Powered By Blogger

terça-feira, 27 de março de 2012

Estilhaços de Madeira

Derrocada do aparelho laranja

DR. MARCELINO TAMBÉM EM DESGRAÇA PERANTE JARDIM



Lá se foi o tempo em que Marcelino tratava dos ossos de Jardim quando o chefe era rasteirado pelo 'John' Walker e daí a sua importância no aparelho, que o levou à Junta de Santo António. (Foto Rui Silva)


Marcelino Andrade, um dos médicos de Jardim, além de operacional do partido laranja, continua caído em desgraça política. O líder do PSD-M e do governo alega só agora ter conhecimento de procedimentos do colaborador que, ao que apregoa, não lhe agradam de todo.
Segundo ouvidores de Jardim, o chefe zangou-se solenemente ao saber que Marcelino foi durante uns 3 anos detentor de uma avença da Empresa de Electricidade sem praticamente ter lá posto os pés nesse período.
Marcelino Andrade, também médico da Câmara do Funchal, terá sido obrigado pelo Tribunal de Contas a repor verbas recebidas das empresas que lhe pagaram avenças por serviços alegadamente não efectuados.
Jardim afiança que desconhecia tais situações e marginalizou o ex-amigo, privando-o das actividades político-partidárias onde se movimentava.

Candelária, ao sentir a situação "preta", saiu pelo seu pé e auto-exilou-se algures. (Imagem Google)
O médico passa a integrar assim o grupo de saneados que o chefe continua despachando para o deserto da política regional.
António Candelária, operacional da máquina partidária desde os primeiros tempos do PSD-M, foi o primeiro a ser levado nesta vaga de limpeza. No meio de mil episódios e boatos ainda por apurar, auto-exilou-se. Várias histórias se contaram com a sua prolongada ausência no Brasil, mas o homem já está de volta. Sem proximidade, todavia, aos trabalhos inerentes à vida partidária.


"Machadinho" nos seus tempos áureos em que tanto Jardim como Jaime Ramos não dispensavam os seus préstimos para todas as missões partidárias. (Foto Rui Silva)


Carlos Machado, popularmente conhecido por "Machadinho", caiu por sua vez em desgraça perante Jardim depois de quase três décadas como adjunto da presidência. O chefe sempre elogiou o trabalho de "Machadinho" na sua tarefa promordial de "saber o que é preciso da vida seja de quem for e em tempo recorde". Porém, nos últimos tempos, as relações entre ambos degeneraram. O presidente do governo, alegando terem-lhe chegado ao conhecimento comportamentos empresariais obscuros do seu colaborador, à custa da posição que ocupava, pô-lo fora da Quinta das Angústias.


Mina de negócios

Para lhe atenuar o trambolhão, mandou que Jaime Ramos lhe arranjasse lugar na Fundação Social Democrata. O problema é que, agora, trabalhando para o partido (pelo menos teoricamente), "Machadinho" continua a receber o seu vencimento oficial de adjunto da presidência, em prejuízo dos contribuintes. O presidente tem poderes para contar com adjuntos fora da presidência, mas pagar para queeles fiquem no partido não parece "muito legal". Imoral é, seguramente.
Segundo ouvidores de Jardim, "Machadinho" irritou o chefe ao ligar-se, entre outros negócios em que beneficiou do seu posto político, a um empresário camachense na construção do imóvel da Rua do Carmo onde esteve instalada a Unibasket - Exportadores de Cestos.
Outra acusação comprometedora para "Machadinho", a correr nos círculos de Jardim, é que o chefe, desolado com a inoperância do edil Arlindo Gomes na questão dos terrenos a expropriar em Câmara de Lobos para obras públicas, encarregou o então adjunto de lá se deslocar em busca de soluções. E o que encontrou foi uma mina de negócios, segundo garantem antigos parceiros de "Machadinho" nas lides partidárias.

Sem comentários: