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segunda-feira, 14 de maio de 2012

O que vai na Praça

SONO DO PRESIDENTE DO PARLAMENTO SAI CARO



A semana começa com o pé esquerdo para quem declarou combate à intriga grosseira e barata. Como é o nosso caso. Os que não ficaram na cama para curar excessos do fim-de-semana assinaram devidamente o ponto pelas esplanadas da zona da Sé. Com novidades que nos recusamos a dar como certas.

Segundo a verrinosa má-língua, as obras nocturnas deste túnel incomodavam...

...Os vizinhos do lado dos Barreiros.

Nem sequer se tratava do sr. bispo, no lado contrário, já que o prelado supostamente se deita com as ave-marias, salvo seja, e não ouve mais nada.

Vamos ao exemplo do contabilista sem trabalho. Garantia o rapaz, na zona do Apolo, que a Madeira foi obrigada a entrar com o balúrdio de uma multa por ter alterado o contrato de adjudicação do túnel que liga a Ribeira de São João à zona dos Barreiros. Que alteração? Trabalhar só de dia, porque de noite fazia muito barulho. Incomodava quem? O bispo, que tem residência logo na margem esquerda da ribeira? Não. O barulho perturbava o sono do presidente da Assembleia Legislativa, que mora entre o túnel e a Estrada Dr. Pita.
Tornou-se preciso interromper as obras durante a noite, prossegue o contabilista (que tem umas contas no cartório, ora se tem). Havia que poupar o Dr. Miguel Mendonça, presidente, a voltas e mais voltas na macia cama e a filmes atrás de filmes no televisor, pela madrugada fora. 
Já começam a perceber o desnorte do homem para segurar Jaime Ramos e José Manuel Coelho, depois de noites em branco?
Com ordem para parar de noite, a empresa adjudicatária, 'Spie Batgnoles Europe', foi reclamar a quem de direito. Resultado: multa pesada para a conta da Região.
O frustrado contabilista vendia o seu peixinho com um cinismo de político. Obviamente que não acreditámos na sua delirante teoria e assumimos a opinião ali mesmo, para o isolar na mesa. Mas o ex-vendedor de tabaibos e actual assistente de um conhecido político da praça saltou em sua defesa.
Claramente disposto a perverter mais o ambiente, já de si desbragado, esse ex-vendedor, teórico da intriga, despejou ali uma história para nós sem cabimento. O presidente do parlamento, disse ele, deve ter a morada oficial em Santana, já que sempre foi candidato eleito à assembleia municipal lá do sítio. Então, o polícia que lhe põem à porta devia ser na casa de Santana, e não na casa dos Barreiros!

Nem de futebol se pode falar...

Arriscando um rótulo de vendido, ensaiámos uma subtil mudança de conversa, metendo bola na mesa, como é costume no dia do mestre. Pusémos em evidência o sábado festivo do Marítimo, que comemorou 35 anos da primeira subida de divisão e homenageou a equipa actual que ganhou ingresso na Europa, na próxima temporada. Elogiámos o ambiente de arraial com um toque de solidariedade muito importante nos tempos de crise que vivemos. Mas o ex-bancário, fanático adversário do 'boca pequena' do JM, aproveitou o tema para dar continuidade à politização dos debates.
Ainda bem que o das Angústias não apareceu à festa - assumiu de forma reconhecidamente ressabiada - O sucesso do Marítimo este ano deveu-se muito à ausência dele em quase todos os jogos. Quando se arma em treinador e exige mandar na escolha do plantel, são derrotas atrás de derrotas e épocas mal paridas.
E depois - ajuda o funcionário público mais assíduo no café a quem foi negada uma promoção de nível -, foi a maneira de termos na festa um maritimista a sério.
Referia-se a Manuel António Correia, secretário regional do Ambiente, que representou o governo regional na última jornada do campeonato.

Manuel António é maritimista de raiz, ao contrário do...

Esse (Manuel António) sempre foi do Marítimo - confirma o ex-vendedor de tabaibos - O 'outro' é que entrou pela primeira vez nos Barreiros depois de Março de 1978, quando chegou a presidente do governo. Já tinha um jornal, tinha a igreja, faltava-lhe o maior clube das ilhas para ganhar eleições.

O secretário do Ambiente no arraial de um clube onde não caiu de pára-quedas.

O contabilista sem trabalho mal deixou acabar o orador. A martelo, sem ligação nenhuma, saiu-se com uns grunhidos pouco prometedores em termos de decência.
- Ele (o das Angústias) não foi à festa do Marítimo porque tem... Alguém sabe aqui se a festa de anos do João, a 30 de Junho, é aberta a mulheres, ou será que em São Vicente...?

Levantámo-nos sem dar nas vistas, de Ipad debaixo do braço, e acelerámos para aterro, de onde estamos a enviar esta crónica.
Não acreditamos numa só linha do que aqui vai relatado. Só aceitamos transmiti-las para que sirvam de exemplo de como não proceder em sociedade civilizada, se é que todos estamos na mesma trincheira da luta contra a intriga que provoca mais prejuizo a esta terra do que a dívida oculta do governo PPD.

Se um dia algum borda-d'água manda tirar o aterro dali, teremos de procurar um aborto paisagístico fora de mão para afogar as mágoas.


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