O que vai na Praça

PEDRO CALADO FICA COM UM PÉ NA CÂMARA MAS VAI PARA O 'SÁ'

Miguel Albuquerque divulgou um comunicado para explicar a nova situação do vereador... e da CMF

Uma notícia fresca publicada poucas horas atrás, aqui na Fénix, obrigou a edilidade laranja funchalense a horas extra em fim-de-semana: a informação de que Pedro Calado entraria para o Grupo Sá exigiu a publicação de um comunicado para explicar a reviravolta.

O comunicado conta que na origem dos desenvolvimentos está um convite a Calado para administrador daquele grupo económico madeirense. Convite em harmonia com os bancos nacionais com quem Jorge Sá mantém relações desde há muito.
"O Grupo Sá, S.A. iniciou este mês uma reestruturação financeira, comercial e societária, liderada pelo Banif Investment Bank, sendo acompanhada por outros 9 bancos, nacionais e estrangeiros", diz o bem informado comunicado municipal. Continuando actualmente em força conversações para "uma importante parceria comercial internacional".
Parceria que, conforme temos dito, aponta para o grupo germânico Lidl.
Se houver outro...

"Até ao final do mandato", conclui o comunicado da presidência camarária de Miguel Albuquerque, "Pedro Calado manterá as suas funções de vereador com o pelouro das Finanças do Município do Funchal, assegurando-o como vereador a meio tempo, com efeitos a partir de 1 de Junho do corrente ano."

Jardim trata de recuperar o poder na Câmara

Como recordámos há horas, Pedro Calado está fora dos planos de Jardim quanto à lista candidata pelo Funchal nas próximas eleições autárquicas. O chefe do governo e do PSD excluiu aquele vereador da equipa que Bruno Pereira levará às eleições em 2013, já que Miguel Albuquerque se encontra 'tapado' pela limitação de mandatos.
Uma conclusão fica já mais do que assente: quem manda na lista de Bruno Pereira não é Bruno, mas Jardim. Porque o anunciado candidato não se apresentou com qualquer desmentido ou pelo menos com uma reserva face à manifestação de poder do seu líder, que disse em público quem se recandidataria com ele, Bruno.
Um começo péssimo na luta pela manutenção da câmara laranja. Parece iminente o regresso aos tempos em que a Câmara era dirigida por telefone, da Quinta das Angústias para baixo.
Palavras de um vereador actual.