Cerimónias de Fátima

CARDEAL GIANFRANCO PUXA AS ORELHAS AO BISPO DO FUNCHAL

Gianfranco Ravasi não esteve com meias medidas: na mensagem passada perante cerca de 300 mil fiéis que assistiam às cerimónias do 13 de Maio em Fátima, atingiu directamente a diocese do Funchal, ao dizer que, nos tempos de crise que vivemos, "é preciso sujar as mãos".

"Não devemos ter medo de sujar as mãos, ajudando os miseráveis da terra», disse o cardeal italiano, que é nada menos do que o responsável pelo Conselho Pontifício da Cultura.

Sabedor que D. António, sucessor de Santana e Teodoro, não faz mais do que comer e beber no Paço das Quatro Fontes e ler os artigos que o sócio Jardim despeja no JM da Igreja, em vez de calcorrear os domínios da diocese para conhecer os pobres, os sem-abrigo e os desempregados, o cardeal interrogou ali no Santuário, perto das oliveiras santificadas: "Para que servirá ter as mãos limpas, se as temos no bolso?"

'A que propósito diz vossemecê que as afirmações do cardeal são dirigidas a D. António?', perguntará o porta-voz da diocese, padre Marcos. Boa pergunta. Mas é que parece. O cardeal afirma: "A cultura contemporânea é muitas vezes fluida, inconsistente, semelhante a uma neblina que não conhece pontos firmes morais e luzes de verdade."

Isto é com o Semeador?

'Vocês disparam essas atoardas apenas para comprometer a entidade espiritual diocesana com o poder político', dirá um outro beato da ilha.

Lamentamos, mas não há por onde enganar. O Vaticano só pode estar ao corrente da bagunça que reina por aqui, numa promiscuidade abjecta entre os poderes espiritual e temporal.

'Lá estão vossemecês obcecados em meter o Jardim em tudo!', ouvimos neste momento. 

Bom: o cardeal Gianfranco, depois de criticar quem não ajuda as vítimas da crise para não sujar as mãos, afirma sem hesitações: "São os corpos sem alma a dominar, tornando-se carne sem espírito, ora adorada ora desprezada."

Isto é com quem, senhores da sacristia? Mais uma indirecta para o Semeador?