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quarta-feira, 30 de maio de 2012



NEM SOB TORTURA 'GUILHERME MACGYVER' CONFESSA A EVIDÊNCIA




O deputado laranja destacado para disfarçar os disparates diários de Jardim batalhou heroicamente pelos pergaminhos apesar de sovado por Jacinto Serrão e José Manuel Rodrigues




Este programa devia passar lá fora, para divertir o país à conta da retórica provinviana de Guilherme, porém eles lá já conhecem o estilo de tentar 'defender o indefensável'.



Mais um episódio esta terça-feira à noite da eterna série televisiva 'Guilherme Macgyver', que pouco desenvolveu aquele enredo monótono. Registou-se do princípio ao fim mais uma tareia no lombo do agente secreto a ver se o homem finalmente confessava o nome do responsável pelo descalabro madeirense. Inutilmente.

Os telespectadores a conhecerem o rosto e o nome da personagem que se armou em campeão da autonomia e milagreiro desenvolvimentista da Região, até conduzir o povo à miséria dos nossos dias - com o suicídio em termos autonómicos e a classe média na fila da sopa do Cardoso.

Rodrigues não conseguirá tão cedo derrubar as habilidades de MacGyver.
















...Todos a saberem o nome do responsável, mas o homem a resistir, a dizer que na história que interpreta seu chefe Jardim é herói e não vilão.
José Manuel Rodrigues chegava-lhe ao nariz de um lado, Jacinto Serrão beliscava-o do outro. O líder do PP a desfiar o rosário de maldades deste desgoverno regional contra os velhos, os doentes e os ex-empregados desta terra - Guilherme MacGyver a menear a cabeça para desmentir e a resmungar apartes para ninguém perceber em casa o que Rodrigues dizia.
O deputado socialista evidenciando contradições de chefe Jardim, que em 2007 viu razões para provocar eleições antecipadas e agora, que a situação vai pior, continua muito agarrado à cadeira - e o nosso MacGyver heroicamente a fazer sinal que não com a cabeça e a rezingar monossílabos incomodativos para tornar imperceptível a discursata do perspicaz torturador.

Jacinto Serrão: dá mesmo para cruzar os braços, às vezes.


Em determinada ronda de intervenções, o representante popular e o socialista conseguiram descrever a escabrosa situação político-social da Madeira com tão peremptórios traços que os assistentes apreciadores de comédia se prepararam para desfrutar os argumentos que o maltratado Macgyver, encostado às cordas e com a cara num Cristo, iria engendrar para se safar do aperto.
E engendrou, pronunciando-se do seguinte modo: parece que os senhores querem culpar o Dr. Alberto João da grave situação nacional, dos preocupantes problemas da Europa e da crise mundial.

Bom, a própria jornalista que modera os debates, Daniela Maria, sentiu obrigação de interromper para notar que os dois deputados, Rodrigues e Serrão, haviam falado concretamente da Madeira, não do exterior. Ou seja, Guilherme que não fugisse à questão.
Mas a jornalista mal conseguiu explicar esse ponto de vista corrector, porque Guilherme, embora já prostrado no tapete e completamente partido, 'feito num oito', para ser ainda mais vulgar, meneava a cabeça que não e ronronava monossílabos para prejudicar o trabalho do sonoplasta de serviço ao programa.
Impagável. Só não sugerimos a exibição destes programas 'Parlamento' ao nível nacional porque Guilherme Silva já costuma fazer de MacGyver advogado de sua excelência naqueles debates televisivos por lá. Onde costuma rematar e complementar com classe o achincalhamento que o seu patrão costuma fazer da inteligência dos madeirenses.

2 comentários:

Anónimo disse...

O Guilherme Silva tem mais jeito para o papel de ministro de propaganda de Sadam Hussein ! O actor Richard Dean Anderson não merece ser "gozado" pela figura patética do Guilherme...

Luís Calisto disse...

Concordo. Mas acho que o das Angústias funciona mais como o Said Al-Sahaf (o da propaganda mentirosa) e Guilherme como o mágico que trata salvar o propagandista das enrascadas em que se mete.