Powered By Blogger

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Politicando



ALBUQUERQUE LIBERTA-SE DE ESPINHOS



As rosas da Quinta do Arco amansaram, graças ao BES.


Miguel Albuquerque tem todas as razões para continuar a manifestar boa disposição. À medida que caminha para a disputa no terreno da liderança do PPD-Madeira, vê desaparecerem os espinhos que lhe apareceram sucessivamente na carreira.
A sondagem desta quinta-feira no DN, a confirmar que a velha popularidade se mantém e até reforça, calha bem na presente situação do presidente municipal.

Faz tempos, Albuquerque libertou-se do espinho Jardim. Quando reparou que não tinha de se intimidar com quem quer que fosse, grande chefe incluído, o nosso rapaz da Câmara disparou-se desenfreadamente à conquista da vida. "Penso pela minha cabeça" - passou a ser a sua filosofia intrapartidária.

Depois, desenvencilhou-se de concorrentes no campo do delfinato, com realce para o caso de Cunha e Silva, que resolveu optar pela falta de comparência.

Nos últimos dias, Albuquerque libertou-se de um doloroso espinho que se lhe tinha cravado no corpo, José Pedro Pereira, o líder da JSD que lhe jurara combate na dita corrida - através do apoio a Cunha e Silva ou a Manuel António Correia.
'Deus não castiga com pau nem com pedra' e eis que, de um momento a outro, o candidato laranja em quem as velhotas do município revêem o rosto de Cristo recebeu a dádiva inesperada: o jovem José Pedro, que o ameaçava com 5 mil votos contra nas eleições internas, desatou num berreiro e demitiu-se da JSD.

Os espinhos do roseiral

Todas estas conquistas enquanto o edil principal da Câmara funchalense conseguia retirar da carne uns espinhos também de considerável incómodo. Miguel Albuquerque livrou-se do roseiral que tinha no Arco de São Jorge, vendendo a quinta ao Banco Espírito Santo.
Evidentemente que Miguel conservou no seu património a casa do avô lá situada, o tenente coronel Ernesto Machado, um dos nossos indomáveis heróis de 1931... a quem o neto deve ter ido buscar a rebeldia necessária para não se deixar subjugar por ditadores de pacotilha.
Safo dos espinho do roseiral, Albuquerque surge no campo da luta com maior liberdade de movimentos, de modo que o seu ainda chefe máximo tem motivos para ir pensando em seguir o exemplo de José Pedro Pereira, o jovem de quem queria fazer testa de ferro e que acabou por cair sozinho, sem amparo.
...Sabendo-se que o rapaz pediu ajuda ao dito chefe máximo e ao vice Cunha e Silva, na altura em que os outros dirigentes da Jota se reuniam para exigir a sua demissão. Se o rapaz soubesse em tempos o que sabe hoje...
Sendo oportuno perguntar: perante os cabos soltos que ainda fazem balançar perigosamente o barco de José Pedro Pereira, os antigos superiores tencionam deitar-lhe a mão?
Santa ingenuidade!


Quanto a Miguel Albuquerque, o futuro chefe respira e suspira. As portas abrem-se de par em par. O partido não lhe resistirá muito, presume-se. 
Portanto, até ao dia em que a Oposição entrar em campo, só há rosas sem espinhos.


2 comentários:

Anónimo disse...

Também não é preciso incensar o Albuquerque, porque ele não é muito diferente de Jardins, Ramos, Miginhas e afins. Medram todos viçosamente em cleptocracias, alimentados e alimentando um alargado grupo de amigos, à custa do imposto alheio. O Albuquerque tem uma função, correr com o Jardim. Depois também ele deve ser corrido pelos eleitores. Que vá trabalhar, porque já é tempo, porque isto de só puxar lustro ao anel do mindinho é muito pouco comparado com a prosápia da criatura.

Luís Calisto disse...

De acordo.