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terça-feira, 15 de maio de 2012

Politicando



JARDIM TENTA INTIMIDAR MEMBROS DA COMISSÃO POLÍTICA



O chefe laranja desafiou a candidatura de Miguel Albuquerque, esta segunda-feira à noite, dizendo que o congresso será quando ele quiser; poucos minutos depois, a linha afecta ao presidente do Funchal correspondia com outro desafio: Jardim cumprirá os estatutos porque os militantes o obrigarão a isso












Muitos dos próprios participantes na reunião da Comissão Política do PSD-Madeira, esta segunda-feira à noite, pasmaram com a tentativa do líder Jardim de intimidar quem eventualmente, na Rua dos Netos, esteja em desacordo com a sua estratégia no tocante aos destinos do partido. Em causa, a escolha do próximo líder.
Alberto João Jardim decidiu-se por uma ostentação de força perante a rebeldia manifestada nos últimos tempos pela corrente municipal encabeçada por Miguel Albuquerque. Nesse propósito, alardeou segunda à noite, mais uma vez, a sua determinação de escolher a data do próximo congresso laranja regional, por mais que a linha de Albuquerque insista na data imposta pelos estatutos, Abril de 2013. O chefe decidiu chutar essa reunião magna - e sobretudo as eleições internas - para depois das autárquicas de Outubro do próximo ano. E está disposto a rejeitar qualquer interferência dos municipais nessa escolha.


Afrontando Rubina Leal


Cem militantes do PSD-M estiveram num jantar de apoio à candidatura de Miguel Albuquerque à chefia do partido, dia 3, no 'Almirante'. Mas quem não digeriu ainda tal festa miguelista foi o líder Jardim. Se, em público, através de artigo com falsa assinatura no JM, atacara Rubina Leal, vereadora da equipa de Miguel Albuquerque, pelo facto de ter participado no referido jantar, nesta segunda à noite voltou à carga com mais acinte.
Os membros da Comissão Política ouviram o patrão confrontar Rubina Leal com a sua postura na 'operação Almirante'. Ali na comissão, diante de todos e em tom intimadativo, perguntou à vereadora se estava ou não com a comissão política. Querendo o chefe dizer que ele 'é' a comissão política.
Os comissários laranja ficaram pendentes da resposta de Rubina. Que foi no sentido de assumir as suas decisões políticas, deixando ao líder um campo aberto para tomar as medidas que achar melhor para o PSD-Madeira.
Um desafio com que o chefe não contava.

Só sabe lidar com os medricas...

Muitos dos presentes na reunião da comissão política perceberam melhor que Jardim não sabe lidar com quem não se atemoriza diante das suas ameaças e ofensas. O único meio que parece restar-lhe para manifestar uma autoridade que já não tem é o da imposição da data do congresso. Ele insistiu no tema, durante a reunião. Mas, concluídos os trabalhos, e já no princípio da madrugada, elementos da candidatura de Miguel Albuquerque quase ironizavam: "O Deus sobre a Terra não vai conseguir o que quer. Há mais militantes do que ele julga dispostos a exigir o cumprimento dos estatutos."
E o cumprimento dos estatutos significa eleições para a liderança, seguidas de congresso, impreterivelmente em Abril do próximo ano. "Ele (Jardim) sente o chão a fugir debaixo dos pés, está completamente desorientado", dizem os miguelistas. "Quando ele tiver uma surpresa, perceberá que os tempos mudaram. Respeitar os estatutos é um princípio elementar, ético, político, jurídico e democrático. Logo, é isso que ele não aceita."


Fora da realidade


Não são apenas os adversários internos os convencidos de que o chefe perdeu completamente o contacto com a realidade. Os seus amigos mais próximos, que aliás não são muitos, lamentam pela rua o estado irresponsável do antigo patrão omnisciente. Aos mais próximos, Jardim tenta convencer de que são boatos as notícias sobre o buraco financeiro onde a Madeira caiu devido à sua desastrada governação. A seu ver, são tudo manobras da oposiçaõ e da maçonaria. E, se algum problema existe, é por obra e responsabilidade de Lisboa.
Mais: o chefe teima em espantar os amigos com a sua convicção de que a Madeira, em 2015, não deverá um cêntimo a ninguém.

É preciso trabalhar depressa para travar a marcha vertiginosa antes do precipício para onde Jardim conduz a Madeira - tem avisado a oposição. Victor Freitas, líder do PS, apresentou uma imagem para o dizer: Jardim leva a Madeira num carro desgovernado. 

Pois se já nem o carro particular do laranjal é capaz de guiar!

2 comentários:

jorge figueira disse...

Ao regabofe partidário, felizmente, escapou a RAM, por uma decisão inspirada do Pres. do Gov. e da Comissão Política do partido, a mais notações das agências de raiting. Diriam o quê sobre a EM, HORÁRIOS DO FUNCHAL e SOCIEDADES DE ENDIVIDAMENTO? Já me esquecia que concluído que tudo fora culpa do Tim Tim

Luís Calisto disse...

Parece que se está a formar na Madeira um grito de revolta.. contra o Tim Tim!