu pai não te dá o Mercedes porque "ele tem muito mais irmãos", mesmo que tivesse possibilidades se calhar não daria a quem não sabe a diferença entre tios e irmãos. Pede ao teu pai que te explique.

Anónimo disse...

12.17
Será que conheces o teu pai verdadeiro ou apenas aquele que paga a profissão de mercenário.

Anónimo disse...

Ó das 13.09,
A resposta merecida, o Calisto não a publicou.
Assim sendo, apenas te tenho a dizer que voltes para a árvore de onde nunca devias ter descido.
Quando à falta de argumentos, respondes com ofensas baratas, apenas expões aquilo que és.
Um verme nojento que acha que é com tentativas de ofensas que ganha uma discussão. Mas és o que és, e isso com certeza o teu pai não merecia.
Mas quando conseguires escrever demonstrando a diferença entre tios e irmãos, por mim volta sempre.
A imbecilidade fica-te sempre colada, confirmadando assim, aliás, a tua história dos 500 milhões.
Vê se cresces.