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quarta-feira, 28 de março de 2012

Politicando

JARDIM NÃO GOSTA DE VER CARROS OFICIAIS CHEIOS DE COMPRAS
...E VAI ASSUMIR O PAPEL DE CHEFE DE PRAÇA



O "rei das Angústias" insiste: direito a carro, só ele e os secretários.

O patrão do governo regional não gostou de ouvir dizer que há carros oficiais a servir, dissimuladamente, para transporte de compras do supermercado. Esse e outros 'carunchos' do género de que alguém anda a incumbir a frota do governo levaram o chefe a reforçar a sua disposição: será ele próprio a fiscalizar, com gente da sua confiança, os itinerários dos carros pretos pagos pelo povo.
Jardim, também neste pormenor, afirma-se estupefacto com os hábitos criados na Região. Um desconhecimento que só pode ser explicado pelas suas assíduas e prolongadas ausências da Madeira - dizem oposicionistas.
Para começar, o chefe decidiu que só os secretários regionais terão direito a carro permanente. Do resto da nomenclatura, cada um deve requisitar viatura quando o serviço o justificar - mas tudo muito bem fundamentado.
O povo espera que o presidente fiscalize também com todo o rigor as despesas reportadas ao contribuinte em tempo de férias de Páscoa e de Verão de que são beneficiários alguns quadros da administração - falamos de férias douradas nas nossas casas do Porto Santo, claro. E devem ser fiscalizadas, igualmente, as despesas relacionadas com as deslocações oficiais a Bruxelas, mesmo sabendo-se que a União Europeia paga as viagens ao titular e até a uma assistente, caso o dito titular o requeira.
Moral da história: Jardim resolveu apertar nas despesas supérfluas, as dos outros, e vai orientar pessoalmente a fiscalização dos quadros administrativos.
A troika e Vítor Gaspar naturalmente apoiarão o político madeirense.
Mas a reviravolta na dita administração não se fica por aqui. Ao fim de 30 anos, o inquilino das Angústias acreditou nos que chamavam as atenções para a falta de um rigoroso levantamento do património da Região. Daí que só há bem pouco tempo, como já murmuram os ouvidores da presidência, o chefe tenha dado ordens para um rigoroso cadastro a esse nível... para o que se tornou preciso operar uma formação que habilitasse os quadros a uma tarefa que deveria ser corrente e banal. A partir de agora, talvez se saiba que prédios e bens afins pertencem à Região.
No final de contas, Jardim apostou em como consegue acabar com as despesas que, a seu ver, são inúteis. E ao mesmo tempo desmentir a ideia de que ele já não manda nada na tribo. Tanto manda que vai encabeçar a gestão regional em tempo de contenção.

Jardim e Jaime Ramos hoje, Manuel António e Jaime Filipe amanhã


Mas, quanto a mandar ou não mandar, um dos ouvidores do presidente observa: "Ao contrário do que a oposição diz, é ele (Jardim) quem ainda manda nisto e os militantes um dia vão votar, para lhe suceder, naquele que ele indicar. Ele e o Jaime continuam com isto tudo na mão, apesar de o Miguel de Sousa andar a mostrar os dentes nos últimos tempos, para dizer que tem influência no partido."
E a rematar: "Vejam quem é que entrou para o conselho nacional do PSD, agora no congresso, além da Rafaela Andrade, que ficou no conselho de jurisdição. Um foi o filho do Jaime. E outro o Manuel António, que o Alberto João, de viva voz, conforme ouvi no local, apontou como seu sucessor."

(Imagem Google)

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