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domingo, 25 de março de 2012

Politicando

LARANJAL DESMONTOU A FEIRA, MAS AS BOJARDAS ILHOAS CONTINUAM




Enquanto Pedro Passos Coelho tentava conferir algum sentido de Estado à sua última intervenção no congresso do PSD, em Lisboa, o chefe do governo das Angústias continuava com as atoardas, de regresso aqui ao burgo.
No Pavilhão Atlântico, o líder nacional daquele partido e primeiro-ministro despedia-se da feira com apelos à participação de todos, sejam de que partido forem, no trabalho que entende necessário para recuperar o país. Passos contrariava assim a velha tese que Jardim voltou a referir em Lisboa como um disco riscado: até nas câmaras e juntas de freguesia quem deve mandar é o partido que ganha as eleições, sem qualquer representação das minorias.

Já pelas aldeias da sua praia insular, o chefe regional desmentia ter convidado Sérgio Marques para candidato à Câmara do Funchal, atribuindo tal "mentira" ao Diário. É típico da personagem em questão: lança bojardas pela boca fora e, quando dá para o torto, alega que foi o Diário a inventá-las.

Mas, ainda que a candidatura do ex-eurodeputado fosse verdade por fundamentar, a realidade é que o grande chefe se vê entalado na bicuda questão autárquica funchalense, criada com o termo de mandatos de Miguel Albuquerque. Os deputados preteridos, se Sérgio avançasse, incluindo Bruno Pereira, dizem-se apostados em concorrer à Câmara como independentes, contra a candidatura do PSD - mesmo sabendo, naturalmente, que os estatutos lhes determinam a expulsão do partido.
Que fará Jardim? Nova depuração a quem o desafia, como fez em tempos em vários concelhos da Madeira?

As eleições autárquicas no Funchal prometem. Porque o "rei das Angústias" também terá de contar com uma oposição naturalmente tonificada com a derrapagem vertiginosa do laranjal nos últimos tempos e que tende a se agravar.
Parecendo que não, os tempos mudam. E se mudarem para melhor, de um ponto de vista anti-Jardim, não é por qualquer mérito do povo interesseiro, mas em resultado das tricas entre tubarões.

O fim do reinado jardinista parece ter já teatro marcado: a Câmara do Funchal.

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