AOS TRABALHADORES DA RTP-RDP MADEIRA: OS COLEGAS DE LÁ METERAM A ADMINISTRAÇÃO EM TRIBUNAL!
Os vossos colegas de Lisboa já encontraram uma possível solução. Pelo menos, tentam.
Claro que não é fácil nem confortável, o atrevimento. Mas, perante as dúvidas e os medos que nos chegam - que podemos nós fazer em prol da RTP-Madeira? - aí está um caminho para evitar que, também cá na Madeira, os responsáveis consigam o seu objectivo de "desmantelamento" do Centro Regional.
Em nome de uma boa televisão/rádio, como os nossos ex-companheiros sabem fazer, reproduzimos uma notícia que revela o atrevimento inédito de quem entende não dever cruzar os braços.
"A comissão de
trabalhadores da RTP entregou uma acção judicial contra o conselho de
administração, por "ilegalidades no processo de desmantelamento da
empresa".
"Contra o desmantelamento da RTP,
recorremos aos tribunais", afirma a CT em comunicado, garantindo que,
"antes de se decidir a este passo, esgotou todas as vias possíveis para
entabular um diálogo construtivo".
A agência Lusa tentou ouvir a
administração da RTP, mas tal não foi possível até ao momento.
Segundo a CT, a administração da RTP
terá assumido por várias vezes "o compromisso" de, em 15 dias,
apresentar o plano de reestruturação da empresa, mas, "dois meses depois,
nem a CT, nem o Parlamento conhecem o plano".
Adicionalmente, sustenta, o conselho de
administração (CA) "deixou de cumprir a obrigação legal de reunir com a CT
uma vez por mês" e, "apesar de todos os compromissos, não entregou
ainda qualquer projeto de atas das reuniões realizadas".
"A política
de desmantelamento só aparece ainda em reestruturações parcelares, mas todas
elas vão criando factos consumados e fazem parte do plano de conjunto que
permanece obstinadamente oculto", acusa.
Segundo a CT,
"cada meta de rescisões anunciada (a mais recente é de 100) procura
apresentar-se como a última, mas depois vem sempre outra a seguir", e
"as mudanças físicas visíveis na empresa, tanto na sede, como no Porto,
nos Açores e na Madeira, prenunciam atentados muito mais radicais contra os
postos de trabalho".
Como exemplo,
avança estar já "em marcha a preparação de uma transferência dos
trabalhadores das áreas técnicas para uma nova empresa, sem perspetivas de
futuro".
Para a CT, a
"indiferença do CA à sorte dos trabalhadores da RTP reflete-se no silêncio
com que acolheu a moção do plenário de 16 de março a reclamar-lhe que
requeresse junto do Governo um estatuto de exceção idêntico ao da TAP",
tendo apenas pedido "uma exceção para si próprio".
Além destas
questões, a CT diz ter até sido "impossível" obter um entendimento
com o CA em duas questões aparentemente favoráveis a uma
"convergência": a TDT e as audimetrias.
"Na questão
da TDT, o CA nada fez para disputar à PT a introdução de uma nova tecnologia
que em todo o mundo civilizado serve para fazer chegar gratuitamente mais e
melhor televisão a mais públicos" o que, sustenta, "colocou Portugal
no lugar de único país europeu em que a TDT só serve para extorquir mais
dinheiro ao público".
Já na questão das
audimetrias, os trabalhadores recordam que "o CA começou por
escandalizar-se com a distorção efetivamente escandalosa do trabalho da
GfK", mas, "após o 'apagão analógico, adotou um perfil baixo perante
o descalabro das audiências, por vezes abaixo da marca simbólica dos 10 por
cento".
Para a CT, a administração
da RTP "demitiu-se inteiramente das responsabilidades de promoção do
serviço público", não estando "disposta a lutar pela televisão
pública com ambos os canais" nem "pelo seu público".
...E agora Guilherme Costa que embrulhe! - dizemos nós.
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