LABORAÇÃO DA CANA EM BOM RITMO... E SOFREM SEMPRE OS MESMOS
A laboração da cana-de-açúcar entrou na segunda semana, com o engenho da Calheta plenamente ocupado. As safras apresentam qualidade e quantidades agradáveis. E, como desde tempos imemoriais, quem menos ganha com o processo é o agricultor.
Contrariamente à tradição, nem sequer são os engenhos a devorar actualmente a parte de leão dos lucros. Os produtores queixam-se da brutalidade dos impostos - sobre o álcool, IVA que ainda por cima aumentará brevemente, careza dos adubos.
Se a indústria se mantém - dizem quadros do sector - é porque os agricultores e produtores conservam o seu espírito de sacrifício e os engenhos funcionam com administrações ligeiras. No dia em que decidirem criar máquinas burocráticas mais caras, a saída é fechar as portas.
Então quem ganha com a histórica actividade?
Quem cobra os impostos, evidentemente. Ou seja, o governo. Isto é, quem deveria incentivar o sector em vez de o penalizar.
Parentes pobres do açúcar, sempre os mesmos, os que trabalham na terra. |
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